Algumas
coisas que acontecem no nosso dia a dia podem magoar o nosso coração
e fazer-nos duvidar da graça e do amor de Deus. Quando instalamos
esta dúvida no nosso coração passamos a ter menos vontade de
obedecer a Deus, pois achamos que Deus não se importa connosco e
por isso não é digno da nossa obediência. O ato de não
obedecermos a Deus torna-nos rebeldes para com o nosso Deus.
A
rebeldia é o ato de desobedecermos a Deus propositadamente, com a
plena consciência de qual é a forma que Deus deseja que nos
comportemos. Esse ato é uma afronta a Deus e uma rejeição da
autoridade de Deus. O centro da nossa vida deve ser Deus e quando não
o obedecemos, e preferimos seguir os instintos da nossa carne,
estamos colocam-nos a nós próprios no centro da nossa vida e
dizendo a Deus que achamos que podemos viver de forma independente Dele.
O
Espírito Santo mostra-nos que Deus abomina tanto a rebeldia que a
compara com pecado da feitiçaria como vemos no versículo a seguir:
“Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação
é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a
palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas
rei.” 1 Sm 15:23.
Quando
queremos permanecer agindo de forma contrária a Palavra de Deus,
mesmo tempo ouvido uma repreensão do Espírito Santo, estamos
nos tornando obstinados. A obstinação faz o homem cego aquilo para aquilo que
se passa em seu redor e surdo a voz de Deus. Por isso Deus considera
a obstinação como um ato de idolatria, onde nos prostramos perante
nós próprios e á nossa vontade ao invés de nos prostrar-nos
perante Deus.
A
rebeldia e a permanência na rebeldia, conduz o homem a situações
de pecado que o acorrentam e que lhe dominam. Viver em rebeldia
conduz as trevas espirituais das quais só Deus pode nos livrar. Mas
para isso é necessário que o homem clame a Deus por socorro como
nos mostra o salmista nos versículos a seguir: “Os que se assentaram
nas trevas e nas sombras da morte, presos em aflição e em ferros,
por se terem rebelado contra a palavra de Deus e haverem desprezado o
conselho do Altíssimo, de modo que lhes abateu com trabalhos o
coração – caíram, e não houve quem os socorresse. Então, na
angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das sua tribulações.
Tirou-os das trevas e das sombras da morte e lhes despedaçou as
cadeias.” Sl 107:10-14.
A
rebeldia atrasa a vida do cristão, pois afasta-o dos caminhos de
Deus e dos propósitos de Deus para a sua vida. Por isso, para que o
cristão não tenha tentação em cair em rebeldia deve afastar do
seu coração tudo o que possa fazer duvidar do amor de Deus. O cristão deve
limpar todas as mágoas que possam querer entrar no seu coração
pois a mágoa quando ganha raízes e se instala no coração causa
muitos danos nos relacionamentos, sobretudo no
relacionamento com Deus.
Deus
é amor, e quando ficamos com mágoa de alguém acabamos por não
querer o bem a essa pessoa e esses pensamentos de vingança
entristecem o coração de Deus e afasta a presença do Espírito
Santo na nossa vida. Por isso o Espírito Santo aconselha-nos a ter
paz com todos e a não deixar que aja em nós alguma raiz de
amargura. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual
ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém
seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de
amargura que, brotando, vos perturbe, e por meio dela, muitos sejam
contaminados;” Hb12: 14-15.
O
ato de guardar mágoa em si mesmo é algo que Deus alerta-nos a não
fazer, tanto no Antigo como no Novo Testamento. No Antigo Testamento
o Pai Celeste transmitiu a Moisés coisas que o povo de Israel não
deveria fazer, para o seu próprio bem, e também para ter uma boa
relação com Deus. Uma dessas coisas é sobre o dever de não
guardar ira contra aqueles que nos são próximos. O versículo
fala-nos disso: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os
filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu
sou o Senhor.” Lv 19:18.
O
nosso Mestre, o Senhor Jesus ensinou-nos que não havia limites de
vezes para perdoarmos o nosso irmão. “Então, Pedro,
aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão
pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe
Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes
sete.” Mt 18:21-22.
Deus
é o Senhor da nossa vida e devemos mostrar que Ele é o nosso Senhor
obedecendo a sua vontade, fugindo da obstinação de não perdoar
aqueles que pecaram contra nós. Quando perdoamos o pecado no nosso
irmão, estamos tendo um coração semelhante ao de Deus, alimentando
uma boa relação com o Pai Celeste e permitindo que o Espírito Santo
que se aproxime de nós.
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