A
soberba é definida como um sentimento de superioridade em relação
as pessoas a volta. É um sentimento de autoconfiança em relação as
capacidades tantos físicas como materiais ou de outra natureza. A
soberba pode desenvolver-se em qualquer tipo de coração, se não
houver atenção a manifestações de orgulho e se deixar-se esse
sentimento instalar-se no coração.
Mesmo
os cristãos, enquanto servem a Deus ou enquanto contemplam a
Majestade e a Glória de Deus, podem desenvolver um sentimento de
superioridade em relação as pessoas a volta e de autoconfiança em
si mesmo. O apóstolo Paulo viu-se numa situação onde poderia
sentir-se superior aos demais cristãos e outros homens a sua volta.
Paulo,
teve o privilégio de presenciar a revelação da Glória de Deus de
tal dimensão, que ele poderia ensoberbecer-se. Paulo conta no
versículo seguinte, que para evitar que ele se ensoberbece e se
afastasse de Deus e dos seus planos, Deus permitiu que lhe fosse dado
um espinho na carne, que desviaram as suas emoções e fizeram com
ele se lembrasse que era um simples homem, sujeito a incómodos na
carne e que nada poderia fazer sem Deus.
Vemos
isso no versículo seguinte: “Conheço um homem (se no corpo ou
fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e
ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.
(…) E, para que que não me ensoberbecesse com a grandeza das
revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de
Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.” 2Co
12:2-4,7.
Paulo
tinha acabado de ter a revelação da Glória de Deus e tinha ouvido
palavras inefáveis, deveria estar entusiasmado e a sentir-se um
homem privilegiado. Contudo, o espinho na carne trouxe-lhe novamente
a terra, e fez-lhe lembrar-se de que precisava da Graça de Deus,
como todos os homens, e que era apenas um instrumento de Deus.
Então, perante
o espinho na carne, Paulo roga ao Senhor, que o afastasse de si, mas
o nosso Senhor Jesus, conhecendo a natureza humana, preferiu deixar o
espinho na sua carne e auxilia-lo com a sua Graça. O poder do
Espírito Santo aperfeiçoava-se mais na vida de Paulo, com ele com o
espinho na carne. Essa fraqueza de Paulo tornava-o mais humilde, mais
quebrantado perante Deus, e um melhor instrumento nas mãos do
Espírito Santo.
No
versículo a seguir vemos como Paulo rogou ao Senhor que lhe afastasse o espinho
e como o Senhor, na sua Graça, lhe respondeu. “Por causa disto,
três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me
disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para
que sobre mim repouse o poder de Cristo.” 2Co 12:8-9.
Muitas
vezes, enquanto os cristãos servem a Igreja e ao Senhor Jesus, eles não
se sentem valorizados pelos homens, ou não sentem que os frutos do
seus trabalho correspondem ao esforço que desenvolveram. Contudo,
Deus controla tudo o que se passa a volta dos seus servos, para que
eles não desenvolvam sentimentos de soberba.
O
nosso Senhor é Santo, e enquanto exerceu o seu ministério na terra, apenas
foi tentado a exaltar-se por Satanás no deserto depois de ter sido
batizado. As multidões que o aclamavam não impressionavam e ele
nunca sentiu nenhuma espécie de soberba. Pelo contrário, o Senhor
Jesus esvaziou-se da sua glória fez-se de servo e morreu numa cruz
do calvário como nos diz as Sagradas Escrituras.
Podemos
ver os versículos sobre a humildade de Jesus a seguir: “Tende em vós o
mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser
igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de
servo, tornando-se em semelhança de homem; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e
morte de cruz.” Fp 2:5-8.
O
nosso Senhor Jesus não deseja que os que O servem se sintam
superiores aos outros e que caiam na tentação de acharem que a
manifestação do poder de Deus tem alguma coisa a ver com eles. Os
cristãos, quando utilizados por Deus para servir a Igreja, são
apenas instrumentos, usados apenas pela Graça de Deus e não porque
têm algo de especial em relação aos outros. Deus trabalha a
humildade nos nossos corações, e os usa recursos que acha adequados
para que não percamos a consciência de que somos apenas seus instrumentos.
Sem comentários:
Enviar um comentário