quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Graça inaudita


O Espírito Santo é a dádiva do Pai Celeste e do seu Filho Jesus Cristo a todo crente para que tenhamos capacidade de testemunhar o Senhor Jesus. O Espírito Santo é o Espírito da Graça. Recebemos a salvação e o Espírito Santo não porque somos melhores do que os outros mas porque Deus pela sua infinita Graça nos deu apesar de não sermos merecedores.


Para uma vida cristã frutífera precisamos do Espírito Santo para que faça nascer em nós o fruto do seu Espírito e para que nos dê dons para que possamos servir a Igreja. O fruto do Espírito Santo é essencial para que possamos seguir a Jesus e servir os outros com humildade e dedicação.


O fruto do Espírito Santo não vem de nós, é desenvolvido pelo Espírito Santo que está em nós. Os nove componentes do fruto do Espírito Santo são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. O apóstolo Paulo refere os componentes do fruto do Espírito Santo no versículo que podemos ver a seguir: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” Gl 5:22.


Uma vida cristã frutífera depende do Espírito Santo, da sua capacitação e do seu fruto em nós. Inclusive, para que possamos servir a Igreja precisamos dos dons do Espírito Santo. Quando é colocado em nós um dom pelo Espírito Santo, não podemos enterra-lo, pois toda a Igreja sofreria com isso.


Os dons que recebemos do Espírito Santo são para ser usados para a edificação da Igreja, e por isso têm de ser desenvolvidos e multiplicados. O Senhor Jesus fala-nos da necessidade de usar os dons que recebemos do Espírito Santo, na parábola dos talentos. Quer o Senhor Jesus nos dê, através do seu Espírito, cinco, dois ou um talento temos de desenvolve-los e multiplica-los para o benefício da Igreja e do nosso Senhor que deseja o crescimento da Igreja.


Podemos ver a parábola dos talentos, nos versículos a seguir: “O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova escondeu o dinheiro do seu senhor.” Mt 25:16-18.


Devemos nos colocar a disposição do Espírito Santo para obedecer-lo e fazer o que lhe é agradável de forma que Ele tenha liberdade em nós para nos capacitar a servir o Senhor Jesus e a Deus Pai. O apóstolo Paulo, foi um servo dedicado a Deus e que sempre ouviu a voz do Espírito Santo.

 
Ao longo dos atos dos apóstolos e das epístolas vemos o trabalho do apóstolo Paulo em favor da Igreja. Contudo, apesar dos grandes trabalhos missionários desenvolvidos por Paulo ele não considerava que o seu trabalho se devia a ele mesmo, mas sim a Graça do Espírito Santo que o capacitou e conduziu ao longo da seu serviço a Deus.

 
Podemos ver as palavras do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Mas pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” 1Co 15:10.

 
Devemos ser gratos a Deus por nos ter concedido o seu Espírito Santo. Devemos também agradecer ao Espírito Santo por tudo aquilo que nos capacita a fazer, pois sem Ele nada poderíamos fazer para Deus. Contudo, não devemos sentir-nos melhores do que os outros por causa do que fazemos para Deus, pois tudo é pela inaudita Graça de Deus.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Como Jesus avalia o que damos


O ato de ofertar é um ato de amor, que muitas vezes é avaliado por comparação com o que os outros deram. Na nossa relação com Deus, podemos chamar de ato de ofertar, todas as coisas que damos para Deus, seja o nosso tempo, as nossas ofertas, as nossas dádivas para ajudar os outros e inclusive o tempo que reservamos para orar a Deus e meditar na sua Palavra.

O ser humano, tem uma certa tendência para se comparar com os outros, e inclusive os cristãos por vezes comparam uns com os outros aquilo que dão para Deus. Isso levanta questões por vezes, como: “qual será o melhor servo?”, “qual será o mais deu para Deus?”

Contudo, o nosso Senhor Jesus não avalia o que lhe dá-mos por comparação quantitativa com os que estão a nossa volta. O nosso Senhor avalia o que lhe dá-mos pelo o que tinha-mos ao nosso dispor para lhe ofertar, por outras Palavras, Jesus vê se lhe demos o nosso melhor ou não.


Estando Jesus no templo, sentado em frente do local onde colocavam as ofertas, viu que uma certa viúva pobre, aproximou-se do gazofilácio e ofertou apenas 2 moedas. Apesar da pequena quantia ofertada, o nosso Senhor Jesus considerou que a oferta dela tinha sido superior a todas as outras ofertas . Isso porque a viúva pobre tinha dado tudo o que possuía, enquanto que os outros, que eram ricos, deram apenas do que lhes sobrava.


Podemos ver isso no versículo seguinte: “Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o sustento.” Lc 21:1-4


Por isso podemos descansar porque o nosso Senhor Jesus não vai avaliar o que lhe ofertamos, ao longo da nossa vida, por comparação quantitativa com os outros mas sim, vai verificar se lhe demos o nosso melhor, do nosso tempo, das nossas finanças e das nossas capacidades e dons; ou se, pelo contrário, demos-lhe o que sobrava do nosso tempo, das nossas finanças e dos nossos dons.


Muito além de ofertas, Jesus deseja que lhe ofertemos a nossa vida: o nosso coração, a nossa alma e nossa mente por isso o apóstolo Paulo aconselha-nos,  como vemos a seguir, a oferecer-nos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus através do nosso culto racional. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional.”Rm 12:1.


Por isso, devemos obedecer a servir a Deus de forma racional, baseando-nos na Palavra de Deus e assim oferecer o nosso melhor a cada dia. Deus nos ama e tudo que fazemos por amor a Ele é apreciado mesmo as pequenas coisas. Não devemos esmorecer, mesmo quando o que fazemos não é valorizado pelos outros, pois Deus vê os nossos corações e se alegra de tudo o que fazemos para os outros em obediência a sua Palavra.

sábado, 26 de novembro de 2016

O mesmo sentir uns para com os outros


Jesus Cristo ao morrer e ressuscitar tornou possível a existência de uma só da Igreja, que nada mais é do que o corpo do próprio Senhor Jesus Cristo. Como corpo de Cristo, todos os cristãos formam a Igreja eleita que o Senhor virá buscar um dia. Por isso em cada congregação é importante a vivência como Corpo; e é importante que em cada coração haja o mesmo sentir uns para com os outros.

O apóstolo Paulo afirma ainda hoje para a Igreja de Jesus Cristo: “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.” Rm 15:5. Esse desejo é o desejo do Espírito Santo para a Igreja de Cristo, para que possa haver unidade.

O mesmo sentir uns para com os outros é importante para que haja concordância e harmonia. Cada cristão deve amar, respeitar e desejar o bem aos seus irmãos e esse sentimento deve ser recíproco no meio da Igreja para que todos possam lutar uns pelos outros e crescer em conjunto.

Na Igreja primitiva, essa unidade era notória, e o discípulos ficaram conhecidos pelo amor que tinham uns pelos outros, como o próprio Senhor Jesus dissera. Todos os que criam em Jesus eram um coração e alma. O amor que sentiam uns pelos outros levava-os a partilhar tudo o que tinham de forma que não havia necessitados entre eles.

Podemos ver no versículo seguinte o que Jesus disse sobre o fato de os discípulos serem conhecidos pelo amor que tivessem uns aos outros. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34. Em atos vemos como os cristãos eram uma só alma e um só coração. “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo porém, lhes era comum.” At 4:32.

Da mesma forma que os cristãos da Igreja primitiva é importante que todos dentro de uma congregação desejem o bem dos seus irmãos, não só a nível espiritual mas também a nível físico e material. Esse sentimento é importante para que possam ajudar os irmãos de coração, sem falsidade ou hipocrisia. É também importante para que as nossas orações pelos nossos irmãos estejam em concordância sobre o que pensamos e desejamos para eles.

Deus deseja que nós cresçamos em maturidade espiritual com todos os nossos irmãos, mas como vivemos ainda na terra precisamos também de outras coisas como crescer na nossa vida material e a nível da saúde. Para podermos crescer plenamente como cristãos temos de ter um amor fraterno sincero uns pelos outros, para assim ajudar-nos uns aos outros a crescer, suportando-nos uns aos outros e considerar-nos uns aos outros.

Devido a grande importância de nos amarmos uns aos outros o nosso Senhor Jesus deixou-nos como mandamento que nos amássemos uns aos outros como Ele próprio nos amou. Vemos esse mandamento do Senhor Jesus no versículo seguinte: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.” Jo 15:12. O nosso Senhor nos amou de tal forma que deu-se para que tivéssemos a vida eterna.

Para que possamos viver um relacionamento cristão uns com os outros temos de ter o mesmo sentimento de amor uns para com os outros, porque é impossível haver a unidade que o Espírito Santo deseja se uns amarem os outros e outros pelo contrário odiarem. O apóstolo Pedro diz-nos que o objetivo da purificação da nossa alma e da obediência à verdade é um amor fraternal não fingido pelos nossos irmãos.

Podemos ver as palavras do apóstolo Pedro no versículo seguinte: “Tendo purificado a vossa alma, pela obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerado não de semente corruptível mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” 1Pe 1:22-23.

A unidade em coração e alma que o Espírito Santo deseja que vivamos em cada congregação requer o mesmo sentimento de amor uns pelos outros. Isto para que possamos ajudar-nos uns aos outros, intercedermos em oração uns pelos outros e assim,  todos crescermos juntos. O próprio Espírito Santo dá a cada cristão amor fraternal pelos outros e por isso podemos clamar ao Espírito Santo para que Ele opere o seu amor em nós.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Vem e segue-me



Na Bíblia vemos a história do jovem rico que interpelou a Jesus sobre a sua salvação. Jesus analisando o jovem rico respondeu-lhe que se quisesse ser perfeito, como é o nosso Pai perfeito, que deveria ir, vender todos os seus bens, e distribui-los aos pobres, para ter um tesouro nos céus, e que viesse então ter com Jesus e O seguisse. Vemos isso no seguinte versículo: “Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me.” Lc 18:22.


O jovem rico estava longe de Deus, do Senhor Jesus no seu estilo de vida e na sua forma de pensar. Por isso, o Senhor Jesus disse-lhe que fosse vendesse os seus bens, desse-os aos pobres e que viesse depois ter com Jesus e O seguisse então.


Por vezes a nossa vida está tão distante dos mandamentos e diretrizes de Jesus Cristo que temos de ir, resolver as nossas questões, modificar a nossa mentalidade, rever as nossas prioridades e depois então voltar para perto de Jesus para segui-Lo com os seus discípulos.

 
O Espírito Santo diz-nos através da epístola de Paulo a Timóteo que muitos, apesar de serem cristãos, ou observadores dos mandamentos como o jovem rico, estão longe da vontade de Deus para as suas vidas, porque têm certas características que não estão de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo. Dentre alguns exemplos de elementos de caráter que colocam os cristãos longe da vontade de Deus são: egoísmo, avareza, jactância, arrogância, desafeição, crueldade, maior amor aos prazeres do mundo do que a Deus, entre outras coisas.


Podemos ver isso no seguinte versículo: “pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, balasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus,” 2 Tm 3:2-4.


Para que o jovem rico seguisse a Jesus precisava de tornar-se rico para Deus e de modificar a sua mentalidade. Da mesma maneira, hoje, se quisermos seguir a Jesus Cristo temos de modificar as nossas prioridades e a nossa mentalidade, deixando para trás o egoísmo, a avareza, a arrogância, a ingratidão, desafeição, a calúnia, crueldade, inimizade ao bem, o atrevimento, e a maior amizade dos prazeres do que a amizade a Deus.


Estar pronto para seguir a Jesus pode levar tempo; pode ser necessário um longo processo de renovação da mente e da forma de agir. Isto porque andar com Jesus acarreta uma nova forma de pensar a vida para se poder compreender a forma de pensar e agir de Jesus Cristo e poder imita-lo.


O versículo seguinte fala-nos sobre a necessidade de renovação da nossa mente. “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupisciências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” Ef 4:22-24.


Essa nova forma de pensar está de acordo com a definição de justiça e retidão de Deus, e por isso está de acordo com a mentalidade de Cristo. Portanto, seguir a Jesus Cristo, implica um conhecimento prévio de quem é o Senhor Jesus, sobre o que Ele aprecia, compreender a sua relação de obediência ao Pai e saber as suas metas.


O nosso Senhor Jesus tinha e tem objetivos diferentes dos objetivos do mundo. Quando Jesus esteva na terra vivia para amar e obedecer ao Pai Celeste, amando aos que estava a sua volta. O amor de Jesus a humanidade levou que Ele curasse, libertasse os que estavam enfermos, anunciasse a necessidade de arrependimento e se entregasse na Cruz do Calvário para a salvação da humanidade.


Hoje, Jesus Cristo, continua entre nós através do seu Espírito Santo e deseja salvar a humanidade, conduzi-la a uma mudança de vida de acordo com a Verdade e fazer com que O sigamos a cada dia, em conjunto com os seus outros discípulos. Para seguirmos a Jesus diariamente, temos que renegar diariamente a nossa velha mentalidade e agir de acordo com os ensinamentos de Jesus, imitando os Seus passos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O Temor ao Senhor Deus


A sabedoria é algo determinante na vida cristã. Contudo, a sabedoria cristã é muito diferente da sabedoria que se obtém do mundo. O principal motivo da grande diferença entre as duas sabedorias é o fato da sabedoria cristã estar baseada no temor a Deus.
 
O temor a Deus é o princípio da sabedoria para os que seguem a Deus como nos diz a Bíblia no livro dos Provérbios. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do santo é a prudência.” Pv 9:10. O princípio, ou o fundamento da sabedoria cristã é então o temor a Deus.

Ter temor a Deus permite que amemos aquilo que Deus ama, e que não gostemos daquilo que Deus não gosta. Por isso o temor a Deus influencia as nossas a atitudes, fazendo com que pratiquemos aquilo que Deus aprecia, e que não gostemos do pecado. Por outras palavras, faz-nos amar a bondade, a mansidão, a longanimidade e detestar a malícia, a maldade e outras atitudes negativas contra o nosso próximo.

 
No livro de provérbios, como vemos no versículo seguinte, o Espírito Santo fala-nos precisamente que o temor do Senhor é não gostar do mal e consequentemente de todas as formas de pecado: “O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, arrogância , o mau caminho e a boca perversa eu os aborreço.” Pv 8:13.
 
Deus é Santo, totalmente puro e não se agrado do pecado, nem da maldade nos corações dos homens. Exatamente por isso, quando queremos alcançar a pátria Celestial temos que adquirir sabedoria. Aprender o que agrada a Deus e o que não O agrada e aplicar esse conhecimento no nosso dia, evitando o mal e a prática do pecado.
 
O nosso Senhor Jesus, sendo Filho de Deus viveu cheio do Espírito Santo; e foi o único homem com a plenitude do Espírito de Conhecimento e temor a Deus como vemos no livro de Isaías. “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” Is 11:2.
 
Enquanto viveu na terra o Senhor Jesus permitiu-nos a conhecer o coração do Pai Celeste e ensinou-nos a fazer o que é reto perante Deus. Para além de ser o nosso Mestre, o nosso Senhor Jesus é também o nosso modelo de temor ao Pai Celeste porque Ele nunca pecou e na sua boca nunca se achou nenhuma espécie de engano.
 
Como somos humanos, somos sujeitos ao pecado e por isso devemos ser prudentes para não cairmos em situações que nos levem ao pecado. A pratica do temor a Deus é uma atitude prudente, que nos ajuda a percecionar e a julgar a realidade a nossa volta corretamente. O salmista diz-nos isso no versículo seguinte: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre.” Sl 111:10.
 
A pratica do temor a Deus tem várias vantagens para a nossa vida e a principal vantagem é o fato de nos ajudar a caminhar rumo a Pátria Celestial. Outra vantagem é que ao temermos a Deus conseguimos mais facilmente seguir os passos do Senhor Jesus que é totalmente Santo. Por isso devemos pedir ao Espírito Santo que nos encha do seu Espírito de Conhecimento de temor a Deus para podermos viver vidas agradáveis a Deus.

domingo, 13 de novembro de 2016

A vanglória dos discípulos


Os discípulos do Senhor Jesus Cristo depois de terem sido enviados pelo Mestre para pregarem o Evangelho e curarem enfermos, voltaram contando que tinham tido experiências maravilhosas sobre a atuação do Espírito Santo através da vida deles, como vemos a seguir: “Então, regressaram os setenta, possuídos de grande alegria, dizendo: Senhor, os próprios demónios se nos submetiam pelo teu nome.” Lc 10:17

Contudo, o nosso Mestre não partilhou da alegria deles antes, recomendou que se alegrassem, não porque os espíritos demoníacos se submetiam a eles, mas sim, porque o nome deles estava escrito no livro da vida. Podemos ver essas palavras no versículo seguinte: “Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem; e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.” Lc 10:20.

A recomendação de Jesus Cristo aos seus discípulos é também para todos os cristãos que fazem alguma obra para o Mestre, seja a ministração de libertação de pessoas endemoninhadas, seja louvar ou prestar auxílio as pessoas necessitadas. Seja qual for o boa obra que façamos para Jesus Cristo não devemos vangloriar-nos pelo que fazemos.

As boas obras que cada cristão executa é fruto da Graça do Senhor Jesus e da operação do seu Santo Espírito. Os cristãos são servos de Deus; e um dos propósitos da vida dos cristãos é servir a Deus e aos seus propósitos na terra. Por isso, não devemos sentir-nos melhores do que os outros, nem ficarmos vaidosos pelas obras que fazemos.

Na realidade, as boas obras que fazemos, são fruto da Graça de Deus. Tudo o que fazemos é pela Graça e não porque somos especiais ou melhores do que os outros. Devemos vangloriar-nos pela salvação que Jesus Cristo conquistou para nós na Cruz do Calvário.

O apóstolo Paulo afirma-nos na sua epístola aos romanos que através de Jesus Cristo já não há nenhuma condenação para os cristãos; eles têm acesso a vida eterna e perdão dos seus pecados. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito as vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” Rm 8:1-2.

O apóstolo Pedro afirma ainda, no versículo seguinte, da sua primeira epístola que todos os nossos pecados foram carregados pelo nosso Senhor Jesus, para que nós, como mortos para o pecado pudéssemos viver para a justiça, ou seja, para praticar as boas obras que o nosso Deus preparou para nós. “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para justiça; por suas pisaduras fomos sarados.” 1Pe 2:24.

Como o nosso Mestre nos recomendou devemos alegrar-nos por termos os nossos nomes escritos no livro da vida e ao mesmo tempo, devemos reconhecer que é o poder do Espírito Santo quem nos capacita a praticar boas obras. Esse reconhecimento baseia-se na busca do enchimento com o Espírito Santo.

Quanto mais nos santificamos e limpamos as nossas vidas de tudo o que não agrada a Deus, mais nos colocamos em posição para sermos cheios do Espírito Santo e para realizarmos as boas obras que Deus preparou para nós. Contudo, devemos sempre agradecer a Deus e alegra-nos por os nossos nomes estarem escritos no livro da vida.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O caminho de Daniel


Daniel foi um grande profeta que destacou-se na história da Bíblia pela sua perseverança, nas mais duras, provações e por ter sido aprovado por Deus. Para além de ser um homem que nos mostra como devemos suportar as provações, Daniel foi um grande profeta que recebeu de Deus a revelação sobre a grande tribulação e o fim dos tempos.


Deus comunicou os acontecimentos futuros a Daniel através de um anjo e frisou como muitos homens seriam purificados dos seus pecados, embranquecidos e provados. Outros homens porém, continuariam a proceder perversamente e não entenderiam as palavras de Deus transmitidas através do anjo.


Apesar de muitas pessoas na altura terem caminhadas diferentes, uns purificando-se do pecado e outros mergulhando-se mais no pecado, o anjo de Deus aconselhou a Daniel a prosseguir o seu caminho até ao fim, e a manter a sua perseverança em servir a Deus mesmo que surgissem outras provas mais duras.


Podemos ver as palavras do anjo a Daniel no versículo seguinte: “Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança.” Dn 12:13. Vemos, assim, que Daniel foi aconselhado a continuar seguindo o caminho que havia começado desde a sua adolescência e a perseverar nele até ao fim da sua vida.


Daniel tinha se dedicado ao serviço a Deus desde sempre e mostrou que amava a Deus mais do que a sua própria vida. Em certa ocasião, sob a ameaça de morte, Daniel preferiu não adorar o ídolo erguido pelo rei Nabucodonosor, e não se preocupou se iria ou não ser salvo por Deus da pena de morte, que era a fornalha ardente.


Daniel e apenas negou-se a adorar ao outro deus. Muitas vezes quando obedecemos a vontade de Deus gostaríamos de ser recompensados e protegidos do mal por causa da nossa obediência. Contudo, Daniel não se importava se Deus iria ou não salva-lo da morte, apenas obedeceu a Deus e descansou na soberania de Deus.


Podemos ver isso no versículo a seguir: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” Dn 3:17-18.


Daniel servia a Deus de forma desinteressada, ao contrário de muitos de nós que muitas vezes somos motivamos pelo benefício que obtemos de Deus quando O servimos. Deus recompensa a fidelidade e o amor dos seus servos. Contudo, Deus muitas vezes prova os nossos corações, para saber se O servimos apenas pela recompensa ou por amor a Ele.


Noutra fase da sua vida, quando Daniel era já avançado de idade, foi confrontado com um decreto lei, que proibia as pessoas de orarem a Deus durante 30 dias, sob pena de morte. Contudo, Daniel perseverou em servir a Deus e preferiu continuar a orar a Deus, três vezes ao dia, e perder a sua vida numa cova de leões.


O apóstolo Tiago, diz-nos na sua epístola o mesmo que o anjo de Deus disse a Daniel: que ele deveria seguir até ao fim o seu caminho de perseverança pois assim ele seria aprovado e no fim dos tempos ele se levantaria para receber a sua herança, a recompensa preparada por Deus para ele.


Podemos ver as palavras do apóstolo Tiago no versículo a seguir: “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tg 1:12.

O Espírito Santo diz-nos hoje também que devemos continuar seguindo o nosso caminho, perseverando em servir ao Senhor quando estamos a viver momentos de provação, pois Deus deseja que sejamos aprovados nestas situações e deseja dar-nos a coroa da vida.