Ao
longo da nossa vida fomos ensinados que deveríamos fazer coisas boas
pelas pessoas a nossa volta, para Deus e por nós próprios. Contudo,
Deus avalia a motivação com que fazemos as coisas, o que nos obriga
a fazermos tudo com a motivação certa. O Espírito Santo deu-nos
recomendações sobre as nossas motivações ao longo do Novo
Testamento e teremos a oportunidade de observar alguma delas.
Uma
dessa recomendações é que não devemos fazer nada por contenda nem
por vanglória como muitas vezes somos tentados a fazer. Isto porque
na nossa convivência com os outros por vezes surgem fricções e
podemos ser tentados a fazer coisas para mostrar aos outros que somos
capazes ou por outras ideias semelhantes. Também pode haver em nós
a ideia de que somos muito bons em alguma coisa e por isso fazermos
tudo para que as pessoas admirem as nossa faculdades.
Ambas
as motivações estão erradas porque a motivação de tudo deve ser
Deus: fazer em obediência a sua vontade, por amor ao próximo e a
Deus. No versículo seguinte vemos as palavras do apóstolo Paulo
sobre a nossa motivação: “Nada façais por partidarismo ou
vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros
superiores a si mesmo.” Fp 2:3
O
nosso exemplo de motivação e conduta deve ser o nosso Mestre Jesus
Cristo, pois Ele não teve por usurpação ser igual a Deus, apesar
de o ser, e esvaziou-se da sua glória e veio a terra na forma de
homem e entregou-se por todos nós, morrendo por morte de cruz.
Apesar de sermos importantes para Deus, porque somos seus filhos, não
devemos preocupar-nos em sermos reconhecidos, e devemos servir aos
outros como Jesus serviu.
Nos
versículos a seguir vemos a recomendação de imitarmos o exemplo
de Jesus Cristo. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou
como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de de servo, tornando-se em semelhança de homem; e
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se
obediente até à morte e morte de cruz.” Fp 2:5-8.
Para
além disso, devemos fugir da preocupação sobre quem é o maior,
pois essa questão desagrada a Deus. O nosso Mestre ensinou-nos que
no mundo as pessoas importantes buscam ser servidas pelos outros mas
que nós não deveríamos comportar assim. Jesus ensinou-nos que Ele
sendo o maior, fez-se servo de todos e que nós devemos imita-Lo.
Quem quiser ser o mais importante deve ser o servo de todos.
Podemos
ver isso nos versículos a seguir: “Então, Jesus, chamando-os,
disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os
maiorais exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós;
pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós será vosso
servo; tal como Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28.
O
nosso Deus deseja ajudar-nos naquilo que fizermos e se fizermos as
coisas com a motivação errada o seu Santo Espírito já não pode
ajudar-nos. Para buscarmos a ajuda do Espírito Santo temos de ter a
motivação correta. Isso implica que quando orarmos, quando
praticarmos boas obras não podemos estar a procura de reconhecimento
dos homens.
O
nosso Senhor Jesus ensinou-nos isso no sermão do monte como vemos a
seguir: “Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos
homens, para serem vistos por eles; de outras sorte não tereis
recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. (…) para que a
tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará.” Mt 6:1,4
Deus
é o único que pode recompensar aquilo que fazemos e por isso
devemos colocar a nossa confiança Nele e esperar as boas recompensas
que Ele tem para nós. Devemos fazer tudo em obediência a Palavra,
para agradar o coração do Pai e imitar o exemplo de conduta do
nosso Mestre, o Senhor Jesus, que dedicou-se por completo em fazer a
vontade do Pai.
Sem comentários:
Enviar um comentário