A cruz do Calvário, onde Jesus
foi crucificado tem um valor precioso para o crente, pois foi na cruz onde foi
consumada a obra salvadora de Jesus Cristo que permitiu a todos os povos ter
acesso ao Pai, e entrar no reino dos céus.
Jesus Cristo é o criador de
tudo o que existe, e antes da fundação do mundo Deus planeou a salvação do
mundo através da Sua morte e ressurreição. A vinda de Jesus Cristo, o Messias,
a terra foi anunciada a vários profetas, e também foi descrita pelo salmista.
Jesus Cristo veio a terra na
forma de homem com o objetivo de se dar em sacrifício vivo pela humanidade na
cruz do Calvário. A medida que o tempo foi passando, Jesus Cristo aproximava-se
mais da terrível hora da crucificação, e ia avisando aos discípulos da aproximação
deste momento. ”Respondeu-lhe Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o
Filho do Homem” Jó 12: 23.
No Getsenâmi, no momento a
seguir da última ceia com os discípulos, o Senhor, avizinha o sofrimento pelo qual
ia passar, e com a sua alma sofrendo até a morte diz: “(…) Meu Pai, se possível
passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero e sim como tu queres”
Mt 26: 39.
Apesar da angústia que sentia
pela hora da crucificação, o Senhor Jesus dispõe-se a seguir a vontade do Pai,
e a cumprir o plano de salvação para toda a humanidade, a passar pela via
dolorosa e a deixar-se crucificar na Cruz do Calvário.
Era necessário que Jesus
Cristo desse-se em sacrifício vivo por nós pecadores, pois apenas com a sua morte
estaria aberto a possibilidade de sermos adoptados como filhos de Deus e de
fazermos parte do reino. “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo
não morrer, fica ele só; mas se morrer produz muito fruto.” Jo 12: 24.
Apenas Jesus Cristo poderia
salvar a humanidade, porque foi o único homem que nunca pecou, e o único que da
sua boca não saiu dolo, apesar de em tudo ter sido tentado a nossa semelhança. Com
a crucificação de Jesus Cristo, a humanidade poderia ser salva, a morte e o
inferno seriam derrotados, e então o nosso Mestre seria glorificado como Senhor
dos senhores.
Pela grande importância do
momento, e pelo grande sofrimento que acarretava a crucificação, Jesus Cristo
foi diversas vezes tentado a desistir da crucificação. Mas o Senhor Jesus não
desistiu, ele suportou o sofrimento do espancamento, do escárnio, e na cruz
ignorou aqueles que meneavam a cabeça e diziam que salvasse a própria vida. “Ó
tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo,
se és filho de Deus, e desce da cruz!” Mt 27: 40.
Contudo, o o Senhor Jesus consumou
a obra salvítica anunciada a vários profetas, deixou-se ser levantado da terra,
totalmente exposto, atraiu todos a ele mesmo (Jo 12:32) e como isso Satanás foi
expulso e julgado deste mundo, como tinha dito aos seus discípulos antes de ser
crucificado: “Chegou o momento de ser julgado este mundo e agora o seu príncipe
será expulso” Jo 12: 31.
Assim, com a crucificação, Jesus
Cristo recebeu a glorificação a que tinha direito, pois sendo Deus, tomou a
forma de homem, e a si mesmo se humilhou, sendo obediente e deixando-se ser
crucificado, através da morte mais humilhante da época.
O nosso Deus Pai O exaltou
sobremaneira, e lhe deu o nome que está sobre todo o nome, e hoje o Senhor
Jesus é o Senhor dos senhores está sentado a destra de Deus Pai: “Pelo que
também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo
nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus na terra e
debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória
de Deus Pai. “ Fp 2: 9-11.
Jesus Cristo recebeu a recebida
glorificação porque não desistiu do propósito da sua vida, suportou a via
dolorosa, sofreu escárnios e espancamentos, e venceu a Satanás que o tinha tentado
no deserto convidando-o para adora-lo para que recebesse a glória que lhe tinha
sido prometida por Deus Pai (Mt 4:8-9).
Por vezes, somos tentados como
Jesus, a ir por atalhos, para receber a promessa dada ao pelo Pai; muitas vezes
somos também tentados a descer da cruz, a desistir do propósito das nossas
vidas, mas devemos seguir o exemplo de Jesus Cristo, não desistindo apesar da
dor da crucificação, para recebermos a promessa do Pai Celeste.
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