segunda-feira, 4 de setembro de 2017

As vestes do novo homem

O novo homem, é aquele que nasce não da vontade da carne mas pelo poder do Espírito e passa a fazer parte do reino de Deus. Esse novo homem, passa a ser filho de Deus e pertencente ao reino da luz. Por isso, a forma de se comportar do novo homem tem de ser diferente da forma como se comportam as pessoas que vivem nas trevas. O comportamento é a parte visível do homem e deve ser agradável a Deus da mesma forma como é agradável aos homens ver alguém elegantemente vestido.

As vestes do novo homem são compreendidas por peças básicas que devem estar sempre presentes quando estamos com os outros, para que estejamoa com a dignidade devida de um filho de Deus. Estas peças são: misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, perdão, amor. Estas peças em conjunto tornam o cristão decente a onde quer que esteja.

Por isso o apóstolo Paulo recomenda-nos que nos revistamos dessas peças, como vemos no versículo a seguir: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós, também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” Cl 3:12-14.

O nosso Senhor Jesus ao longo do seu ministério vestiu-se sempre de misericórdia. Ele sempre tinha misericórdia dos que sofriam por enfermidade e por exclusão social. Jesus inclusive, mostrava e profundo amor, por todos os homens que levou com que perdoasse todas as ofensas sofridas, mesmo enquanto esteve na cruz do Calvário.

Por tudo isso, o Senhor Jesus é o nosso exemplo de misericórdia a quem devemos imitar. No versículo temos um demonstração da misericórdia de Jesus Cristo. "Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes." Lc 23:34.

A bondade é fundamental no dia a dia dos cristãos, para que eles possam se assemelhar ao Pai Celeste que é bom para todos, tanto com os bons como para os maus. A bondade é a capacidade de fazer o bem aos outros; é uma atitude de amor que pode ser traduzida em gestos de ajuda, compreensão e de boas palavras perante o sofrimento e várias outras situações da vida das pessoas.

O Pai Celeste é bom e ao enviar o seu Filho Amado para pagar os nossos pecados, mostrou grande bondade para com a humanidade. A bondade de Deus é motivo para O louvarmos com toda a nossa gratidão e também para sermos bondosos para com os que estão a nossa volta, da mesma forma como Ele é bondoso connosco. O salmista diz-nos: “Aleluia! Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre.” Sl 106:1.

O nosso Mestre, enquanto esteve na terra deixou-nos exemplo de humildade, que é um elemento que deve sempre estar presente, tanto nas nossas atitudes para com os outros a nossa volta, como para com o nosso Deus. O oposto da humildade é a soberba, o orgulho que se traduzem muitas vezes por uma vontade de ser tratado como superior pelas outras pessoas.


O nosso Senhor Jesus, pelo contrário do que o mundo ensina, demonstrou como é importante ser humilde, pois Ele não se colocava em primeiro lugar, como o mais importante. Mas era aquele que sendo Deus, se fez homem e vivia para servir os outros. Na última Páscoa que o Senhor festejou com os discípulos Ele deu exemplo de como ser humilde lavando os pés aos seus discípulos.

Para além de ter lavado os pés aos discípulos o Senhor Jesus afirmou que imitassem o seu exemplo, porque o Senhor não veio para ser servido mas para servir os outros. Quem quisesse ser o maior, deveria por isso ser servo de todos, como podemos ver a seguir: “e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Mt 20:27-28.

A mansidão é importante, num mundo onde as pessoas estão sempre agressivas e prontas para atacar verbalmente ou por gestos. Isto porque o nosso Mestre deixou-nos a incumbência de sermos sal e luz neste mundo. A forma que temos de o ser é imitando a mansidão do Senhor Jesus.

O nosso Mestre era de fácil trato, todos podiam aproximar-se dele. Mesmo perante a oposição e agressividade dos sacerdotes o Senhor Jesus comportava-se calmamente, respondendo sabiamente aos seus opositores. Perante pessoas marginalizadas e rejeitadas o nosso Senhor mostrava-se meigo, delicado, como vemos pela forma como tratou a mulher adultera que estava na eminência de ser apedrejada.


Vemos isso nos versículos a seguir: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” Jo 8:10-11.

O nosso Mestre não é apenas o nosso exemplo de misericórdia, bondade, humildade, mansidão, mas como também é o nosso exemplo de longanimidade, perdão e amor. Deus é longânimo, tardio em irar-se mostra-nos isso pela sua paciência para connosco, homens pecadores, dando-nos a cada dia a hipótese de nos arrependermos dos nossos pecados e de fazer aquilo que nos ordena.

A capacidade de perdão e de amor por nós vai muito além do que possamos alcançar levando o nosso Deus a entregar o seu Filho unigénito para que a nossa relação como Ele pudesse ser restabelecida e os nossos pecados perdoados, como nos diz o versículo seguinte: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16.

Se imitarmos o nosso Senhor Jesus e o Pai Celeste estaremos nos comportando de forma digna para o nosso Mestre e estaremos honrando o seu nome. As nossas vestes devem ser sempre compreendidas por: misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, perdão e amor. Deus é amor e deseja que amemos aos nosso próximo como a nós mesmos e para isso é necessário estas vestes.

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