segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A motivação certa

Ao longo da nossa vida fomos ensinados que deveríamos fazer coisas boas pelas pessoas a nossa volta, para Deus e por nós próprios. Contudo, Deus avalia a motivação com que fazemos as coisas, o que nos obriga a fazermos tudo com a motivação certa. O Espírito Santo deu-nos recomendações sobre as nossas motivações ao longo do Novo Testamento e teremos a oportunidade de observar alguma delas.

Uma dessa recomendações é que não devemos fazer nada por contenda nem por vanglória como muitas vezes somos tentados a fazer. Isto porque na nossa convivência com os outros por vezes surgem fricções e podemos ser tentados a fazer coisas para mostrar aos outros que somos capazes ou por outras ideias semelhantes. Também pode haver em nós a ideia de que somos muito bons em alguma coisa e por isso fazermos tudo para que as pessoas admirem as nossa faculdades.

Ambas as motivações estão erradas porque a motivação de tudo deve ser Deus: fazer em obediência a sua vontade, por amor ao próximo e a Deus. No versículo seguinte vemos as palavras do apóstolo Paulo sobre a nossa motivação: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” Fp 2:3

O nosso exemplo de motivação e conduta deve ser o nosso Mestre Jesus Cristo, pois Ele não teve por usurpação ser igual a Deus, apesar de o ser, e esvaziou-se da sua glória e veio a terra na forma de homem e entregou-se por todos nós, morrendo por morte de cruz. Apesar de sermos importantes para Deus, porque somos seus filhos, não devemos preocupar-nos em sermos reconhecidos, e devemos servir aos outros como Jesus serviu.

Nos versículos a seguir vemos a recomendação de imitarmos o exemplo de Jesus Cristo. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de de servo, tornando-se em semelhança de homem; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” Fp 2:5-8.

Para além disso, devemos fugir da preocupação sobre quem é o maior, pois essa questão desagrada a Deus. O nosso Mestre ensinou-nos que no mundo as pessoas importantes buscam ser servidas pelos outros mas que nós não deveríamos comportar assim. Jesus ensinou-nos que Ele sendo o maior, fez-se servo de todos e que nós devemos imita-Lo. Quem quiser ser o mais importante deve ser o servo de todos.

Podemos ver isso nos versículos a seguir: “Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós será vosso servo; tal como Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28.

O nosso Deus deseja ajudar-nos naquilo que fizermos e se fizermos as coisas com a motivação errada o seu Santo Espírito já não pode ajudar-nos. Para buscarmos a ajuda do Espírito Santo temos de ter a motivação correta. Isso implica que quando orarmos, quando praticarmos boas obras não podemos estar a procura de reconhecimento dos homens.

O nosso Senhor Jesus ensinou-nos isso no sermão do monte como vemos a seguir: “Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serem vistos por eles; de outras sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus. (…) para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mt 6:1,4

Deus é o único que pode recompensar aquilo que fazemos e por isso devemos colocar a nossa confiança Nele e esperar as boas recompensas que Ele tem para nós. Devemos fazer tudo em obediência a Palavra, para agradar o coração do Pai e imitar o exemplo de conduta do nosso Mestre, o Senhor Jesus, que dedicou-se por completo em fazer a vontade do Pai.

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