A
fé em Deus é algo que todo o cristão orgulha ter porque a
Bíblia descreve uma relação direta entre o grau de fé e a
qualidade do cristão. Assim, desde cedo começamos a
pensar que quanto maior for a nossa fé melhores cristãos somos.
De
facto a fé é importante, da tal forma que para se entrar no reino
de Deus é preciso apenas ter fé em Jesus Cristo, ou seja, crer que
Ele é o Filho do Deus Vivo e que morreu pelos nossos pecados.
Contudo, a única prova da nossa fé é uma situação que todos nós
desgostamos, que é a tribulação.
A
tribulação são situações difíceis de suportar, porque nos fazem
sofrer, e que põe a prova a nossa fé. Elas demonstram o
quanto amamos a Deus e o lugar em colocamos a Deus nas nossas vidas. Jó, por exemplo, amava a Deus acima de tudo o que
possuía e por isso podemos dizer que colocava a Deus em primeiro lugar na sua vida.
Para
além disso, ele reconhecia que tinha sido Deus quem lhe deu tudo o
que possuía, por isso, Deus como soberano e dono de tudo na sua vida
tinha o direito de decidir o que faria com os bens e pessoas que ele
possuía. Vemos no versículo seguinte as palavras de Jó ao saber que os seus bois, jumentos, ovelhas, camelos, todos os seus servos e todos os seus filhos tiram morrido: “e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou, bendito seja o nome do Senhor!” Jó 1:21.
Jó
foi provado através da tribulação que sofreu, onde toda a sua família
e bens foram mortos. Nesta situação Jó estava a ser avaliado sobre
o seu amor e fidelidade a Deus. Contudo, Jó foi aprovado porque em toda a
tribulação que sofreu não pecou nem atribuiu a Deus nenhuma falta
como vemos no versículo seguinte: “Em tudo isto Jó não pecou,
nem atribuiu a Deus falta alguma.” Jó 1:22.
Jó
não pecou como os israelitas quando saíram do Egito e atravessaram
o deserto em direção a terra prometida. Ele não culpou a Deus
pelas perdas que sofreu, nem achou que Deus estava em dívida para
com ele, pois para ele Deus tinha o direito de fazer o que queria com
a vida dele, embora estivesse a sofrer,
Os
israelitas, pelo contrário, murmuram, disseram que Deus queria
mata-los a fome no deserto, e não valorizaram a bondade de Deus ao
tê-los tirado do Egito, como vemos no versículo seguinte:
“disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos
morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos
sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois
nos trouxeste a este deserto, para matardes de fome toda esta
multidão.” Êx 16:3.
Jó
é o exemplo a seguir nos momentos de tribulação e o povo de Israel
no deserto é um exemplo a não seguir, como nos adverte o autor da
epístola aos Hebreus, pois eles receberam a promessa da terra
prometida, mas por causa da sua murmuração morreram sem entrar na
terra prometida.
Podemos
ver isso a seguir: "Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio que Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?" Hb 3:16-18 "Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim
de que ninguém caia, segundo a mesmo exemplo de desobediência.”
Hb 4:11.
A
provação é uma forma de provar, ou seja avaliar a nossa fé e o
nosso amor a Deus. Quando somos provados e aprovados na avaliação
de Deus, crescemos na fé e espiritualmente ficamos mais maduros. O
apóstolo Tiago, como vemos a seguir, fala sobre a perseverança que
desenvolvemos nas situações de tribulação; e que essa
perseverança é agradável a Deus e ajuda a crescer na fé. “ Meus
irmãos, tende motivo de toda a alegria o passardes por várias
provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez
confirmada, produz perseverança.” Tg 1:2-3.
Por
isso, devemos alegrar-nos quando passamos por tribulações e também
gloriar-nos dessas provações pelo crescimento espiritual que
elas vão produzir na nossa vida, como nos aconselha o apóstolo
Paulo: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias
tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a
perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a
esperança não confunde, porque o amor de Deus, é derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.” Rm 5:
3-4.
A
provação é um momento doloroso, que podemos aproveitar para
crescer espiritualmente, perseverando na obediência e no amor do
Senhor Jesus. O nosso Senhor Jesus, avisa-nos que na nossa caminhada
teremos aflições, mas devemos animar-nos também com o fato de que
o Senhor Jesus venceu o mundo e a morte, e que por isso temos um lugar
no céu, onde viveremos com o Pai Celeste e com Jesus Cristo
eternamente.
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