segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Guardando o coração da rebeldia


Algumas coisas que acontecem no nosso dia a dia podem magoar o nosso coração e fazer-nos duvidar da graça e do amor de Deus. Quando instalamos esta dúvida no nosso coração passamos a ter menos vontade de obedecer a Deus, pois achamos que Deus não se importa connosco e por isso não é digno da nossa obediência. O ato de não obedecermos a Deus torna-nos rebeldes para com o nosso Deus.

A rebeldia é o ato de desobedecermos a Deus propositadamente, com a plena consciência de qual é a forma que Deus deseja que nos comportemos. Esse ato é uma afronta a Deus e uma rejeição da autoridade de Deus. O centro da nossa vida deve ser Deus e quando não o obedecemos, e preferimos seguir os instintos da nossa carne, estamos colocam-nos a nós próprios no centro da nossa vida e dizendo a Deus que achamos que podemos viver de forma independente Dele.

O Espírito Santo mostra-nos que Deus abomina tanto a rebeldia que a compara com pecado da feitiçaria como vemos no versículo a seguir: “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” 1 Sm 15:23.

Quando queremos permanecer agindo de forma contrária a Palavra de Deus, mesmo tempo ouvido uma repreensão do Espírito Santo, estamos nos tornando obstinados. A obstinação faz o homem cego aquilo para aquilo que se passa em seu redor e surdo a voz de Deus. Por isso Deus considera a obstinação como um ato de idolatria, onde nos prostramos perante nós próprios e á nossa vontade ao invés de nos prostrar-nos perante Deus.

A rebeldia e a permanência na rebeldia, conduz o homem a situações de pecado que o acorrentam e que lhe dominam. Viver em rebeldia conduz as trevas espirituais das quais só Deus pode nos livrar. Mas para isso é necessário que o homem clame a Deus por socorro como nos mostra o salmista nos versículos a seguir: “Os que se assentaram nas trevas e nas sombras da morte, presos em aflição e em ferros, por se terem rebelado contra a palavra de Deus e haverem desprezado o conselho do Altíssimo, de modo que lhes abateu com trabalhos o coração – caíram, e não houve quem os socorresse. Então, na angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das sua tribulações. Tirou-os das trevas e das sombras da morte e lhes despedaçou as cadeias.” Sl 107:10-14.

A rebeldia atrasa a vida do cristão, pois afasta-o dos caminhos de Deus e dos propósitos de Deus para a sua vida. Por isso, para que o cristão não tenha tentação em cair em rebeldia deve afastar do seu coração tudo o que possa fazer duvidar do amor de Deus. O cristão deve limpar todas as mágoas que possam querer entrar no seu coração pois a mágoa quando ganha raízes e se instala no coração causa muitos danos nos relacionamentos, sobretudo no relacionamento com Deus.

Deus é amor, e quando ficamos com mágoa de alguém acabamos por não querer o bem a essa pessoa e esses pensamentos de vingança entristecem o coração de Deus e afasta a presença do Espírito Santo na nossa vida. Por isso o Espírito Santo aconselha-nos a ter paz com todos e a não deixar que aja em nós alguma raiz de amargura. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e por meio dela, muitos sejam contaminados;” Hb12: 14-15.

O ato de guardar mágoa em si mesmo é algo que Deus alerta-nos a não fazer, tanto no Antigo como no Novo Testamento. No Antigo Testamento o Pai Celeste transmitiu a Moisés coisas que o povo de Israel não deveria fazer, para o seu próprio bem, e também para ter uma boa relação com Deus. Uma dessas coisas é sobre o dever de não guardar ira contra aqueles que nos são próximos. O versículo fala-nos disso: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.” Lv 19:18.

O nosso Mestre, o Senhor Jesus ensinou-nos que não havia limites de vezes para perdoarmos o nosso irmão. “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” Mt 18:21-22.

Deus é o Senhor da nossa vida e devemos mostrar que Ele é o nosso Senhor obedecendo a sua vontade, fugindo da obstinação de não perdoar aqueles que pecaram contra nós. Quando perdoamos o pecado no nosso irmão, estamos tendo um coração semelhante ao de Deus, alimentando uma boa relação com o Pai Celeste e permitindo que o Espírito Santo que se aproxime de nós.

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