Davi,
o profeta e rei de Israel, autor de vários salmos, foi inicialmente
pastor, e quando teve de enfrentar exercitos que vinham atacar
Israel, ele socorria-se da mesma força que o tinha ajudado a
defender os seus rebanhos: o poder do Deus Todo-Poderoso.
Na
sua primeira experiência de combate contra um soldado, Davi, não
tentou imitar os soldados com experiência de guerra, e nem utilizou
as armaduras que habitualmente se utilizava na guerra. Davi utilizou
apenas um cajado, uma funda e cinco pedras.
É
muito invulgar um soldado utilizar um cajado quando vai a guerra, mas
Davi utilizou um cajado; o mesmo cajado com que defendia as ovelhas
quando pastoreava os rebanhos do seu pai. Um cajado, para além de
ser uma estrutura rígida e de poder ser usada como arma de defesa,
também podia ser usada como amparo: quando ele estivesse cansado
podia apoiar-se no seu cajado, da mesma forma como hoje se usa uma
bengala.
Para
Davi, o seu cajado era o seu Deus Todo-Poderoso; era em Deus em que
ele descansava quando estava cansado, era Deus que o defendia dos
seus inimigos, era Deus o seu amparo. Ao longo dos salmos Davi refere
que Deus era o seu socorro e refúgio. Temos como exemplo o versículo
a seguir: “O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu
coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração
exulta, e com o meu cântico o louvarei.” Sl 28:7.
Davi
demonstrou que Deus era o sua força e o seu escudo quando foi
enfrentar um soldado do exéricto dos filisteus, muito temido por
causa da sua grande estatura e da sua experiência de guerra. Davi
não se preocupou em utilizar espadas, lanças ou escudo; levou
apenas o seu cajado, um alforge, onde guardou cinco pedras, e uma
funda. Davi considerava que a sua força vinha do Deus Todo-Poderoso
e que o Golias estava a desafiar não a nação de Israel, mas sim ao
próprio Deus.
Vemos
então como Davi enfrentou a Golias: “Tomou o seu cajado na mão e
escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no alforge
de pastor, que trazia, a saber, no surrão; e lançando mão da sua
funda, foi-se chegando ao filisteu.” 1Sm 17:40. “Davi porém,
disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com
escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o
Deus de Israel, a quem tens afrontado.”1Sm 17:45.
Ao
longo da história de vida de Davi, vemos que o facto de ele ter
feito de Deus, o seu cajado, e a sua segurança, fez com que
conseguisse tornar-se o rei de Israel. Davi ao longo da sua vida, não
confiou nas suas forças, para subir ao trono mas em Deus, e por isso
não tentou tornar-se rei matando a Saul, como muitos teriam feito,
mas esperou em Deus.
Em
duas ocasiões, Saul, o rei de Israel, esteve nas suas mãos e Davi
poderia tê-lo morto; mas por temor a Deus, Davi preferiu deixar de
lado, a sua vontade de tornar-se rei e colocou em primeiro lugar a
Deus e não fez nada de mal contra Saul porque sabia que Saul era
um ungido de Deus, e que só Deus deveria tirar-lhe a vida.
Para
além de colocar em segundo lugar a sua vontade de se tornar rei,
Davi também colocou a sua própria vida em segundo lugar, ao poupar
a vida de Saul. Desde que Davi tornara-se um soldado famoso em
Israel, Saúl desejava matar Davi por inveja. Por isso, colocava
soldados para para procurar Davi e mata-lo.
O
temor a Deus, era superior ao amor que Davi tinha a sua própria
vida. Nos versículos a seguir vemos a forma de pensar de Davi:
“Davi, porém, respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá
que estenda a mão contra o unigido do Senhor e fique inocente?
Acrescentou Davi: Tão certo como vive o Senhor, este o ferirá, ou o
seu dia chegará em que morra, ou descendo a batalha, seja morto.”
1Sm 26:9-10.
Davi
é um exemplo, ainda hoje de temor a Deus, de humildade quando se cai
em pecado, e de amor aos mandamentos de Deus. Davi fez de Deus o seu
cajado, e isso fez com que andasse em retidão, e conquistasse as
promessas que Deus tinha para ele. Podemos seguir o seu exemplo e nas
nossas lutas, e em todas as questões da nossa vida, fazendo de Deus
o nosso cajado e a nossa segurança.
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