quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Deus não tem prazer na morte do perverso


Deus não tem prazer na condenação eterna do perverso, mas deseja que todos se salvem. Foi exatamente por isso que o nosso Senhor Jesus Cristo morreu por todos os pecadores e ofereceu seu precioso sangue para pagar todas as nossas dívidas para com Deus, por outras palavras, para pagar todos os nossos pecados.
Para receber a salvação o homem precisa de se converter e aceitar o Senhor Jesus como Senhor e Salvador. Conversão implica um arrependimento de todos os maus caminhos e consequentemente uma mudança de vida.
O nosso Deus diz-nos, através do profeta Ezequiel ,que se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu na sua vida e passar a guardar os mandamentos e estatutos de Deus; e para além disso, aceitar a salvação oferecida na cruz do Calvário e seguir a Jesus Cristo como modelo, terá a vida eterna. “ Mas, se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e justo, certamente, viverá; não será morto.” Ez18:21.
O Senhor Deus diz-nos que não se lembrará mais dos pecados cometidos antes da conversão. Lembrar-se-á pelo contrário, do sangue de Jesus  Cristo vertido na cruz do Calvário e das novas obras praticadas pelo crente. ”De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou, viverá.” Ez 18:22.
Deus Pai, não tem prazer na morte do perverso e deseja que o pecador se converta dos seus maus caminhos e viva eternamente. “Acaso, tenho eu prazer na morte do perverso? - diz o Senhor Deus; não desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?” Ez 18:23. Por não ter prazer na condenação eterna do perverso, Deus enviou o seu Filho Unigénito ao mundo para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16).

domingo, 27 de setembro de 2015

Frutos da restauração


Após a restauração, o povo de Deus tem uma aparência diferente fruto da aceitação do Senhor Jesus como modelo de vida, e do andar nos caminhos do Mestre. O nosso Senhor Jesus era manso e humilde. A sua humildade não só se demonstrava na sua aparência mas na sua posição perante os homens.

Isto porque, sendo Filho de Deus não teve por usurpação ser igual a Deus e a si mesmo se humilhou e viveu como um homem humilde despojado de tudo o que era considerado luxo na sua época, como os vestuários caros e outros bens matérias que os ricos possuíam.

O nosso Senhor teve como objetivo único da sua vida fazer a vontade do Pai e por isso considerava o ato de fazer a vontade do Pai o alimento da sua vida. Por isso o nosso Senhor confiava unicamente no Pai e não nas suas emoções.

No momento em que Jesus estava no jardim do Getsémani, triste, comtemplando a dor que sofreria enquanto fosse julgado e levado para cruz do Calvário, o nosso Mestre pediu ao Pai que tudo que vivesse fosse segundo a vontade do Pai e não segundo a sua vontade (Mt 26: 39).

Da mesma forma que o nosso Mestre, o povo restaurado é marcado pela modéstia. É um povo que não se rege pelos padrões do mundo e na procura de luxo e de mais bens matérias. É um povo modesto na sua aparência mas também no seu estilo de vida.

Em Sofonias, Deus diz-nos através do seu profeta que depois da restauração da rebelde e manchada Israel, o povo seria modesto e humilde; e que confiaria no nome do Senhor: “Mas deixarei, no meio de ti, um povo modesto e humilde, que confia em o nome do Senhor” Sf 3:12.

Em vez de confiar nas suas forças e riquezas, o povo confia unicamente no Senhor Jesus e na sua força. A Bíblia mostra a grande importância de confiar no Senhor e não nas riquezas, capacidades de luta, em outros homens ou no próprio coração. O salmista diz: “Israel confia no Senhor; ele é o seu amparo e o seu escudo.” Sl 115:9. Os que confiam no Senhor são comparados na Bíblia com o monte de Sião que não se abala mas permanece firme para sempre (Sl 125:1).

O povo de Deus quando restaurado pratica a justiça, pois é um povo benigno para com o pobre e o aflito; é também misericordioso para com o próximo, perdoando as falhas cometidas contra ele. Para além disso é um povo justo pois anda segundo a vontade de Deus.

Por isso o povo restaurado já não pratica injustiça como fazia quando estava longe de Deus; nem ama a mentira, mas sim a verdade, porque é apascentado pelo Senhor Jesus, pois é o seu rebanho. “Os restantes de Israel não cometerão iniquidade, nem proferirão mentira, e na sua boca não se achará língua enganosa, porque serão apascentados, deitar-se-ão, e não haverá quem os espante.” Sf 3:13.

Este povo viverá seguro, sem medo e rejubilará por toda a sua vida, perante a esperança de viver eternamente com o Senhor. O Senhor Deus afirma por isso através do profeta Sofonias: “Canta, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te e, de todo coração, exulta ó filha de Jerusalém. O Senhor afastou as sentenças que eram contra ti e lançou fora o teu inimigo. O Rei de Israel, o Senhor está no meio de ti; tu já não verás mal algum.” Sf 3:14-15.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O olhar para atrás da mulher de Ló

 
O crente depois de começar a seguir o Senhor Jesus, é aconselhado a não olhar para trás como a mulher de Ló. Esta mulher é o relato do tipo de cristão que não devemos ser. O nosso Mestre aconselha-nos a lembrar-nos da mulher de Ló e adverte-nos que quem quiser ganhar a sua vida perdê-la-á; e quem perder de fato a salvará (Lc 17:32-33).
O nosso Mestre aconselha-nos a viver de forma a que não sejamos apanhados desprevenidos com Ele voltar, na sua majestade, para buscar a sua Igreja. Muitas coisas da nossa vida, apesar de lícitas e necessárias podem-nos tirar do foco principal da nossa vida: a nossa comunhão com o Senhor Jesus.
Por isso, o nosso Senhor descreve-nos que nos dias de Ló, as pessoas dedicavam-se as coisas necessárias para a sua sobrevivência como comer, beber, comprar, plantar, edificar. Contudo, enquanto elas dedicavam-se a essas coisas elas esqueceram-se de Deus e da sua vontade. Por isso, quando Deus resolveu julgar a cidade de Sodoma, as pessoas foram apanhadas desprevenidas (Lc 17: 28-30).
Da mesma forma, a vinda do Senhor será repentina, e por isso os cristãos são advertidos a não colocarem o seu foco nas coisas necessárias a vida terrena, como casar, comer, beber, edificar, plantar mas sim Nele, na sua vontade e sobretudo na sua vinda.
Ló era sobrinho de Abraão e devido ao crescimento do seu rebanho e do rebanho do seu tio, resolveu separar-se para que os seus animais tivessem mais espaço e alimento. Na separação de Abraão, o seu tio deixou-lhe a escolha do lugar onde desejava ir, e Ló escolheu pela aparência, os verdejantes terrenos de Sodoma.
Mais tarde, viu-se que ele fizera uma má escolha, pois o povo desta região era corrompido moralmente e desagradavam a Deus com a sua conduta. Um dia Deus decide destruir toda a cidade de Sodoma, mas por amor a Abraão decide poupar Ló e a família dele.
Os dois anjos do Senhor foram então avisar Ló da destruição de Sodoma e avisaram-no que fugisse da cidade com a sua mulher e com as suas duas filhas mas que não olhasse para trás: ”Havendo-os levado fora, disse um deles: Livra-te, salva a tua vida; não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para que não pereças.” Gn 19:17.
Ló e a sua família fugiram para uma cidade pequena, mas enquanto caminhavam a mulher de Ló olhou para trás. Apesar da grande fortuna que deixava para trás, a sua casa e grande parte da história da sua vida, Ló não olhou para trás mas sua mulher sim. (Gn 19:26). Tudo aquilo que deixava, era mais importante para a mulher de Ló do que a salvação que Deus acabava de lhe oferecer.
Assim, apesar de ser mulher de um homem temente a Deus e ser da família de um homem considerado por Deus como amigo (Abraão), a mulher de Ló perdeu a vida de repente, já tão perto de conseguir chegar a uma pequena cidade e escapar ao juízo de Deus.
Por isso o nosso Mestre diz-nos: ”Lembrai-vos da mulher de Ló” Lc 17:32. Depois de começar a andar com o Senhor devemos ter cuidado para não olhar para trás; para não deixar o nosso coração ser ocupado com as coisas da vida como comer, beber, vestir, plantar, edificar, até ao ponto destas coisas tornarem-se mais importantes do que o Senhor Jesus e ocuparem no nosso coração o lugar que é do nosso Mestre.
Devemos pesar cada uma das nossas decisões e refletir se aquela atividade profissional, aquela forma de viver o namoro ou casamento, ou aquela compra não nos tirará o foco de Deus, e se ocupará no nosso coração o lugar que é do nosso Senhor. Isto para que a nossa vida espiritual não seja afetada e não deixarmos de estar preparados para a vinda do Senhor Jesus.
 

sábado, 19 de setembro de 2015

A responsabilidade na restauração pessoal

 
A restauração é um processo que visa restabelecer algo dos danos sofridos ao longo do tempo. Na vida cristã, muitas vezes é necessário um processo de restauração espiritual, devido aos danos causados pelo pecado, ou por outras situações que lesam a vida com Deus.
O cristão é responsável pela sua restauração, apesar de ser dependente do poder e da presença de Deus para que possa faze-la. Exemplo disso é Neemias. Neemias foi um homem que soube da necessidade de restauração da cidade de Jerusalém por seu irmão. Entristecido com a situação de Jerusalém, Neemias chorou e jejuou perante Deus os pecados e a situação do povo de Israel (Ne 1:4).
Depois de quatro meses da oração de Neemias (do mês de quisleu ao mês de nisã), Deus deu a resposta que Neemias precisava. O rei Persa, Artaxerxes vendo a tristeza de Neemias, enquanto este cumpria as suas funções como copeiro, perguntou-lhe o motivo do seu abatimento. Neemias reponde que é a situação desoladora de Jerusalém o motivo da sua tristeza (Ne 2:2-3).
Então o rei pergunta a Neemias o que queria dele e Neemias depois de orar a Deus pede-lhe que o envie para Jerusalém com o objetivo de restaurar a cidade. O rei pergunta-lhe por quanto tempo Neemias desejava ficar em Jerusalém e aceita o pedido. Neemias pede ainda ao rei uma carta de autorização para apresentar aos governares das cidades por onde passasse, até chegar a de Judá, de forma que lhe permitissem a passagem. O rei concede-lhe as cartas e a matéria prima que precisava. 
Quando chegou a Jerusalém, apesar de Neemias ter visto oposição de vários homens a restauração que pretendia efetuar, ele assumiu a responsabilidade pela restauração da cidade de Jerusalém e agiu firmemente para a concluir a restauração dos muros de Jerusalém. Por isso incentivou o povo a continuar a obra de restauração e organizou o trabalho de forma, a que, cada um que fazia a obra, com uma mão trabalhava e com a outra segurava uma arma para se proteger dos ataques.
Assim, a Bíblia descreve: “os carregadores, que por si mesmos tomavam as cargas, cada um com uma das mãos fazia a obra e com a outra segurava a arma.” Ne 4:17. Apesar de dependerem da força e capacitação de Deus, Neemias e todo o povo de Jerusalém eram responsáveis pela conclusão da restauração que desejavam ver em Jerusalém.
Na vida cristã, quando o crente necessita de restauração, apesar de ser dependente de Deus e do seu Espírito, é o crente o responsável pela sua restauração. Deus com o seu Espírito capacita o crente, a realizar a obra que o crente deseja ver em sua vida, mais concretamente a vencer o pecado, a dominar o seu espírito, a concretizar as coisas necessárias para a sua restauração pessoal.
Um dos pilares da restauração é a meditação e prática da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que capacita o crente a entender e a praticar a Palavra de Deus. Mas, é o crente quem é responsável por negar a sua carne, e gerir a sua vida de forma a ter tempo para meditar na Palavra e procurar ambiente e condições para que possa por a Palavra em prática.
Nas outras áreas da vida do crente com a área dos relacionamentos, é o Espírito Santo que nos convence a sermos longânimos, mansos e a perdoar as ofensas sofridas. Mas é o crente quem decide, renegar a sua carne e não deixar-se levar pela ira, pela vontade de vingança, ou pela inveja. Por isso a atitude de amar ao próximo é uma atitude que exige uma decisão por parte do crente, pois ele é responsável pelos seus relacionamentos.
Áreas como o trabalho, exigem que o crente para além de empenhar-se no seu trabalho tenha as atitudes que vão de encontro aquilo que ele deseja. Na saúde, o crente deve decidir assumir as suas responsabilidades na sua saúde, tomando as medidas necessárias para que consiga alcançar a restauração na sua saúde.
Somos responsáveis pela nossa restauração e por isso devemos também vigiar a nossa vida quanto aos inimigos que nos cercam, pois eles não desejam ver a nossa vida restaurada e lutam ativamente para nos impedir de concluir a nossa restauração.
Um dos nossos inimigos é o diabo, que nos rodeia constantemente procurando formas de nos tragar. Outro inimigo é o mundo, que nos tenta aliciar a deixar de viver da forma como Deus deseja. Como Neemias não demos dar ouvidos aos nossos inimigos e não devemos fazer o seu jogo: ”Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” Ne 6:3. Por isso devemos apegar-nos a Deus para podermos iniciar e prosseguir a restauração das nossas vidas.

sábado, 12 de setembro de 2015

Cristo acima de tudo

Jesus Cristo é o Filho de Deus que se fez homem para salvar toda a humanidade da condenação eterna. Jesus Cristo, com o seu sacrifício, tornou-se o nome sobre todo nome, aquele perante o qual todo o joelho se dobrará e de quem toda a língua confessará que só Ele é o Senhor.
O nosso Senhor está acima de tudo, é o Reis dos reis e Senhor dos senhores cujo governo jamais terá fim. Na sua volta, Jesus virá como Rei, buscar a sua Igreja, e dará início a um novo reino onde a paz, amor e alegria serão abundantes.
Como filho de Deus, que veio a terra na forma de homem, Jesus Cristo é também o primogénito dos filhos de Deus. Aqueles que são chamados para fazer parte do reino de Deus e aceitaram Jesus como Senhor e Salvador tornaram-se filhos de Deus e foram  também predestinados para serem conformes a imagem do Filho de Deus como nos diz o apóstolo Paulo na epístola aos Romanos:” Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos” Rm 8:29.
Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível; a expressão exata do Ser de Deus. Através de Jesus Cristo podemos ver Deus na forma humana e conhecer o seu coração. Por ser o Cordeiro de Deus, ou seja, por ter feito a purificação dos pecados de toda humanidade, Jesus Cristo é o herdeiro de todas as coisas, o resplendor da glória, aquele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1: 3).
Jesus Cristo é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, aquele que existia no princípio e que estava no princípio com Deus. Jesus Cristo é o Criador de todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados. Tudo foi criado por meio do nosso Senhor Jesus e para Ele (Cl 1:16-17).
O nosso Senhor é superior em poder, pois é superior aos homens, aos anjos e tudo subsiste nele (Cl 1.17). Jesus Cristo demonstrou o seu poder na terra, através de milagres, da sua Palavra e sobretudo através da sua ressurreição. Hoje é o nome que tem poder para salvar todos os que se aproximarem dele. Aprouve a Deus que em Jesus residisse toda a plenitude e por isso Ele é Senhor e Rei de tudo na terra e nos céus; tudo a Ele pertence (Cl 1:19).
Na Igreja, Jesus Cristo está acima de tudo pois é o Cabeça, da Igreja. Na epístola aos Colossenses o apóstolo Paulo diz-nos:” Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogénito entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia,” Cl 1: 18. Como Jesus Cristo venceu a morte, pois morreu e ressuscitou, tornou-se o primogénito entre os mortos. Hoje todos aqueles que crerem no Seu Nome viverão eternamente mesmo que morram fisicamente.
Através do Seu sangue derramado na cruz do Calvário, Jesus Cristo fez a reconciliação de todos os que creem Nele com o Pai Celeste, pois pagou o preço pelos nossos pecados e tornou-nos santos, inculpáveis e irrepreensíveis perante Deus (Cl 1:22). Graças a ao seu sacrifício já não há nenhuma condenação para aqueles que creem no Seu nome.
Por estar acima de tudo e por ser o Criador de tudo, devemos toda a honra e glória a Jesus Cristo. Tudo o que temos e o que somos devemos a Ele. Devemos prostrar-nos perante Ele, e adora-lo pois Ele é o nosso Deus e o nosso Salvador.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Prestação de contas a Deus


Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, é Senhor das nossas vidas e por isso teremos de dar contas de tudo o que tivermos feito em vida; não só em relação ao nosso próximo, como também a forma como usamos os talentos que Ele nos deu e a forma como usamos todos os recursos financeiros que Ele colocou nas nossas mãos.

Nós, os crentes, somos responsáveis pelo que fazemos com a nossa vida: com a nossa saúde, com os nossos relacionamentos, com as nossas finanças e com toda a nossa vida em geral. Essa responsabilidade traduz-se no facto de termos de prestar contas a Deus.

Somos responsáveis pelos nossos pensamentos e pelas atitudes internas ou externas que tivermos para com o nosso próximo. Todos nós, tanto os que aceitamos a Jesus Cristo como Senhor, como aqueles que não aceitaram, somos do Senhor Jesus (Rm 14:8). Como Jesus Cristo é Senhor de todos nós não temos direito de julgar nem desprezar o nosso irmão porque na sua função de Rei dos reis e Senhor dos Senhores, Jesus Cristo julgará a todos.

Portanto, todos nós compareceremos perante o tribunal de Deus como diz o apóstolo Paulo “Tu, porém, porque julgas a teu irmão? E tu, porque desprezas o teu? Pois todos comparecemos perante o tribunal de Deus.” Rm 14:10. Todos nós teremos assim, de dar contas de si mesmo a Deus.

Para além de termos de dar contas das nossas atitudes para com os outros, teremos também de dar contas das motivações que nos levaram, não só a fazer as coisas que realizamos para Deus, mas também, tudo o que fizermos na nossa vida. Se as nossas motivações estiverem relacionadas com a inveja, com o ciúme, com o ódio, com a rivalidade, ou apenas com o exibicionismo, o nosso galardão não será o mesmo apesar de termos feito o bem e de afirmarmos que o fizemos para Deus.

Mas, se as nossas motivações estiverem na nossa fé em Jesus Cristo, ou seja, na certeza que vivemos para Ele e que tudo o que temos é Dele, o nosso galardão será maior. Da mesma forma, se a nossa motivação tiver sido fazer o que o nosso Deus nos mandou através do seu Santo Espírito, por obediência a sua Voz, o nosso galardão também será grande.

O apóstolo Paulo diz-nos: “Contudo, se alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.” 1Co 3:12-13.

Outro aspeto que teremos de prestar contas é sobre os talentos que nos foram entregues. Como Senhor das nossas vidas e de tudo o que possuímos, o Senhor Jesus deseja que multipliquemos os talentos que Ele nos confiou. Por isso temos de assumir a responsabilidade pela multiplicação dos talentos que nos foram confiados e não fazer como um dos servos descritos na parábola dos talentos, que enterrou o talento que lhe foi entregue (Mt 25:24-27).

Aqueles que durante a sua vida esforçam-se por multiplicar os talentos que o Senhor lhes confiou ouvirão as mesmas palavras descritas no evangelho de Mateus: ”Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” Mt 25: 23.

A consciência de que iremos prestar contas a Deus tem de fazer parte do nosso dia-a-dia, e temos também de ter a confiança de que o Senhor nos recompensará de acordo com o nosso trabalho: “(…) e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.” 1Co 3:8.

sábado, 5 de setembro de 2015

A humildade na aparência do cristão

O cristão depois de assumir um compromisso com Deus, tem de ter uma nova conduta, fruto do desenvolvimento de um novo caracter que se assemelha ao caracter de Jesus Cristo, o nosso Senhor e modelo de conduta. Uma das características importantes do caracter e ao mesmo tempo na conduta do crente é a humildade.
A humildade tem várias facetas na vida do crente, e uma delas é a humildade na aparência. O crente é convidado a amar-se a si mesmo e ao mesmo tempo amar ao próximo como ama a si mesmo. Contudo, quando esse amor por si próprio se torna exagerado é transformado em soberba, ou orgulho.
A soberba é uma pretensão de superioridade em relação aos outros, ou um sentimento de altivez ou vaidade pessoal que leva a tentar sobressair-se em relação as pessoas a volta. A ostentação na forma de vestir e em tudo o que é visível pelos outros, como os equipamentos tecnológicos, as viaturas e a decoração da casa são uma manifestação da soberba.
Quando existe soberba, a pessoa tende a exibir-se, pois está enamorado por si própria pessoa e sente-se realizada por despertar admiração dos outros. Quanto a isto, o apóstolo Paulo aconselha: “Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um de vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida de fé que Deus repartiu a cada um de vós” Rm 12:3.
O nosso principal adversário, Satanás foi dominado pela soberba e pelo amor à sua aparência e por isso quis exaltar-se em relação a Deus e foi expulso do céu, ficando um anjo decaído. ”Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem.” Ez 28:17.
O mundo cultiva a soberba como forma de destaque em relação as outras pessoas da sociedade. Contudo, o apóstolo João diz-nos que a soberba da vida não é algo que agrade a Deus e por isso não devemos cultivar a soberba. “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que está no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” 1Jo 2:15-16.
O apóstolo Pedro aconselha as mulheres em geral a vestirem-se com modéstia ou com simplicidade, sem trajes aparatosos. Quanto ao penteado, Pedro aconselha também a não utilizarem penteados exagerados, com adornos caros e ostensivos. Acredito que o mesmo se aplica aos homens. Em geral, roupas dispendiosas mostram falta de modéstia e por vezes até demonstram soberba.
O apóstolo Pedro aconselha as mulheres a revestirem-se com um traje interior, no seu coração, com um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor para Deus. A mansidão é um dos aspetos do carater do cristão que são valorizados por Deus, e por isso tanto homens como mulheres devem revestir-se interiormente de mansidão. A tranquilidade, a capacidade de descansar em Deus também é de grande importância.
Tanto a mulher como o homem cristão devem colocar o seu corpo em exposição de forma que reflita os valores cristãos e o próprio Senhor Jesus que habita dentro do crente através do Espírito Santo. ”Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como o frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato do vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus”. 1Pe 3: 3-4.
O crente não deve seguir o exemplo de Satanás que deixou-se levar pela soberba, e pelo seu amor à sua aparência, mas pelo contrário deve seguir o exemplo do nosso Senhor Jesus cuja vida foi marcada pela humildade, apesar de ser Filho de Deus, criador dos céus e da terra.