O
novo homem, é aquele que nasce não da vontade da carne mas pelo
poder do Espírito e passa a fazer parte do reino de Deus. Esse novo
homem, passa a ser filho de Deus e pertencente ao reino da luz. Por
isso, a forma de se comportar do novo homem tem de ser diferente da
forma como se comportam as pessoas que vivem nas trevas. O
comportamento é a parte visível do homem e deve ser agradável a
Deus da mesma forma como é agradável aos homens ver alguém
elegantemente vestido.
As
vestes do novo homem são compreendidas por peças básicas que devem
estar sempre presentes quando estamos com os outros, para que estejamoa
com a dignidade devida de um filho de Deus. Estas peças são:
misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, perdão,
amor. Estas peças em conjunto tornam o cristão decente a onde quer
que esteja.
Por
isso o apóstolo Paulo recomenda-nos que nos revistamos dessas peças,
como vemos no versículo a seguir: “Revesti-vos, pois, como eleitos
de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de
benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns
aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como
Cristo vos perdoou, assim fazei vós, também. E, sobre tudo isto,
revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” Cl 3:12-14.
O
nosso Senhor Jesus ao longo do seu ministério vestiu-se sempre de
misericórdia. Ele sempre tinha misericórdia dos que sofriam por
enfermidade e por exclusão social. Jesus inclusive, mostrava e
profundo amor, por todos os homens que levou com que perdoasse todas
as ofensas sofridas, mesmo enquanto esteve na cruz do Calvário.
Por tudo isso, o Senhor Jesus é o nosso exemplo de misericórdia a quem devemos imitar. No versículo temos um demonstração da misericórdia de Jesus Cristo. "Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes." Lc 23:34.
A
bondade é fundamental no dia a dia dos cristãos, para que eles
possam se assemelhar ao Pai Celeste que é bom para todos, tanto com
os bons como para os maus. A bondade é a capacidade de fazer o bem
aos outros; é uma atitude de amor que pode ser traduzida em gestos
de ajuda, compreensão e de boas palavras perante o sofrimento e
várias outras situações da vida das pessoas.
O
Pai Celeste é bom e ao enviar o seu Filho Amado para pagar os nossos
pecados, mostrou grande bondade para com a humanidade. A bondade de
Deus é motivo para O louvarmos com toda a nossa gratidão e também
para sermos bondosos para com os que estão a nossa volta, da
mesma forma como Ele é bondoso connosco. O salmista diz-nos:
“Aleluia! Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom e a sua
misericórdia dura para sempre.” Sl 106:1.
O
nosso Mestre, enquanto esteve na terra deixou-nos exemplo de
humildade, que é um elemento que deve sempre estar presente, tanto nas
nossas atitudes para com os outros a nossa volta, como para com o nosso
Deus. O oposto da humildade é a soberba, o orgulho que se traduzem
muitas vezes por uma vontade de ser tratado como superior pelas
outras pessoas.
O
nosso Senhor Jesus, pelo contrário do que o mundo ensina, demonstrou
como é importante ser humilde, pois Ele não se colocava em primeiro
lugar, como o mais importante. Mas era aquele que sendo Deus, se fez
homem e vivia para servir os outros. Na última Páscoa que o Senhor
festejou com os discípulos Ele deu exemplo de como ser
humilde lavando os pés aos seus discípulos.
Para
além de ter lavado os pés aos discípulos o Senhor Jesus afirmou
que imitassem o seu exemplo, porque o Senhor não veio para ser
servido mas para servir os outros. Quem quisesse ser o maior, deveria
por isso ser servo de todos, como podemos ver a seguir: “e quem
quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho
do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate de muitos.” Mt 20:27-28.
A
mansidão é importante, num mundo onde as pessoas estão sempre
agressivas e prontas para atacar verbalmente ou por gestos. Isto
porque o nosso Mestre deixou-nos a incumbência de sermos sal e luz
neste mundo. A forma que temos de o ser é imitando a mansidão do
Senhor Jesus.
O nosso Mestre era de
fácil trato, todos podiam aproximar-se dele. Mesmo perante a
oposição e agressividade dos sacerdotes o Senhor Jesus
comportava-se calmamente, respondendo sabiamente aos seus opositores.
Perante pessoas marginalizadas e rejeitadas o nosso Senhor
mostrava-se meigo, delicado, como vemos pela forma como tratou a
mulher adultera que estava na eminência de ser apedrejada.
Vemos isso nos
versículos a seguir: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém
mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor!
Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não
peques mais.” Jo 8:10-11.
O nosso Mestre não é
apenas o nosso exemplo de misericórdia, bondade, humildade,
mansidão, mas como também é o nosso exemplo de longanimidade,
perdão e amor. Deus é longânimo, tardio em irar-se mostra-nos
isso pela sua paciência para connosco, homens pecadores, dando-nos a
cada dia a hipótese de nos arrependermos dos nossos pecados e de
fazer aquilo que nos ordena.
A capacidade de
perdão e de amor por nós vai muito além do que possamos alcançar
levando o nosso Deus a entregar o seu Filho unigénito para que a
nossa relação como Ele pudesse ser restabelecida e os nossos
pecados perdoados, como nos diz o versículo seguinte: “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Jo 3:16.
Se imitarmos o nosso
Senhor Jesus e o Pai Celeste estaremos nos comportando de forma digna
para o nosso Mestre e estaremos honrando o seu nome. As nossas vestes
devem ser sempre compreendidas por: misericórdia, bondade,
humildade, mansidão, longanimidade, perdão e amor. Deus é amor e
deseja que amemos aos nosso próximo como a nós mesmos e para isso é
necessário estas vestes.
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