sábado, 23 de setembro de 2017

Não entrega a sua alma a falsidade


A Bíblia ensina que um dos requisitos para ter um coração puro e estar em comunhão com Deus é não entregar a nossa alma a falsidade. O mundo ensina-nos a praticar a falsidade e vários tipos de circunstâncias aliciam-nos a entregar a nossa alma a falsidade. Contudo, a falsidade é um caminho que nos afasta de Deus e da comunhão com o Espírito Santo.

 
O Espírito Santo inspirou o salmista a escrever sobre as condições para estarmos diante de Deus, como vemos a seguir: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a falsidade, nem jura dolosamente.” Sl 24:3-4.

 
A cada dia, podemos ou não, entregar a nossa alma a falsidade. A falsidade é uma atitude que não é verdadeira, ou uma atitude em que há mentira. A falsidade traduz um sentimento que não é verdadeiro, que tenta transformar a realidade para enganar os outros. Deus é omnisciente, e sabe tudo o que pensamos e sentimos sobre Ele, e sobre as pessoas que nos rodeiam.


Tudo o que fazemos um dia será recompensado por Deus, pois Deus julgará todas as nossas atitudes. Deus está sempre presente onde quer que formos e não é possível enganar a Deus. Por consciência da presença a Deus, devemos respeita-Lo em todas as nossas atitudes, e não tentar enganar nem a Deus nem as pessoas que estão à nossa volta.

Deus chamou-nos para o seu reino e recomenda-nos um procedimento diferente do que tínhamos quando estávamos no mundo. Um dos mandamentos principais do nosso Senhor Jesus, é que nos amemos uns aos outros. Contudo, por vezes as circunstâncias em que nos encontramos e o mundo aliciam-nos a mostrar um amor fingido pelas outras pessoas.


Não devemos nos entregar a falsidade, nem tentar enganar os outros, tentando transmitir um sentimento que não temos por elas. O apóstolo Paulo aconselhamos a amar, mas sem fingimento ou sem hipocrisia, como vemos a seguir: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.” Rm 12:9.


O coração do cristão deve ser trabalhado, para que ele possa amar sem fingimento aqueles que estão a sua volta. Para isso, é necessário que ele tenha bons pensamentos sobre as pessoas que estão a volta dele. É necessário pensar com misericórdia e bondade para que os atos sejam coincidentes com os pensamentos.


Deus deseja, como vemos a seguir, que nos tratemos uns aos outros com amor, que concedamos honra uns aos outros, com sinceridade. “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Rm 12:10. Mas isso exige de nós um coração puro e bons sentimentos pelas pessoas a nossa volta.

 
Não podemos desculpar-nos das nossas atitudes de falta de cortesia e amabilidade, dizendo a nós próprios que agimos com sinceridade. Os nossos impulsos carnais, que vão contra o amor que Deus exige de nós, devem ser refreados, e os nossos pensamentos devem ser levados cativos a obediência de Cristo. “ e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo,” 2Co 10:5.

Para além da falsidade estar relacionada com demonstração de sentimento falsos também pode estar relacionada com o falar mentiras sobre os outros, e agir com deslealdade. Esta forma de agir também é totalmente condenada pela Bíblia. Deus não deseja que caluniemos o nosso próximo, nem que prestemos juramentos falsos sobre outras pessoas. Deus aconselha-nos a não usarmos a nossa boca para a falsidade como vemos a seguir: “Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem? Refreia a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente.” Sl 34:13.


A cada dia podemos escolher que atitude tomar perante as circunstâncias que nos rodeiam. Podemos escolher não entregar a nossa alma a falsidade e escolher a obediência a Palavra de Deus, levando cativos os nossos pensamentos carnais e obrigando-nos a pensar com a bondade e misericórdia sobre os outros. Deus se agrada do nosso empenho em servi-Lo de coração e ajuda-nos com o seu Espírito Santo.

Deus nos tem valorizado

Deus pela sua grande misericórdia nos tem concedido um lugar no seu Reino a nós pecadores que não somos nada sem Ele. Antes de sermos inseridos no Reino de Deus não eramos nada. Estávamos perdidos, cada um errante nos seus caminhos. Mas, Jesus comprou-nos com o seu sangue e fez-nos filhos de Deus.


Na carta aos colossenses vemos a maravilhosa obra de Jesus Cristo por nós: “e que, havendo feito a paz pelo seu sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.(…) agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis,” Cl 1:20, 22.


Sem Deus, e longe do Reino de Deus não somos nada. Somos como o barro que só tem valor nas mãos do oleiro. O barro em si não tem utilidade nenhuma, as vezes até pode parecer sujidade, se estiver misturado com impurezas e água. Apenas quando o oleiro purifica o barro, e dá-lhe uma forma passa a ter alguma utilidade, e muitas vezes até beleza.


Nós nas mãos do oleiro, transformamo-nos em lindos vasos, cheios de utilidade e valor para Deus. Em Jeremias vemos como o barro nas mãos do nosso Grande Oleiro se transforma em vasos úteis. “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? -Diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” Jr 18:6.


No livro de Isaías, também vemos o facto de que todos os cristãos serem como o barro nas mãos no oleiro; Deus Pai é o nosso Oleiro que dá valor a nossa vida; somos obra das mãos de Deus. Vemos isso no versículo a seguir: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai, nós somos o barro, e tu és o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.” Is 64:8.


O mundo tenta enganar-nos e ensina-nos que o homem por si só tem algum valor. Como pecadores, nada em nós tem valor, e até as nossas melhores obras são como um trapo de imundícia. Apenas pela lavagem purificadora do sangue de Cristo, podemos ter algum valor e ser aceites na presença do Pai Celeste. Vemos isso no versículo seguinte: “Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como folha, e as nossas iniquidades, como um vento nos arrebatam.” Is 64:6.


Hoje nós cristãos, somos todos parte da nação eleita, fomos feitos sacerdotes reais, e formamos um povo de propriedade exclusiva de Deus. Vemos isso no versículo a seguir: “Vós porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” 1Pe 2:9.


Antes nós não eramos povo, estávamos dispersos nos nossos caminhos, mas agora somos o povo de Deus e estamos libertos das trevas pelo sangue de Jesus, porque fomos alcançados pela misericórdia de Deus. “vós, sim, que antes, não éreis povo, mas agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.” 1Pe 2:10.


Já não somos de nós mesmos mas de Deus, para fazer a sua vontade e para proclamar as virtudes que existem no nome de Jesus Cristo. Por isso, devemos abster-nos de todas as paixões carnais que tentam desviar a nossa alma da obediência a Deus. Somos peregrinos nesta terra, porque já não pertencemos ao mundo. “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.”1Pe 2:11.


Apenas podemos, a cada dia, gloriar-nos em Deus, porque apenas somos o que somos, pela sua Graça, e nada podemos fazer sem Jesus Cristo. O mundo ensina-nos a gloriar-nos nos equipamentos tecnológicos, nos títulos académicos, e pelo que fazemos. Mas, O Espírito Santo nos ensina que nada somos longe das mãos do Deus que nos transforma a nós barros, em lindos utensílios para Deus.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Prudência

No dicionário podemos ver que o significado da palavra prudência é o ato de evitar perigos ou consequências más. Por outras palavras, prudência é o mesmo que precaução. Deus por nos amar, aconselha-nos sobre os tipos de caminhos por onde havemos de andar, ou seja que tipo de atitudes devemos ter e que tipos de situações devemos evitar. Quando ouvimos tudo o que Deus Pai nos transmitiu através do seu Filho amado, somos prudentes.

O nosso Mestre, o Senhor Jesus diz-nos no evangelho de Mateus, que aquele que ouve as suas palavras e as pratica, é como um homem prudente, que soube edificar a sua casa de forma sólida. Vemos isso no versículo a seguir: “Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;” Mt 7:24.

Se ouvirmos e praticarmos as palavras do Senhor Jesus estamos evitar alguns perigos para a nossa alma e que podem por em causa a nossa vida eterna, ou a nossa comunhão com Deus ou até evitar trazer problemas nos nossos relacionamentos. Se ouvirmos as palavras do nosso Mestre, podemos ter uma reação de desagrado da nossa carne ou mesmo das pessoas a nossa volta, mas sabemos que estamos a ter a atitudes certa.
 
 
O nosso Mestre, aconselhou-nos a entrar pela porta estreita, porque o caminho largo conduz a perdição. A porta estreita conduz-nos a caminhos nos quais as nossas decisões são difíceis de tomar, porque são contrárias a nossa carne e a filosofia do mundo. No versículo seguinte vemos a descrição do nosso Mestre da estreita porta que leva a vida eterna: “Entrai pela estreita (larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” Mt 7:13-14.


 
Alguns perigos de que o Senhor Jesus nos alertou estão descritos no evangelho de Mateus. Um dos perigos, que é trazido pela mentalidade do mundo, é a avareza. O mundo sempre cultivou a ideia que que quanto mais se tiver, mais feliz se é, o que tem feito com que as pessoas busquem a felicidade na acumulação de riquezas. Por isso o nosso Mestre nos diz, que devemos empenhar-nos por ajuntar tesouros no céu, e não na terra como defende a mentalidade do mundo: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;” Mt6:19-21.

Os tesouros, são grandes quantidades de riquezas, que proporcionam a aquele que as possui bem estar e privilégios que a maioria das pessoas não possuem. Esses tesouros, são facilmente destruídos, seja por catástrofes naturais, e também são facilmente roubáveis. Contudo, os tesouros guardados no céu são eternos, ninguém pode roubá-los e nada pode destruí-los.

 
A busca pelas riquezas, ou o sonhar com as riquezas terrenas faz com que as pessoas, cultivem sem dar por isso, o conceito do egoísmo. Por outras palavras, para terem mais, não partilham com os outros, e tentam ao máximo esquecerem-se dos problemas das pessoas a volta para conseguirem aproveitar na totalidade aquilo que dispõem.
O egoísmo é contrário aos ensinamentos de Jesus Cristo e faz com que a nossa vida gire em torno de nós, das nossas necessidades e dos nossos desejos. Colocamos assim as riquezas e nós mesmos no centro da nossa vida em vez de vivermos para Deus, como nos ensina o versículo seguinte: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2Co 5:15.

 
Outro perigo a que os cristãos estão sujeitos é de ficarem a pensar de forma negativa sobre as outras pessoas. Como por exemplo: pensar nos outros com ódio, desprezo, amargura, com malícia, entre outras coisas. A forma como pensamos pode ser chamada também de olhar, como nos diz o nosso Mestre no versículo seguinte: “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todos o teu corpo será luminoso; se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” Mt 6: 22-23.

 
O Espírito Santo diz-nos que quando odiamos a um nosso irmão estamos em trevas. Neste caso, a forma de olhar é um olhar de ódio, e como Deus é Luz ao odiarmos estamos a afastar-nos Dele pois Deus é amor e nele não há trevas nenhumas. O apóstolo João diz-nos isso a seguir: “À quele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.” 1Jo 2:11.
 

Devemos por isso, ser prudentes e desviar-nos do egoísmo, e de pensarmos de uma maneira má sobre os outros. Deus é amor e deseja que amemos os outros, da mesma forma como Ele nos amou. Para amarmos os outros não podemos ser egoístas nem rancorosos ou vingativos, porque Deus é misericordioso e perdoou todos os nossos pecados através do sangue do Senhor Jesus. Devemos pensar no outros com a mesma bondade e misericórdia com que Deus pensa em nós.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Nos últimos tempos


Com o decorrer da história, verificamos que estão reunidas todas as condições para a vinda de Jesus, o que nos dá a perceção de estarmos nos últimos tempos. Nestes tempos a condição moral da humanidade em geral deteriora-se bem como o amor dos homens uns para com os outros. Em relação aos cristãos verifica-se uma grande apostasia, o que nos alerta que a fé no mundo está em muitos lugares a esfriar.


A apostasia é o afastamento deliberado das doutrinas da fé cristã aprendidas anteriormente. Muitos que conhecem o evangelho afastam-se da fé e da prática dos princípios da Palavra de Deus e colocam-se abertamente contra a vivência dos princípios da fé cristã. Por tudo isso, os cristãos são admoestados pelo Espírito Santo a apegar-nos com mais firmeza as verdades ouvidas, para que sejamos dignos de ir com Jesus quando Ele vier buscar a Igreja.


O autor da epístola aos Hebreus fala-nos dessa necessidade no versículo seguinte: “Por esta razão, importa que nos apeguemos com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos.” Hb 2:1. Os cristãos necessitam de apegar-se aos princípios da Palavra de Deus com mais firmeza, diariamente, para que nas diversas situações que nos rodeiam não nos desviemos dos ensinos do Mestre.


Em muitos lugares onde vamos, vemos que aqueles que já ouviram o evangelho, distanciam-se nas suas atitudes diárias dos princípios de Deus por decisão firme, porque apostataram da fé como nos diz o versículo seguinte: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, para obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,” 1Tm 4:1.


A postura de distanciamento da fé, é visível na falta de amor uns pelos outros, e em atitudes de soberba, hostilidade, intransigência e de blasfémia ou insulto contra a fé cristã. Vemos isso no versículo seguinte: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,” 2Tm 3:1-4.


Pelo ambiente causado pelas atitudes de ofensa, ultraje, hostilidade, arrogância, o cristão necessita de apegar-se a Palavra de Deus para que possa comportar-se, nesses ambientes, como convêm a fé cristã, com toda humildade, amor, longanimidade, mansidão, perdão.

Nestas situações difíceis vividas por todos os cristãos, podemos lembrar que o nosso Senhor Jesus suportou muito mais, do que qualquer outro homem, sofrendo em nosso lugar para que os nossos pecados sejam perdoados. O nosso Mestre, em todos os sofrimentos que passou sempre mostrou um grande amor a Igreja e uma grande obediência ao Pai Celeste.


O Senhor Jesus, sendo o Filho de Deus, nos deu acesso a um mundo onde não viveremos mais situações de dor ou de tristeza. O nosso Mestre deu-nos um lugar no reino Celestial onde apenas haverá gozo, paz e alegria. O nosso Senhor Jesus venceu o mundo e está hoje intercedendo por nós nas nossas fraquezas.


Antes de ser entregue a morte o nosso Mestre avisou: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo eu venci o mundo.” Jo 16:33. Por isso devemos ter bom ânimo, sobretudo nos momentos difíceis, onde estamos em ambientes onde a falta de amor e intolerância tentam-nos desanimar em seguir os passos do Senhor Jesus. As bênçãos que o Pai Celeste tem para nós não se compram a qualquer aflição que tenhamos na terra. Devemos alegrar-nos com isso.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

As vestes do novo homem

O novo homem, é aquele que nasce não da vontade da carne mas pelo poder do Espírito e passa a fazer parte do reino de Deus. Esse novo homem, passa a ser filho de Deus e pertencente ao reino da luz. Por isso, a forma de se comportar do novo homem tem de ser diferente da forma como se comportam as pessoas que vivem nas trevas. O comportamento é a parte visível do homem e deve ser agradável a Deus da mesma forma como é agradável aos homens ver alguém elegantemente vestido.

As vestes do novo homem são compreendidas por peças básicas que devem estar sempre presentes quando estamos com os outros, para que estejamoa com a dignidade devida de um filho de Deus. Estas peças são: misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, perdão, amor. Estas peças em conjunto tornam o cristão decente a onde quer que esteja.

Por isso o apóstolo Paulo recomenda-nos que nos revistamos dessas peças, como vemos no versículo a seguir: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós, também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” Cl 3:12-14.

O nosso Senhor Jesus ao longo do seu ministério vestiu-se sempre de misericórdia. Ele sempre tinha misericórdia dos que sofriam por enfermidade e por exclusão social. Jesus inclusive, mostrava e profundo amor, por todos os homens que levou com que perdoasse todas as ofensas sofridas, mesmo enquanto esteve na cruz do Calvário.

Por tudo isso, o Senhor Jesus é o nosso exemplo de misericórdia a quem devemos imitar. No versículo temos um demonstração da misericórdia de Jesus Cristo. "Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes." Lc 23:34.

A bondade é fundamental no dia a dia dos cristãos, para que eles possam se assemelhar ao Pai Celeste que é bom para todos, tanto com os bons como para os maus. A bondade é a capacidade de fazer o bem aos outros; é uma atitude de amor que pode ser traduzida em gestos de ajuda, compreensão e de boas palavras perante o sofrimento e várias outras situações da vida das pessoas.

O Pai Celeste é bom e ao enviar o seu Filho Amado para pagar os nossos pecados, mostrou grande bondade para com a humanidade. A bondade de Deus é motivo para O louvarmos com toda a nossa gratidão e também para sermos bondosos para com os que estão a nossa volta, da mesma forma como Ele é bondoso connosco. O salmista diz-nos: “Aleluia! Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre.” Sl 106:1.

O nosso Mestre, enquanto esteve na terra deixou-nos exemplo de humildade, que é um elemento que deve sempre estar presente, tanto nas nossas atitudes para com os outros a nossa volta, como para com o nosso Deus. O oposto da humildade é a soberba, o orgulho que se traduzem muitas vezes por uma vontade de ser tratado como superior pelas outras pessoas.


O nosso Senhor Jesus, pelo contrário do que o mundo ensina, demonstrou como é importante ser humilde, pois Ele não se colocava em primeiro lugar, como o mais importante. Mas era aquele que sendo Deus, se fez homem e vivia para servir os outros. Na última Páscoa que o Senhor festejou com os discípulos Ele deu exemplo de como ser humilde lavando os pés aos seus discípulos.

Para além de ter lavado os pés aos discípulos o Senhor Jesus afirmou que imitassem o seu exemplo, porque o Senhor não veio para ser servido mas para servir os outros. Quem quisesse ser o maior, deveria por isso ser servo de todos, como podemos ver a seguir: “e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Mt 20:27-28.

A mansidão é importante, num mundo onde as pessoas estão sempre agressivas e prontas para atacar verbalmente ou por gestos. Isto porque o nosso Mestre deixou-nos a incumbência de sermos sal e luz neste mundo. A forma que temos de o ser é imitando a mansidão do Senhor Jesus.

O nosso Mestre era de fácil trato, todos podiam aproximar-se dele. Mesmo perante a oposição e agressividade dos sacerdotes o Senhor Jesus comportava-se calmamente, respondendo sabiamente aos seus opositores. Perante pessoas marginalizadas e rejeitadas o nosso Senhor mostrava-se meigo, delicado, como vemos pela forma como tratou a mulher adultera que estava na eminência de ser apedrejada.


Vemos isso nos versículos a seguir: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” Jo 8:10-11.

O nosso Mestre não é apenas o nosso exemplo de misericórdia, bondade, humildade, mansidão, mas como também é o nosso exemplo de longanimidade, perdão e amor. Deus é longânimo, tardio em irar-se mostra-nos isso pela sua paciência para connosco, homens pecadores, dando-nos a cada dia a hipótese de nos arrependermos dos nossos pecados e de fazer aquilo que nos ordena.

A capacidade de perdão e de amor por nós vai muito além do que possamos alcançar levando o nosso Deus a entregar o seu Filho unigénito para que a nossa relação como Ele pudesse ser restabelecida e os nossos pecados perdoados, como nos diz o versículo seguinte: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16.

Se imitarmos o nosso Senhor Jesus e o Pai Celeste estaremos nos comportando de forma digna para o nosso Mestre e estaremos honrando o seu nome. As nossas vestes devem ser sempre compreendidas por: misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, perdão e amor. Deus é amor e deseja que amemos aos nosso próximo como a nós mesmos e para isso é necessário estas vestes.

domingo, 3 de setembro de 2017

O favor dos homens ou de Deus?

O homem a onde quer que vá está rodeado de pessoas; algumas têm a fé cristã, outras pessoas têm outras religiões e alguns até não acreditam em Deus. No dia a dia, os cristãos vêm-se confrontados com a necessidade de alcançar objetivos e isso muitas vezes implica ajuda. Assim, o cristão vê-se com duas hipóteses: ou procura a ajuda dos homens ou procura a ajuda de Deus.

Nas duas hipóteses, o cristão vê-se obrigado a tentar agradar o outro: ou agrada ao homem, ou agrada a Deus. Isto porque sabido que quando queremos o favor de alguém temos de agradar a essa pessoa também. Contudo, o nosso comportamento não é igual quando buscamos o favor de um ou do outro lado.


Se tentamos agradar o homem vivemos segundo a vontade do mundo e colocamos a nossa fé no homem. Se tentamos agradar a Deus vivemos segundo os mandamentos e colocamos a nossa fé e a nossa esperança em Deus. As duas coisas são opostas entre si. Deus avisa-nos que aquele que confia no homem e que deposita nele a sua confiança é maldito, é como uma árvore seca.


No versículo seguinte podemos ver as palavras de Deus: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! (…) Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja a esperança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto as águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano da sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto.” Jr 17:5,7-8.


Um cristão não tem escolha, porque um servo de Deus tem a obrigação de viver para obedecer a Deus. Isto porque foi com esse objetivo que Jesus se entregou na cruz do Calvário por nós, como nos diz o versículo seguinte: “E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2Co 5:15.


O apóstolo Paulo diz-nos também que se, a semelhança dele, que quisermos agradar aos homens, já não somos servos de Deus. No versículo seguinte podemos ver isso: “Porventura, procuro eu, agora , o favor dos homens ou de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” Gl 1:10.


Mesmo diante de perseguições e ameaças físicas devemos buscar agradar a Deus e buscar o seu favor, pois é isso que Deus espera de nós. Quando vivemos buscando o favor dos homens e colocamos neles a nossa esperança de salvação estamos a afastar o nosso coração de Deus e a tornar-nos como uma árvore que não tem as suas raízes junto ao ribeiro das águas vivas e que por isso está seca.


O apóstolo Pedro mostra-nos como buscar o favor de Deus mesmo perante ameaças e perseguições. Logo após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, Pedro, juntamente com outros apóstolos, viu-se confrontado com esta situação: ou buscava o favor e a aceitação dos homens ou buscava a aceitação de Deus, obedecendo as ordens que Deus lhes tinha dado. Perante estes duas hipóteses, Pedro decidiu-se por Deus.


Os sacerdotes e o principais da cidade tinham o propósito de acabar com a fé cristã e por isso ameaçaram a Pedro e os outros apóstolos, batendo-os inclusive, para que não falassem mais sobre o nome do Senhor Jesus. Contudo, Pedro, e os apóstolos tinham visto a Jesus ressuscitado, e tinham visto o poder de Deus que tinha enviado um anjo para liberta-los da prisão.


Por isso, o coração de Pedro estava cheio de gratidão e louvor a Deus e mesmo perante as ameaças físicas não quis deixar de falar o nome de Jesus, como vemos a seguir: “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” Act 4:29. A obediência a Deus deve ser o mais importante nas nossas vidas, mesmo que queiram nos matar devido ao nome do Senhor Jesus. Deus já nos deu o mais importante, que é salvação, um lugar na pátria celestial, e por isso devemos confiar em Deus e buscar Nele a ajuda que precisamos para a nossa vida.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Santidade, um requisito para o relacionamento com Deus


A relação com Deus exige alguns requisitos. Contudo, o primeiro passo já foi dado pelo Senhor Jesus quando morreu na Cruz do Calvário para que os nossos pecados fossem perdoados e o nosso relacionamento com Deus fosse então possível. Os outros requisitos, são da responsabilidade do homem, embora possam ter ajuda do Espírito Santo.


Esses requisitos estão relacionados com a santidade. Isto porque Deus é luz e Nele não há trevas algumas. Quem quiser aproximar-se de Deus tem de deixar as trevas e as sua obras. O apóstolo João diz-nos isso na sua segunda epístola, como vemos a seguir: “Ora, esta é a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” 1João 1:5


Para além disso, não pode haver comunhão entre a luz e a trevas, porque elas são opostas, da mesma forma que o bem é oposto ao mal. A comunhão significa ter algo em comum, é a partilha de ideias e objetivos. Deus não pode ter comunhão com pessoas que estão nas trevas, porque essas pessoas pensam de forma oposta ao pensar de Deus.


O apóstolo Paulo explica-nos este fato referindo que não é possível haver sociedade entre a justiça e a injustiça, nem entre a luz e as trevas. Vemos isso a seguir: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?” 2Co 6:14-15.


Os princípios de Deus são totalmente opostos aos princípios do reino das trevas. Por isso se alguém quiser crescer na sua comunhão com Deus tem de se santificar, ou seja tem se se dedicar a aquilo que agrada a Deus e afastar-se das obras da carne e das trevas. Isso, traduz-se numa obediência sucessivamente maior a Palavra de Deus e aos seus mandamentos.


Nós somos o templo de Deus, pois temos em nós o seu Santo Espírito. Se quisermos adora-Lo e louva-Lo com as nossas obras temos de adotar a forma de pensar e de viver do seu Filho, o Senhor Jesus. O Senhor, deseja que nos aproximemos Dele, da sua santidade e diz-nos isso no versículo a seguir: “Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo.” Lv 11:45.


Deus deseja ser o nosso Deus, e para que possamos deixa-Lo reinar em nossas vidas temos ser santos da mesma forma que Ele é Santo. Os humanos têm uma natureza pecaminosa e por isso, é difícil assemelharmos totalmente a santidade do nosso Mestre Jesus. Contudo, quando pecamos podemos contar com o perdão de Deus e com a sua ajuda para superamos o pecado. O apóstolo João diz-nos isso a seguir: “Se confessarmos os nosso pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” 1Jo 1:9.


O nosso Deus ama-nos e deseja dar-nos uma vida eterna ao seu lado. Por isso, devemos dedicar-nos a Ele com todo o nosso amor e afastar-nos das impurezas tanto da carne como do espírito; e aperfeiçoar a nossa santidade no temor de Deus como nos aconselha Paulo no versículo a seguir: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” 2 Co 7:1.


A santidade, é uma busca por todas as atitudes e obras que agradam a Deus; e é uma forma de nos aproximar-nos de Deus, não só para termos comunhão com Ele mas também para adquirirmos o mesmo caráter que o Senhor Jesus, o nosso exemplo de amor e de obediência ao Pai Celeste. Quanto mais a buscamos mais nos tornaremos semelhantes a Jesus Cristo e mais agradaremos o nosso Pai Celeste.