segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Te dá por exemplo

Um pastor ou um líder espiritual não é apenas alguém que prega a Palavra de Deus e diz o que as outras pessoas devem fazer para agradar a Deus, mas é também aquele que ensina aos outros através das suas atitudes, a forma como se dever caminhar segundo os ensinamentos de Jesus Cristo. Por isso, o líder espiritual também guia as pessoas, através do seu exemplo.


O nosso Senhor Jesus é o líder máximo da Igreja e como líder da Igreja, não só ensinava através de pregações mas como também com o seu exemplo. No versículo seguinte vemos que o Senhor Jesus nos deu o exemplo para que como Ele fez, façamos nós também: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também.” Jo 13:15.


Jesus, deseja que O imitemos na sua humildade e na forma como servia aos outros, colocando os outros em primeiro lugar de importância. Jesus lavou os pés aos discípulos, servindo-os como se fora o menos importante, para que fizéssemos o mesmo. Vemos isso a seguir: “Ora, se eu, sendo Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.” Jo 13:14.


Os líderes espirituais e pastores devem ser imitadores de Jesus Cristo, em todas as áreas da sua vida, para que possam guiar os outros nos caminhos ensinados por Jesus Cristo. Paulo, como líder e pastor da igreja em várias zonas, preparou discípulos para servirem também a Igreja. Paulo inclusive exortava-os que o imitassem, para que eles pudessem aprender como agradar a Deus Pai. Vemos isso a seguir: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 1Co 11:1.


A estes, Paulo aconselhava-os nas suas epístolas pastorais, que fossem exemplo em tudo o que está relacionado com a fé cristã. Temos um exemplo no versículo a seguir: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.”1Tm 4:12. Paulo aconselha a Timóteo a ser um padrão de comportamento para que pudesse ensinar aos outros com o seu exemplo.


O apóstolo Pedro também reforça a importância do exemplo como forma de guiar os fieis a Cristo nos caminhos de Deus. Portanto, Pedro aconselha os líderes da altura a cuidar do rebanho de Jesus Cristo não como se fossem os dominadores ou proprietários do rebanho, mas antes sendo modelos do rebanho. “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.” 1Pe 5:2-3.


Todos os que desejam pregar a Palavra de Deus devem dedicar-se a imitar o Senhor Jesus no seu amor para com as pessoas, no seu amor e obediência a Deus Pai. Para além disso, é necessário que imitem a Jesus no seu amor a Igreja, pois Jesus tudo fez por amor a Igreja, para que hoje pudéssemos ter os nossos pecados perdoados e comunhão com Deus Pai.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Amaram mais a glória dos homens


No tempo de Jesus, enquanto o nosso Mestre percorria cidades a proclamar o evangelho, muitos creram Nele, por causa das suas palavras e dos seus sinais. Inclusive a Bíblia diz-nos que muitas pessoas importantes da cidade de Jerusalém creram em Jesus. Naquela altura os principais das cidades eram pessoas importantes, como fariseus, saduceus e sacerdotes que resolviam os assuntos importantes cidade.

As principais autoridades dos judeus, na altura, eram contra Jesus Cristo, e tentavam abafar todos os sinais e milagres que Jesus realizava, porque não queriam que o povo acreditasse que Jesus Cristo era o Messias. Inclusive eles expulsavam da cidade aqueles que confessavam que Jesus era o Messias o Filho de Deus.

Vemos no evangelho de João, que um cego de nascença foi curado da sua cegueira por Jesus Cristo e como ele confessou publicamente que Jesus era o Filho de Deus. Quando os principais da cidade ouviram-no a confessar o nome de Jesus expulsaram-no da cidade. Vemos isso a seguir: “Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não fosse Deus, nada poderia fazer ter feito. Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinam a nós? E o expulsaram.” Jo 9:32-34.

Muitos dos principais da cidade de Jerusalém depois de ouvirem a Jesus creram que Ele era o Filho de Deus. Contudo, a fé e o amor que passaram a ter por Jesus não foi o suficientemente grande para que eles anunciassem publicamente que criam que Jesus era o Messias. Esses homens eram pessoas importantes, talvez com muitos bens e não queriam ser expulsos da cidade por causa do Nome de Jesus.

No versículo seguinte vemos a descrição do comportamento dessas autoridades: “Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga; porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” Jo 12:42-43.


Deus deseja que o amemos a cima dos nossos familiares e a cima de tudo o que temos. Esses homens amaram mais o seu estatuto social, e a vida que tinham como autoridades na cidade, do que a Deus. Por isso, não quiseram perder o seu estatuto social por causa de Jesus. Deus diz-nos através do versículo anterior que eles amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus.
A glória dos homens, é tudo o que o homem recebe por causa da sua posição social: reconhecimento dos homens, elogios, um tratamento diferenciado por parte das outras pessoas. Muitas pessoas procuram a glória dos homens através de roupas, carros, títulos sociais importantes, entre outras coisas.

Contudo, todo aquele que deseja seguir a Jesus, deve negar-se a si mesmo e o seu desejo pela gloria dos homens e seguir a Jesus. É o que nos diz o Senhor Jesus no versículo seguinte: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?” Lc 9: 23-26.

Os cristãos são por isso exortados pelo Espírito Santo a não amarem o mundo, pois se não Deus não se agradará deles. A soberba da vida, as concupiscências dos olhos e da carne não são agradáveis ao Pai e vão contra as atitudes que Deus deseja que tomemos. Nos versículos seguintes vemos isso: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.” 1Jo 2:15-16.

Não devemos seguir o exemplo destes homens que creram em Jesus, mas que não O confessaram publicamente porque amavam mais o seu estatuto social do que a Deus. Nós fomos criados para a glória de Deus e confessar o nome de Jesus é um dever que temos diariamente, principalmente nas nossas atitudes. Deus nos recompensará da mesma forma como recompensou ao Senhor Jesus pela sua obediência e amor.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Jesus e a rejeição


A rejeição é algo que a maioria das pessoas, não gosta de vivenciar, porque trás sentimentos de tristeza, vergonha e de inferioridade. Na rejeição, as pessoas mostram por palavras ou atitudes, que não aceitam o outro, ou que não o toleram. Esta atitude é o oposto do que as pessoas gostam de vivenciar porque desde cedo que gostamos de ser acarinhados, aceites e amados. O desprezo de outras pessoas é algo que geralmente fere o coração.


Contudo, no nosso dia a dia vemos diferentes respostas perante a atitude de rejeição, das pessoas que nos rodeiam. Mas como o Senhor Jesus é o nosso Mestre, e a nossa referência em todo o tipo de situações, é importante saber como o Senhor Jesus lidava com a rejeição.


Ao longo do seu ministério da terra, o nosso Senhor mostrou por palavras e atitudes que era o Messias que o povo de Israel esperava tão ansiosamente. Contudo, vemos que em diversas situações as pessoas não receberam Jesus como o Messias, pelo contrário rejeitaram-no abertamente. Podemos ver isso no evangelho de Mateus, Marcos, Lucas, João e em muitas passagens da Bíblia.


Jesus Cristo tinha como hábito deslocar-se a várias cidades para pegar o Evangelho. Certa vez, Jesus foi para Nazaré, a cidade onde tinha sido criado, e num sábado foi a sinagoga, como era seu costume e levantou-se para ler. Deram-lhe o livro do profeta Isaías, e Jesus leu a passagem que se referia ao Messias, e como o Espírito Santo estava sobre Ele para fazer a vontade do Pai (Is 61:1-2).


Ao ler a passagem Jesus exclamou que naquele momento as escrituras tinham se cumprido através Dele. Ao ouvirem-no as pessoas começaram a por em questão o que Jesus tinha tido sobre si. Jesus então explicou-lhes que os profetas não eram bem recebidos nas suas próprias cidades. E que Elias, apenas pode operar milagres na vida de uma viúva estrangeira, de Sarepta. Da mesma forma, o profeta Eliseu apenas curou a lepra de um estrangeiro: Naamã.


Quando as pessoas ouviram a Jesus eles ficaram cheios de ira como vemos a seguir: “Todos na sinagoga, ouvindo estas palavras, se encheram de ira. E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo. Jesus, porém, passando por entre eles retirou-se.” Lc 4:28-30.


Jesus foi totalmente rejeitado, pelas pessoas da cidade onde cresceu, mas não ficou admirado com a atitude deles, e até explicou-lhes que a atitude deles era semelhante a atitude que os judeus tinham tido com Elias e Eliseu, dois grande profetas. Perante a hostilidade do povo da sinagoga, Jesus não ficou triste e desanimado, apenas retirou-se do meio deles porque não era ainda o momento de ser entregue a morte.


Perante todas as rejeições das pessoas, Jesus apesar de ser homem, não ficava preso as recordações das palavras e das más atitudes contra Ele, apenas focava-se no seu objetivo, que era proclamar a vontade do Pai Celeste para os homens e dar-se na cruz do Calvário para perdão dos pecados da humanidade.


Depois de sair de Nazaré, onde passou pela eminência de ser morto, Jesus desceu a outras cidade da Galileia, a Cafarnaum, e continuou ensinando as pessoas no sábado. Vemos isso a seguir: “E descendo a Cafarnaum, cidade da Galileia, e os ensinava no sábado.”Lc 4:31.


Ao longo dos Evangelhos, vemos que Jesus respondia serenamente as palavras que Lhe dirigiam pondo em causa que Ele era o Filho de Deus. Jesus defendia-se publicamente e explicava que era o Filho de Deus, e que podiam ver isso pelas suas atitudes. Vemos isso a seguir: “Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que EU SOU, morreis nos vossos pecados. Então lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho tido?” Jo 6:24-25.


As pessoas que não criam em Jesus chegavam ao ponto de dizer que estava endemoniado: “Disseram-lhe os judeus: Agora estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas, e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte eternamente. (…) Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU. Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo.” Jo 8:52,58-59.


Jesus focava-se no seu objetivo de proclamar o evangelho, de anunciar que Ele era o Messias que Israel esperava e a única esperança para o homem de poder alcançar a vida eterna. Jesus aproveitava as questões que lhe colocavam sobre si, para explicar quem era, e que o Pai tinha planeado através da sua vinda a terra.


Portanto, devemos imitar a Jesus Cristo nos momentos de rejeição e quando sofremos situações de hostilidade por parte dos outros. Devemos focar o nosso olhar em Jesus, no Evangelho que Ele nos confiou para que partilhássemos com todos a nossa volta e dirigir os nossos passos para a vontade do Pai Celeste, sem lamentar o que nos fizeram, mas sim com bom ânimo, pois Jesus venceu o mundo.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Não podemos comprar o favor de Deus


A relação que o homem pode ter com Deus apenas é acessível pela Graça de Deus. Não há nada que o homem possa oferecer a Deus, como paga pela sua salvação ou pelas suas bênçãos. Deus nos incumbiu de fazer boas obras, mas essas boas obras não compram o favor de Deus, nem nos tornam melhores perante Deus. Apenas podemos oferecer a nossa gratidão pelo seu amor e nos submeter-mos a Ele com toda a humildade.

No versículo a seguir do livro do profeta Miqueias vemos essa interrogação, sobre como poderíamos nos apresentar perante Deus para parecermos mais dignos. “Com que me apresentarei ao Senhor e me inclinarei ante do Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogénito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma?” Mq 6:6-7.

Por maiores que fossem as nossas ofertas, não seriam suficientes para nos tornar perfeitos e dignos diante do Senhor. A Palavra de Deus, diz-nos através do livro do profeta Isaías que as melhores obras do homem, são como trapos de imundícia. “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo de imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento, nos arrebatam.” Is 64:6.

Isto porque, as nossas obras de justiça são impuras; têm muitas vezes alguma motivação carnal, misturada com as ordens que Deus nos dá. Apenas Jesus Cristo é Santo e puro, em todos os seus caminhos jamais se achou nele falta alguma. Nós humanos, apesar de purificados pelo sangue de Cristo, continuamos a ser pecadores, mas remidos. Por isso a melhor atitude que podemos ter é a mesma que a do publicano perante Deus, enquanto orava.

Vemos a discrição da atitude do publicano a seguir: “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” Lc 18:13. Essa humildade, perante a santidade de Deus é um reconhecimento de que a nossa salvação é imerecida: apenas somos salvos pela Graça de Deus, e é Deus quem nos capacita e nos convence em tudo de bom que fazemos.

Por isso, a cada dia Deus requer de nós gratidão, humildade e obediência como nos recomenda o versículo a seguir do livro de Miqueias: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” Mq 6:8.

A consciência de que nada merecemos e que tudo o que temos recebido de Deus é pela sua Graça, principalmente o perdão dos nossos pecados, deve fazer-nos ser misericordiosos para com as faltas dos outros cometidas contra nós. O nosso Senhor Jesus diz-nos isso no versículo a seguir: “Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” Mt 18:32-33.

Também deve fazer-nos dar um pouco do amor que temos recebido de Deus através de boas obras. Quando praticamos boas obras estamos também a cumprir o objetivo que Deus tem para as nossas vidas. Como nos diz o apóstolo Paulo, somos salvos para praticarmos as boas obras que Deus preparou para nós. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”Ef 2:10. No final de contas não estamos a fazer mais do que o nosso dever quando praticamos boas obras.

Devemos lembrar-nos a cada dia que é a Graça de Deus que nos tem sustentado, e capacitado a fazer tudo de bom que fazemos no nosso dia a dia. Deus ama-nos sempre e sabe das nossa natureza pecaminosa. Nós também não devemos esquecer-nos de que somos pecadores e que por isso não somos perfeitos, nem tão santos como deveríamos. O sangue de Cristo purifica-nos e dá-nos acesso a presença de Deus, por isso devemos ser sempre gratos pela misericórdia e pela graça de Deus.

sábado, 5 de agosto de 2017

Vestes interiores


Hoje em dia, as vestes têm uma função não só utilitária, para cobrir e proteger, mas servem como forma de distinção social. Por isso, existe uma grande preocupação com a roupa, não só por motivos práticos como higiene e proteção, mas também como forma de se assumir um determinado status social.

Perante o nosso Senhor Jesus, as roupas com que nos apresentamos também têm muita importância. Perante Deus, estamos vestidos com as características da nossa alma, do nosso carácter e também com as nossas obras na terra. Quanto mais semelhante for o nosso carácter, com o carácter de Jesus, e quanto melhores forem as nossas obras, mais excelentes serão as nossas vestes perante Deus.

Um cristão pode estar, para Deus, miseravelmente vestido e até nu, devido a natureza das suas obras e do seu caráter também. O nosso Senhor Jesus diz-nos isso nos versículos seguintes: “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre cego e nu.” Ap 3:17.


Um cristão cheio de riquezas, mas que vive de forma egoísta sem se preocupar com os outros a sua volta, nem com Deus é uma pessoa espiritualmente pobre e nesta situação o Senhor Jesus aconselha: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.” Ap 3:18.

Para além do cristão precisar de fazer boas obras em favor do próximo, precisa também de ter vestes brancas. Estas vestes são conquistadas com a purificação pelo sangue de Jesus Cristo e também pelo desenvolvimento de algumas características que ajudam o cristão a aproximar-se em caráter de Jesus Cristo.

Uma dessas características é a misericórdia. A misericórdia é capacidade de ser generoso com aquele que está sofrido mas também a capacidade de perdoar as ofensas cometidas contra nós. A prática do perdão purifica a alma da amargura, do ódio e do ressentimento. Para além disso, dá-nos um bom relacionamento com o Pai Celeste: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;” Mt 6:14


A bondade e a humildade também são essenciais para que as vestes do cristão estejam brancas. A bondade é a capacidade de fazer apenas bem aos outros, indo de encontro as necessidades físicas, emocionais daqueles que estão a nossa volta. Essa caraterística aproxima-nos de Deus porque Deus é bom não apenas com aqueles que O amam mas também com os maus.


A humildade, é a capacidade de se sujeitar a vontade de Deus e ao mesmo tempo é a capacidade de agir sem arrogância, orgulho ou altivez. Um, cristão humilde, ouve a voz de Deus, obedecendo as instruções do Mestre, e comporta-se com os outros sem soberba ou orgulho; inclusive veste-se de forma modesta.


Pela grande importância da humildade, bondade, misericórdia, longanimidade, na vida do cristão, o apóstolo Paulo aconselha-nos a revestir-nos sempre destas características, como vemos no versículo a seguir: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” Cl 3:12.


Nos momentos difíceis onde somos convidados pela carne e pelo mundo a desviar-nos na Palavra de Deus, devemos revestir-nos destas características e comportar-nos de forma que agrada a Deus. Todas as atitudes da carne desagradam a Deus e devem ser evitadas por nós. “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8:8.


Deus deseja que as nossas vestes sejam alvas em todo o tempo, como vemos a seguir: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ec 9:8 Por isso devemos a cada dia preocupar-nos sobre como estão as nossas vestes perante Deus e lutarmos para mantermos as nossas vestes brancas, pois o Espírito Santo com certeza nos ajudara a cada dia a alcançar esse objetivo.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Sensatez na construção da vida

A sensatez é atitude de se agir com prudência, com equilíbrio e com descrição. A sensatez é importante na vida do cristão porque impede que ele tenha acidentes de percurso ao longo da sua caminhada na fé. Por isso, devemos ser sensatos todos os dias, em todas as decisões que tomamos.

Uma das formas de sermos sensatos é sem dúvida aplicarmos aquilo que a Palavra de Deus nos ensina. Caso, façamos o contrário do que Deus nos ensina estamos a não dar ouvidos a Deus e a ser insensatos. Por isso, o nosso Senhor Jesus nos alerta a sermos sensatos, prudentes e aplicarmos tudo aquilo que ouvirmos da sua Palavra.

O nosso Senhor Jesus compara o ato de aplicarmos o que ouvimos dos seus ensinamentos a um homem que construiu a sua casa de forma sólida alicerçando a mesma sobre uma rocha. Essa casa por estar bem alicerçada, aguentou a pior das intempéries: a enchente de um rio. Em situações de enchentes de um rio, as águas atingem grandes velocidades e derrubam facilmente várias construções.


No versículo seguinte vemos as palavras do Senhor Jesus: “Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. É semelhante, a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce contra a rocha; e vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.” Lc 6:47-48.


A nossa vida cristã constrói-se diariamente nas nossas decisões tanto na vida material, como espiritual, como sentimental. Cada atitude que tomamos, pode ser um tijolo sólido, ou um monte de palha, dependendo do que em quê nos baseamos para agir: a Palavra de Deus, ou a nossa carne e influências do mundo.


Por isso, devemos ter discernimento sobre o que é bom e o que é mau; sobre o que agrada a Deus e o que não agrada. Não devemos apoiar as nossas decisões nos instintos da carne nem na mentalidade do mundo. Devemos buscar a sabedoria de Deus para nos orientarmos a cada dia.


O apóstolo Tiago alerta-nos que a sabedoria de Deus tem determinadas caraterísticas como ser: pura, pacífica, tratável, misericordiosa. Os frutos das atitudes feitas com a sabedoria de Deus são bons frutos. Vemos as palavras do apóstolo Tiago no versículo seguinte: “A sabedoria, porém lá do alto é, primeiramente, pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.” Tg 3:17.


A sabedoria de Deus conduz o cristão para atitudes de humildade, modéstia, misericórdia, paciência, descrição nos relacionamentos e na forma de vestir. A sabedoria de Deus aproxima o cristão do carácter do Senhor Jesus, e fazem desenvolver os frutos do Espírito Santo na nossa vida.


A nossa vida pode ser comparada a uma construção, na qual podem ser usados vários matérias: como ouro, pedras preciosas, madeira, feno. O grau de obediência das nossas atitudes enriquecem a nossa construção. Um dia cada cristão terá de dar contas a Jesus Cristo sobre como usou a sua vida, os seus recursos, e os seus talentos. Poderá haver recompensas ou não dependendo da forma como construímos a nossa vida. Por isso devemos esforçar-nos para agradar o Senhor Jesus porque ele certamente nos recompensará.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Segundo as profecias


As profecias são declarações sobre o futuro que Deus dá aos cristãos usando homens como instrumento. Devemos dar muito crédito as profecias, porque são a mensagem de Deus dirigida para as nossas vidas e que certamente ocorrerão porque o autor da profecia é o nosso Deus, que é onipotente, e digno de toda a nossa confiança.
 
Quando ouvimos uma profecia devemos crer nelas e dirigir os nossos passos em conformidade com a profecia que nos foi dada. Esse foi o conselho que Paulo deu a Timóteo, um filho seu da fé. Paulo recomendou-lhe que agisse de acordo com as profecias que lhe foram dadas e que combatesse o bom combate da fé.


No versículo seguinte vemos as palavras de Paulo: “Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas o bom combate,” 1Tm 1:18. Paulo deu a Timóteo o dever de se firmar nas promessas que tinha sido objeto.

Ele deveria lutar o bom combate mantendo fé e boa consciência. Paulo recomenda que ele tivesse uma boa consciência, ou seja, que vivesse a fé em Cristo, de forma a que a sua consciência não tivesse do que o acusar. Paulo recomendou no fundo a Timóteo que vivesse de acordo com os princípios do Evangelho e com a doutrina dos apóstolos.


Um boa consciência é algo que deve-se lutar por alcançar todos os dias, esforçando-se para agir em todas as situações com amor, colocando a Deus em primeiro lugar para que, não haja remorsos, ou sentimentos de que se agiu de forma errada. É importante cuidar da consciência para que não se fique com a consciência cauterizada, ou seja com um coração, que não é sensível a admoestações, porque não se importa quando vê que as suas ações não correspondem aos princípios da Palavra de Deus.

Quando um cristão rejeita uma boa consciência pode naufragar na fé, como nos diz o versículo seguinte: “mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.” 1Tm 1:19. A boa consciência é importante também para aqueles que servem a Deus, como diáconos, e da mesma forma para todo o tipo de serviços na Igreja.

O apóstolo Paulo enumera a consciência limpa como um dos requisitos dos diáconos: “Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa.” 1Tm 1:8-9.

Para além de manter a fé e de conservar um consciência limpa ele deveria pregar a Palavra de Deus e fazer o trabalho de um evangelista. As profecias lhe foram dadas a Timóteo certamente estavam relacionadas com o seu trabalho como evangelista e fundador de Igrejas.

Timóteo deveria ter fé nas profecias e agir de acordo com elas ou seja, ensinar tudo o que tinha aprendido com Paulo a outros homens idóneos para que eles transmitissem a outros. Por outros lado, Timóteo deveria escolher homens para que dirigissem a igreja na cidade onde se encontrava.

Assim, Paulo dá a Timóteo diretrizes sobre como escolher bispos e diáconos de forma a que a Igreja estivesse bem fundada. A medida que Timóteo fosse andando na fé, certamente veria cumprida as promessas relativas ao seu papel como ministro da Igreja. E hoje sabe-se que Timóteo foi um bispo da igreja em Éfeso, o que mostra que ele seguiu as recomendações de Paulo.

Este conselho dado por Paulo a Timóteo deve ser seguido por cada cristão que tem uma promessa de Deus: agir de acordo com aquilo que Deus prometeu, de forma a estar bem posicionado para ver o cumprimento da promessa. Deus é o mesmo Deus ontem e hoje e da  mesma forma como cumpriu todas as promessas que deu ao povo de Israel também cumprirá as promessas dadas a nossa vida.