O Espírito Santo tem um papel
determinante na conversão: é Ele quem atua no coração do crente e o convence do
pecado, da justiça e do juízo. A conversão é obra do Espirito Santo que abre a
mente, o coração do homem e permite que entenda a Palavra de Deus e a
necessidade de mudar de vida.
A conversão é a transformação sofrida
pelo crente, quando aceita o sacrifício vicário de Jesus Cristo e sofre uma
renovação da sua mente, tendo consciência da sua pecaminosidade e da
necessidade de salvação por Jesus Cristo. Com isso, o crente abandona o pecado,
o antigo “eu”, a sua rebeldia contra Deus e aceita que Jesus é a Verdade que
deve seguir a cada dia.
A Bíblia relata que uma mulher
Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura e temente a Deus, ao escutar o
Apóstolo Paulo foi alcançada pela Graça de Deus, pois o Senhor Jesus através do
Seu Espírito abriu o seu coração para atender as coisas que Paulo dizia. Se não fosse a ação do Espírito Santo no seu coração, abrindo-lhe para a mensagem
anunciada por Paulo a Lídia não conseguia atender ao apelo de Paulo, aceitar
Jesus e dispor-se para ser batizada (At 16:14-15).
No Antigo Testamento, a Bíblia
relata que Saul para ser o homem apropriado para subir ao trono de Israel teve
de ser transformado pelo Espírito Santo. No primeiro livro de Samuel é descrito
que o Espírito Santo se apossou de Samuel, lhe mudou o coração e o transformou
em outro homem. ”Sucedeu, pois, que virando-se ele para despedir-se de Samuel,
Deus lhe mudou o coração; e todos esses sinais se deram no mesmo dia” 1Sm 10:9.
Na pregação da Palavra de Deus
nas Igrejas, o Espírito Santo tem um papel determinante para que o ouvinte
responda com fé a palavra de Deus. Enquanto o pregador fala, o Espírito Santo
age no coração do ouvinte e produz fé na Palavra ouvida. Não se pode desvincular
o papel do Espírito Santo da pregação: sem a ação do Espírito Santo não há convencimento
do pecado nem fé na Palavra de Deus proclamada pelo pregador.
Na vida do crente enquanto
medita e estuda a Palavra de Deus é o Espírito Santo quem possibilita que o
crente compreenda as Escrituras, e receba delas direção para a sua vida. O
Espírito Santo é o iluminador da Palavra que Ele mesmo inspirou e que permite
que o crente seja ensinado e educado sobre a Vontade de Deus.
O apóstolo Paulo diz-nos na
segunda carta a Timóteo que a Palavra de Deus é inspirada pelo Espírito Santo e
que ela serve para o nosso ensino, para a nossa correção, e para a nossa
educação. “ Toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para o ensino, para a
repreensão, para correção, para educação na justiça, “ 2 Tm 3:16.
O Espírito Santo continua a
obra de Jesus guiando o crente a toda a Verdade, e permitindo que o crente viva
a palavra de Deus. O Espírito Santo também opera nas nossas faculdades mentais
possibilitando ao crente ganhar a batalha espiritual na mente e manter cativos
os pensamentos que não estão de acordo com a vontade de Deus.
A batalha espiritual dá-se nas
nossas mentes pois o nosso inimigo, diabo, arma ciladas contra nós colocando
ideias contrárias a Palavra de Deus e que nos levam a pecar. A estratégia do
inimigo é assim dirigida as nossas mentes, tentando por confusão nos nossos
pensamentos (2 Co 10:4-5).
Por isso o apóstolo Paulo
aconselha-nos a ocupar o nosso pensamento com tudo o que é verdadeiro, tudo o
que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável e
de boa fama (Fp 4:8). Para além disso, o apóstolo Paulo aconselha-nos a não
conformar-nos com esse mundo mas sim a renovarmos a nossa mente diariamente (Rm
12:2).
Para que possamos ser controlados
e iluminados pelo Espírito Santo, a cada dia, não devemos faze-lo sofrer com as
nossas atitudes nem entristece-lo. Por isso não devemos ser arrogantes, nem ter
atitudes de impiedade contra o nosso próximo. Da mesma forma, devemos evitar a
desobediência, não só a Palavra de Deus, como a orientação do Espírito Santo;
todas as palavras ou conversações torpes, ou seja, que não contribuem para a
nossa vida cristã também devem ser evitadas. Devemos evitar toda a soberba e
lembra-nos da nossa total dependência da misericórdia de Deus em tudo o que
fazemos nas nossas vidas.
Devemos ouvir o conselho do apóstolo
Paulo aos Efésios para evitarmos fazer sofrer e entristecer o Espírito Santo: “
E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados, para o dia da
redenção. Longe de vós, toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e
blasfémia, e bem assim toda a malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos,
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”
Ef 4: 30-32.
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