O
nosso Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos no sermão da
montanha que a religiosidade na fé cristã é vivida de
forma muito particular. Tudo o que o cristão faz como expressão da
sua fé, como por exemplo orar, dar as suas ofertas deve ter como
motivação exclusiva honrar e louvar a Deus Pai e não a procura de
aplausos ou reconhecimento dos homens.
Desde
de criança que o homem é ensinado a fazer coisas para buscar o
reconhecimento dos seus pais e depois de outras pessoas a sua volta.
Contudo, na fé cristã essa atitude é totalmente reprovável,
porque o foco da adoração deve ser sempre Deus. Vemos isso no
versículo seguinte: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça
diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles, doutra sorte,
não tereis galardão junto de vosso Pai Celeste.” Mt 6:1.
Muitas
pessoas, inclusive muitos religiosos na época de Jesus, praticavam
muitos atos religiosos e gostavam de serem reconhecidos pelas pessoas
como homens muito devotos a Deus e muito caridosos. Por isso faziam
tudo para serem vistos pelas pessoas e para serem aplaudidos. A
motivação desses religiosos estava errada. Eles não oravam, e
davam os dízimos por amor a Deus mas por amor ao destaque social que
iriam ter com as suas atitudes religiosas.
Vemos
isso nos versículos a seguir: “Praticam, porém todas as sua obras
com o fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus
filatérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos
banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas
praças e o serem chamados mestres pelos homens.” Mt 23: 5-7.
Quando
fizermos alguma boa obra, e se quisermos ser recompensados pelo Pai
Celeste, devemos fazê-lo discretamente, sem esperar recompensa dos
homens mas sim do Pai Celeste. “Quando, pois, deres esmola, não
toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas
sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em
verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.” Mt 6:2.
A
nossa descrição deve ser tal que a nossa mão esquerda não deve
saber o que faz a nossa mão direita. Isto para que a nossa obra
apenas fique do nosso conhecimento e de Deus. Deus que vê tudo o que
fazemos nos recompensará pelas nossas boas obras. O nosso Mestre
diz-nos isso a seguir: “Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua
mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola
fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
Mt 6:3-4.
Quanto
as orações, Jesus nos ensina que devemos buscar apenas sermos
ouvidos pelo Pai Celeste e não procurar que as outras pessoas nos
vejam a orar e que nos achem religiosos. Jesus aconselha-nos a
procurar orar num quarto com a porta fechada, pois Deus que está em
secreto nos ouvirá e os recompensará. Naturalmente que o nosso
Mestre não condena a oração em grupo pelas Igrejas pois os seus
discípulos após a sua morte e ressurreição, perseveravam juntos
em oração e na meditação da Palavra e foram grandemente cheios do
poder do Espírito Santo.
Nos
versículos seguintes vemos os conselhos do nosso Mestre: “E,
quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de
orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos
dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta,
orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em
secreto, te recompensará.” Mt 6:5-6.
Deus
avalia o que fazemos exteriormente e também as motivações das
nossas atitudes. Deus agrada-se de um coração que o ama e procura
agrada-lo. As motivações das boas obras feitas por nós determina se Deus
Pai irá ou não recompensar-nos. Devemos ter isso em consideração
quando pensarmos em fazer alguma coisa relacionada com a nossa fé e
pedir ao Espírito Santo que purifique o nosso coração e nos ajude
a fazer tudo por amor ao Pai.
Sem comentários:
Enviar um comentário