sábado, 30 de dezembro de 2017

Os motivos da encarnação de Deus

Na época de Natal comemora-se em todo o mundo o nascimento do Senhor Jesus, o Filho de Deus. Ao longa das nossas vidas, muitas vezes temos o desejo de ver Deus, de estar com Ele face a face. Deus tornou isso possível ao enviar o seu Filho ao mundo; aquele que é a expressão exata do ser de Deus. Assim, o homem pode ver Deus, falar com Ele, ver o seu Poder e Glória.

Deus concedeu-nos essa graça ao fazer com que Maria, uma jovem com o coração dedicado a Deus, concebesse através do poder no Espírito Santo, desse a luz em Belém o menino Jesus, segundo as Escrituras. “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivesse antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo.” Mt 1:18.

Deus Pai, tinha vários objetivos para enviar o seu Filho ao mundo, e uma delas foi a necessidade que os homens tinham de terem um mediador que os reconciliasse com Deus. Como mediador, Jesus pagou o preço da punição que deveríamos receber por causa dos nossos pecados, e fez-nos justos perante Deus.

Na primeira carta de Paulo à Timóteo vemos que o único mediador entre Deus e os homens é Jesus Cristo. “Portanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.” 1Tm 2:5-6. Quando desejamos ser recebidos por Deus como filhos, temos de aceitar que Jesus Cristo morreu por nós e pagou o preço dos nosso pecados.

O homem, por estar naturalmente inclinado as coisas condenadas por Deus é por natureza inimigo de Deus. Mas Deus reconciliou-se connosco porque Cristo, pagou o preço das nossas iniquidades, e com o seu sangue nos purificou de todo o pecado; tornando-nos aceitáveis perante Deus. Assim, como diz o versículo seguinte, Cristo reconciliou-nos com Deus. “e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.(...)porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.” Ef 2:16,18.

Deus Pai, para além de nos dar, através de Jesus Cristo, a salvação, também deu-nos em Jesus um Mestre que nos diz o que é certo e o que é errado; o que agrada e o que desagrada a Deus. Ao longo dos evangelhos Jesus Cristo ensina-nos muita coisa sobre o que é agradável ao Pai Celeste.

Uma das coisas que Jesus nos ensinou foi como orar ao Pai Celeste: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;” Mt 6: 9-10. O nosso Mestre ensina-nos a amar a Deus como um Pai; a santificar o seu nome, a desejar o seu reino e a sua vontade nas nossas vidas.

Como Filho de Deus, Jesus também é o nosso modelo de comportamento; aquele a quem devemos imitar na sua obediência ao Pai Celeste, no seu amor pelo próximo, e no seu carácter. Jesus sempre foi manso e humilde diz-nos que veio ao mundo não para ser servido, mas para servir; e ordenou-nos que fizéssemos da mesma maneira como Ele fez. “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” Jo 13:15.

Deus também nos concedeu a graça de sermos enxertados na Videira verdadeira que é Jesus. Nele no Senhor Jesus, podemos dar frutos, de acordo com a Natureza Santa de Deus. Podemos viver uma nova vida como cidadãos do Reino de Deus. Em Jesus temos tudo o que precisamos para vencermos o pecado e o mundo da mesma forma como Ele venceu. Em Jesus temos a graça de misericórdia que precisamos para caminhar para o céu.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Os acontecimentos miraculosos vividos por Pedro


O apóstolo Pedro, foi um dos pilares da Igreja Primitiva e foi grandemente utilizado pelo Espírito Santo como instrumento de milagres e maravilhas. Em certa altura Pedro viveu experiências maravilhosas e pôde ver sucessivamente, Deus a utiliza-lo para curar, ressuscitar e para pregar. Pedro viveu um ambiente espiritual muito forte, onde as pessoas estavam cheias de temor a Deus e o Espírito Santo acrescentava o número daqueles que iam sendo salvos.

O livro de Atos conta que Pedro percorreu toda a parte onde existia a igrejas de Jesus Cristo. Enquanto visitava as Igrejas, Pedro desceu também a cidade de Lida. Lá, Pedro encontrou a Eneias, um homem que estava paralítico a oito anos e por isso jazia numa cama. Quando Pedro encontrou a Eneias, proclamou que Jesus Cristo lhe curava, cheio de fé no poder de Deus. Ao dizer isto, o Espírito Santo operou sobre Eneias e ele imediatamente ficou curado e levantou-se do seu leito.

Nos versículos seguintes, vemos como o milagre se operou: “Passando Pedro por toda a parte, desceu também aos santos que habitavam em Lida. Encontrou ali certo homem, chamado Eneias, que havia oito anos jazia de cama, pois era paralítico. Disse-lhe Pedro: Eneias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e arruma o teu leito. Ele, imediatamente, se levantou. Viram-no todos os habitantes de Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor.” At 9:32-35.

De seguida, Pedro foi utilizado por Deus para operar outro milagre. Desta vez para ressuscitar uma discípula de Jesus chamada Tabita, cujo nome traduzido é Dorcas. Esta discípula era dedicada as boas obras e a esmolas; todos lamentavam a sua morte, depois de uma súbita doença. Depois de lavarem o seu corpo colocaram-na num cenáculo. Como a cidade de Jope, em que ela estava era perto de Lida mandaram chamar a Pedro, através de dois homens.

Vemos isso nos versículos seguintes: “Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, nome este, que, traduzido, quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia. Ora, aconteceu, naqueles dias, que ela adoeceu e veio a morreu; e, depois de a lavarem, puseram-na no cenáculo. Como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens que lhe pedissem: Não demores em vir ter conosco.” At 9:36-38.

Pedro quando chegou a Jope, foi conduzido ao cenáculo onde estava Dorcas e foi cercado de mulheres que lamentavam a morte dela e mostravam as túnicas e vestidos que ela tinha feito enquanto viva. Pedro então mandou-as sair e a todos os que estavam no cenáculo e pôs-se de joelhos e orou. Depois de orar voltou-se para o corpo e ordenou a Tabita que se levantasse. Imediatamente Deus ressuscitou a Tabita e ela abriu os olhos e sentou-se.

Nos versículos a seguir vemos a descrição deste milagre: “Mas Pedro tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levata-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro sentou-se.(...) Isto se tornou conhecido por toda a Jope, e muitos creram no Senhor. Pedro ficou em Jope muitos dias, em casa de um curtidor chamado Simão.” At 9:40,42-43. Atavés deste milagre muitos se conveceram que Jesus Cristo era o Messias prometido a Israel e se converteram ao Senhor.

Pedro, então ficou em Jope, na casa de Simão, o curtidor. Enquanto estava hospedado na casa deste homem Deus chama a Pedro para pregar para os gentios. Para isso Deus primeiro convence a Pedro de que todos aqueles a quem Deus purificava passavam a fazer parte também da Igreja e que por isso deveriam ser aceites como discípulos. Deus faz isso através de uma visão onde Pedro vê um lençol a ser abaixado a terra, como que segurado pelas quatro pontas. Dentro do lençol Pedro vê todo o tipo de quadrúpedes, répteis e aves.

Enquanto Pedro observava os animais Deus disse-lhe que se levantasse e que matasse um dos animais e comesse. Pedro negou comer os animais porque nunca tinha comido nada impuro ou comum. Deus respondeu-lhe que não achasse comum aquilo que Deus tinha purificado. Este convite para que Pedro comesse o que via no lençol repetiu-se por três vezes até que o lençol foi recolhido ao céu.

Vemos isso a seguir: “Estando com fome, quis comer; mas, enquanto lhe preparavam comida, sobreveio-lhe um êxtase; então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, com toda a sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te Pedro! Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum.” At 10:9-15.

Enquanto Pedro tinha essa visão aproximavam-se os homens enviados por um centurião chamado Cornélio, a quem Deus tinha dito através de um anjo que fosse mandar chamar a Pedro para ouvir o que ele tinha a dizer. “Então disseram: O centurião Cornélio, homem reto e temente a Deus e tendo bom testemunho de toda a nação judaica, foi instruído por um santo anjo para chamar-te a sua casa para ouvir as tuas palavras.” At 10:22.

Pedro foi então até Cesareia, ter com Cornélio. Lá Pedro reconheceu que Deus não faz aceção de pessoas e que todos que O temem e que fazem o que é justo Lhe é aceitável. Ali Pedro prega o nome do Senhor Jesus e conta como Jesus morreu na cruz e ressuscitou dos mortos; e que todos aqueles que creem em Jesus têm a remissão de pecados. Enquanto Pedro falava o Espírito Santo desceu sobre todos os que estava na casa de Cornélio e foram todos batizados com o Espírito Santo.

Vendo o poder de Deus, confirmando que Deus tinha aceite a Cornélio e a sua família, Pedro dispõe-se a batiza-los. “Porventura, pode alguém recusar a água, para que não sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então, lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias” At 10:47-48.

Deus usou a Pedro para atos extraordinários que serviram para propagar o nome do Senhor Jesus e fazer com que mais pessoas cressem no Seu nome. Deus usou a Pedro, porque ele estava em condições de ser usado, em termos de fé e de enchimento do Espírito Santo. Hoje, se quisermos ser usados da mesma forma que Pedro temos que nos entregar totalmente a Deus e deixar-nos ser cheios do Espírito Santo, da mesma forma como Pedro estava. Então poderemos ser bons instrumentos para a glória de Deus.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

As prioridades no reino de Deus


No sermão da montanha o nosso Senhor Jesus ensina-nos que os cidadãos do reino de Deus devem ter uma prioridade diferente das pessoas do mundo. O nosso Mestre ensina-nos que os cristãos devem procurar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça. Por outras palavras o cidadão do reino vive não para satisfazer as suas necessidades básicas e sociais mas para fazer a vontade do Pai Celeste.

No versículo a seguir vemos as palavras do Senhor Jesus: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:33. A justiça de Deus, são as atitudes que Deus aprova e que demonstram amor ao próximo e a Deus, como o Senhor Jesus nos ensina. Nas nossas decisões devemos por isso, procurar a cima de tudo cumprir os mandamentos do Senhor Jesus.

No evangelho segundo João vemos um dos mandamentos que o Senhor Jesus nos ensinou: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” Jo 15:12. Deus deseja que amemos mais a Ele do que a nós próprios e que nos preocupemos mais com Ele e com sua vontade do que com aquilo que necessitamos para viver. Deus sabe de todas as coisas que precisamos, pois Ele é omnisciente. Por isso, sabe que precisamos de comer, de beber, de nos vestir e de dinheiro para pagarmos as contas relacionadas com as despesas quotidianas.

Contudo, Deus é Deus; Ele é Todo poderoso, e deseja que confiemos Nele, que descansemos o nosso coração nas suas promessas; que acreditemos que Ele nos ajudará a conseguir o que precisamos para satisfazer as nossas necessidades básicas. O nosso Mestre aconselha-nos a não ficarmos ansiosos, por causa das necessidades que precisamos para viver.

Por isso o nosso Senhor Jesus nos diz: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? (...) Portanto, não vos inquieteis dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;” Mt 6:31-32.

Deus Pai ao enviar o seu Filho Amado para salvar-nos tinha como objetivo que não vivêssemos para nós mesmos, nem para agradar aos homens, mas sim para Jesus Cristo e para fazer a sua vontade. “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2Co 5:15.

Alguns cristãos, são tentados a buscar a Deus com objetivo de conseguir bens materiais. Apesar de Deus na sua misericórdia responder aos nossos pedidos, Deus deseja que tenhamos amor a Ele, e que não o vejamos como uma fonte de satisfação dos nossos desejos pessoais. Deus deseja que o busquemos para realizar os seus desejos, tanto para a nossa vida como para a vida dos que estão a nossa volta.

Se tivermos mais amor as riquezas ou a nós mesmos acabamos por ficar como o nosso coração dividido e Deus deseja que o amemos com todo o nosso coração. O nosso Mestre ensina-nos que não podemos amar a Deus e as riquezas, porque ou colocamos a Deus em primeiro lugar e as riquezas em segundo ou então colocamos as riquezas em primeiro lugar e Deus em segundo. As duas coisas em simultâneo não podemos fazer.

No versículo seguinte vemos isso: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podemos servir a Deus e as riquezas.” Mt 6:24.

Tendo em conta que a maior bênção que o homem pode ter é a vida eterna e que Deus merece toda a nossa adoração e amor, devemos ter como prioridade a Vontade de Deus, e os seus princípios. Devemos confiar na ajuda de Deus para conseguir o que precisamos para o nosso dia a dia e não ficar ansiosos, pois Deus está connosco e Ele é Todo Poderoso.

sábado, 23 de dezembro de 2017

A prática da fé pelo cidadão do reino

O nosso Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos no sermão da montanha que a religiosidade na fé cristã é vivida de forma muito particular. Tudo o que o cristão faz como expressão da sua fé, como por exemplo orar, dar as suas ofertas deve ter como motivação exclusiva honrar e louvar a Deus Pai e não a procura de aplausos ou reconhecimento dos homens.

Desde de criança que o homem é ensinado a fazer coisas para buscar o reconhecimento dos seus pais e depois de outras pessoas a sua volta. Contudo, na fé cristã essa atitude é totalmente reprovável, porque o foco da adoração deve ser sempre Deus. Vemos isso no versículo seguinte: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles, doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai Celeste.” Mt 6:1.

Muitas pessoas, inclusive muitos religiosos na época de Jesus, praticavam muitos atos religiosos e gostavam de serem reconhecidos pelas pessoas como homens muito devotos a Deus e muito caridosos. Por isso faziam tudo para serem vistos pelas pessoas e para serem aplaudidos. A motivação desses religiosos estava errada. Eles não oravam, e davam os dízimos por amor a Deus mas por amor ao destaque social que iriam ter com as suas atitudes religiosas.

Vemos isso nos versículos a seguir: “Praticam, porém todas as sua obras com o fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filatérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens.” Mt 23: 5-7.

Quando fizermos alguma boa obra, e se quisermos ser recompensados pelo Pai Celeste, devemos fazê-lo discretamente, sem esperar recompensa dos homens mas sim do Pai Celeste. “Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.” Mt 6:2.

A nossa descrição deve ser tal que a nossa mão esquerda não deve saber o que faz a nossa mão direita. Isto para que a nossa obra apenas fique do nosso conhecimento e de Deus. Deus que vê tudo o que fazemos nos recompensará pelas nossas boas obras. O nosso Mestre diz-nos isso a seguir: “Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mt 6:3-4.

Quanto as orações, Jesus nos ensina que devemos buscar apenas sermos ouvidos pelo Pai Celeste e não procurar que as outras pessoas nos vejam a orar e que nos achem religiosos. Jesus aconselha-nos a procurar orar num quarto com a porta fechada, pois Deus que está em secreto nos ouvirá e os recompensará. Naturalmente que o nosso Mestre não condena a oração em grupo pelas Igrejas pois os seus discípulos após a sua morte e ressurreição, perseveravam juntos em oração e na meditação da Palavra e foram grandemente cheios do poder do Espírito Santo.

Nos versículos seguintes vemos os conselhos do nosso Mestre: “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mt 6:5-6.

Deus avalia o que fazemos exteriormente e também as motivações das nossas atitudes. Deus agrada-se de um coração que o ama e procura agrada-lo. As motivações das boas obras feitas por nós determina se Deus Pai irá ou não recompensar-nos. Devemos ter isso em consideração quando pensarmos em fazer alguma coisa relacionada com a nossa fé e pedir ao Espírito Santo que purifique o nosso coração e nos ajude a fazer tudo por amor ao Pai.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O cidadão do reino no mundo


O nosso Senhor Jesus Cristo durante o seu sermão da montanha identificou o papel do cristão no mundo. Como cidadão do mundo o cristão representa o próprio Senhor Jesus, e por isso representa os princípios e valores do reino de Deus. Jesus Cristo é Filho de Deus e por isso enquanto esteve na terra era a luz do mundo, a verdade, e o representante do próprio Pai Celeste.


Jesus é a Luz do mundo; aquele que nos revela o que é o bem e o que é mal; o que é certo e o que é errado para o Pai Celeste. As trevas estão presentes em toda a terra e nota-se isso pela violência, corrupção e pela imoralidade que são assunto em várias notícias, todos os dias. Enquanto esteve na terra Jesus iluminou a sociedade, mostrando aquilo que se fazia de errado e o que se podia fazer de bom para agradar ao Pai Celeste.


No evangelho de João vemos as palavras de Jesus: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. Apesar de não estar presente fisicamente na terra Jesus continua entre nós através do seu Santo Espírito. Por isso, continua a ser o nosso Mestre e nós podemos continuar a segui-Lo. Se seguirmos o nosso Mestre, andando nas sua Palavra ou seja, praticando o amor ao próximo e a Deus, andamos na Luz como o nosso Mestre nos promete. “Falou-lhes, pois, Jesus, outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo 8:12.


A luz tem como objetivo direcionar, aclarar o ambiente e permitir que as pessoas possam fazer o que necessitam sem terem acidentes. Por isso, quando se deseja iluminar um compartimento, coloca-se a luz num lugar alto, para que possa iluminar o mais possível. Como seguidores de Jesus neste mundo, somos a luz do mundo, aqueles que esclarecem as pessoas sobre Deus e sobre a vida após a morte. Jesus diz-nos isso a seguir: “Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.” Mt 5:14-15.


Jesus deseja que deixemos a sua luz brilhar através de nós, na nossa forma de viver, falar e de amar o nosso próximo. O nosso Mestre glorificou o Pai através de todas as suas atitudes e deseja que nós glorifiquemos o Pai Celeste e que as pessoas ao verem as nossas boas obras glorifiquem ao Pai Celeste também. “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5:16.


Para além de desejar que a nossa luz brilhe e dissipe as trevas que há no mundo, o nosso Mestre deseja também que nós preservemos a terra da corrupção moral que é tão comum em todo o mundo. Jesus deseja que, como embaixadores do seu reino, preservemos a sociedade em que estamos através do nosso exemplo e através da propagação da sua Palavra. Por isso o nosso Senhor chama-nos de sal da terra.


Vemos isso a seguir: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que há-de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” Mt 5:13. A nossa utilidade depende de nos deixarmos usar como instrumentos nas mãos de Deus. Para isso, precisamos de nos focar no Reino de Deus e na sua justiça e depender totalmente do Espírito Santo.


Como nos ensinou o Senhor Jesus, aquele que não estiver na Videira verdadeira não pode dar fruto, ou seja fazer aquilo que o Senhor nos manda. Para sermos sal e luz na terra precisamos de estar no Senhor e deixar as suas palavras ganharem raízes em nós. Temos também deixar o Espírito Santo dar o seu fruto na nossa vida e comandar os nossos passos. Sem Jesus e o seu Espírito Santo nada podemos fazer.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Os critérios de justiça do cristão


Jesus Cristo é o grande Mestre da Igreja e é Ele quem nos ensina o que é certo e o que é errado. O nosso Mestre ao longo do tempo do seu ministério na terra, explicou claramente o que é certo e o que é errado para o pai Celeste. Por outras palavras explicou o que é justiça na reino celestial. Sabemos que a injustiça é o contrário da injustiça, ou seja, é aquilo que é certo, adequado. Deus deseja que os homens vivam de forma justa na terra.

Desde do momento em que o povo de Israel tornou-se numeroso a ponto de formar uma nação Deus, entregou aos seu povo leis, para que as pessoas evitassem a injustiça. Essas leis foram dadas através de Moisés. No livro de Levítico vemos algumas dessas recomendações, que tinham como objetivo proteger o pobre, o estrangeiro, evitar a malícia e a maldade entre outras coisas.

Podemos ver alguns dessas recomendações a seguir: “Semelhantemente, não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixa-los-ás ao pobre e ao estrangeiro: Eu sou o Senhor, vosso Deus. Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo; Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus: Eu sou o Senhor. Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até à manhã. Não andarás como mexeriqueiro entre os povos; não te porás contra o sangue do teu próximo: Eu sou o Senhor.” Lv 19:10-13,16.

O nosso Senhor Jesus, afirmou que não tinha vindo a terra para abolir a lei e os profetas, mas sim para cumprir a lei por nós. As recomendações indicadas atrás foram reforçadas pelo nosso Mestre. Jesus nos ensinou a amar o nosso próximo, quer o próximo fosse nosso amigo ou inimigo. Ensinou-nos também fazer o bem a todos, mesmo que nos tivessem feito mal. Por outras palavras Jesus nos ensinou a não nos vingarmos, mas a pagar o mal com o bem. Nas nossas relações com o próximo Jesus ensinou-nos também que é pecado irritar-nos com alguém sem motivo.

Nos seguintes versículos vemos algumas recomendações dadas por Deus no livro de Levítico e as palavras de Jesus sobre o mesmo assunto. “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo: Eu sou o Senhor.” Lv 19:18. “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.” Mt 5:43-45.

Quanto a imoralidade sexual, Jesus nos ensinou que o Pai Celeste condena o adultério e que adulterar não é apenas quando um homem, casado envolve-se com outra mulher, mas também quando um homem olha cobiçando para uma mulher. “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher, para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Mt 5:27-28. Jesus ensinou-nos que a nossa justiça deveria exceder a justiça dos escribas e fariseus.

É necessário portanto, que os cristãos, para além de saberem a vontade de Deus, sejam praticantes daquilo que aprendem para que possam agradar ao Pai Celeste. O nosso Mestre não deseja que coloquemos de lado, no nosso dia a dia, aquilo que aprendemos na Bíblia nem que achemos o pecado uma coisa normal. Deus deseja ser o nosso Rei e Senhor nas vida em todas as nossas atitudes.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O dom da palavra de Conhecimento

A Igreja de Cristo, para que a possa desempenhar das suas funções na terra, possui o auxílio do Espírito Santo, que ajuda os cristãos através dos dons espirituais. Esses dons permitem que a Igreja consiga se conduzir com sabedoria e ao mesmo tempo ministrar a si mesma e ao mundo, com o mesmo poder que existia no Senhor Jesus Cristo. Um dos dons que Deus dá a Igreja é o dom da Palavra de Conhecimento.

A Palavra de Conhecimento é a revelação de um conhecimento que só Deus tem acesso, acerca da vida das pessoas ou sobre acontecimentos futuros. Jesus Cristo, o nosso Mestre, foi aquele que demonstrou a totalidade dos dons do Espírito Santo e entre eles o dom da Palavra de Conhecimento. O nosso Mestre demonstrou esse dom por saber coisas, sobre a vida das pessoas que era impossível ao homem saber.

Uma das passagens do Novo Testamento onde vemos a demonstração do dom da Palavra de Conhecimento na vida do Senhor Jesus foi aquela onde Jesus se encontrou com uma mulher samaritana, segregada pela sociedade por ter uma vida fora dos padrões da moralidade.

Nos versículos a seguir vemos que Jesus sabia a vida toda dela, e que por isso ofereceu-lhe uma nova vida. “Disse-lhe Jesus: Vai, chama a teu marido e vem cá; ao que respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta.” Jo 4:16-19.


A reação da mulher samaritana, mostra que ela ficou maravilhada por conhecer um profeta tão cheio do Espírito Santo, e que acreditou que Jesus era o Messias aguardado por Israel. Podemos ver isso nos versículos a seguir: “Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!” Jo 4:28-29.

A sua alegria, superou qualquer vergonha que tinha de falar com outras pessoas, e fez com que se tornasse numa missionária naquela cidade, falando de Jesus e trazendo pessoas até aos pés do Mestre. Assim, muita gente conheceu a Jesus e recebeu-o como Salvador por causa do testemunho dela e por tudo o que puderam ouvir pessoalmente de Jesus.

Nos versículos seguintes vemos como as pessoas que receberam o testemunho da samaritana ficaram com vontade de saber mais de Jesus e O convidaram a ficar mais tempo com eles em Samaria. “Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois os samaritanos ter com Jesus, pediram-lhe que permanecesse com ele; e ficou ali dois dias. Muitos creram nele, por causa da sua palavra, e diziam a mulher: Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.” Jo 4:39-42.


Deus tem dado, através do seu Santo Espírito, este dom a vários homens, para edificar a Igreja. Esses homens sabiam que por si mesmos não tinham capacidade de ter aqueles conhecimentos, mas que era Deus quem lhes revelara. Um dos homens, descritos no Novo Testamento, é Pedro a quem o Espírito Santo revelou que Ananias e Safira tinham mentido, acerca do valor da venda de uma propriedade e que tinham guardado uma parte do lucro da venda, declarando que estavam a colocar aos pés dos apóstolos toda a quantia recebida.

Nos versículos seguintes, vemos que o Espírito Santo não se agradou da atitude deles e que eles foram mortos, por tentarem enganar a Deus. “Então, disse Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no teu coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” At 5:3-4.

Essa revelação serviu para mostrar a Igreja que Deus exige verdade da parte dos cristãos e para cultivar o temor no coração da Igreja, pois Ananias ao ouvir a Pedro caiu e morreu. “Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes.” At 5:5.

Da mesma forma como Deus usou a Pedro para dar uma informação a Igreja que era necessária para a edificação da Igreja, Deus usou também a Ananias, uma discípulo de Cristo pouco conhecido para, ajudar a Saulo a dar os seus primeiros passos na fé e para batiza-lo. Para isso Deus revelou a Ananias, onde deveria procurar Paulo e como iria encontra-lo. Ananias soube, inclusive, quais eram os planos de Deus para a vida de Paulo e que este iria sofrer pelo nome do Senhor Jesus.

Vemos isso nos versículos seguintes: “Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista.(...)Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto importa sofrer pelo meu nome.” At 9:11-12;15-16.

Através do dom da Palavra do conhecimento, Deus realiza muito dos seus planos na Igreja: exorta aos seus filhos que precisam de correção, fortalece a fé dos cristãos ou cria fé nos incrédulos pois estes podem apreciar o poder de Deus. Por outro lado permite a edificação da Igreja, pois esta adquire conhecimentos de coisas que não poderia saber, a não ser através de Deus e assim prepara-se para a vinda de Jesus Cristo.