quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Os gastos insensatos do filho pródigo


O nosso Senhor Jesus fala-nos da necessidade de sermos prudentes na forma como gerimos os nossos recursos financeiros, através da parábola do Filho Pródigo. Este filho representa muitos de nós quando desejamos usar os nosso recursos sem pensar nas nossas necessidades básicas, como o comer o pão de cada dia.


O Filho pródigo quis usar os seus bens na totalidade e pediu ao seu Pai que dividisse os bens e lhe desse a parte que lhe cabia. O Filho pródigo depois de ter nas suas mãos o que era seu, partiu para uma terra distante e gastou os seus bens sem nenhuma prudência.


No evangelho segunda Lucas vemos o nosso Mestre descrevendo a atitude do filho pródigo: “ Continou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.” Lc 15: 11-13.


Para agravar a sua situação, depois de ter gastado todos os seus bens, no país onde estava sobreveio uma grande fome. Por outras palavras, para além de já não ter recursos para comer, na própria cidade onde estava também não havia alimentos disponíveis para a população.


A Bíblia diz-nos que o filho pródigo começou a passar necessidade, ou seja, começou a passar fome. O Filho pródigo provavelmente quando saiu da casa de seu pai tinha muitos bens, mas ele preocupou-se com coisas que não eram essenciais para a sua vida e acabou por deixar de ter aquilo que era o mais essencial: o pão de cada dia.


Nós os seres humanos, apesar de hoje termos muitas necessidades relacionadas com o desenvolvimento da nossa sociedade, não podemos passar sem o pão de cada dia. A necessidade mais básica para o homem é sem dúvida a necessidade de comer. O nosso Senhor Jesus na oração do Pai nosso ensina-nos a pedir ao Pai Celeste o pão de cada dia: "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;" Mt 6:11.


Por isso, quando temos de distribuir e planear os nossos gastos não podemos deixar de considerar a nossa necessidade mais básica, que é a necessidade de comer. Por vezes outras coisas colocam-se no lugar de maior prioridade e acabamos por gastar mais do que podemos em coisas que desejamos, mas que não fazem tanta falta como a comida.


Devemos ser prudentes na forma como gerimos as nossas finanças, pois por vezes ao gastarmos em coisas como vestuários caros, tecnologias, e outras coisas, acabamos por privar-nos do que mais falta nos faz e não cuidamos de nosso bem-estar como devíamos.


O filho pródigo, pela forma como geriu os seus bens viu-se forçado, depois de tanta fortuna que possuía, a guardar porcos e acabou por desejar comer alfarrobas: as comidas dos porcos. Nos versículos seguintes vemos a situação do filho pródigo: “Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campo a guardar porcos.” Lc 15:14-15.


O nosso Deus deseja não só que amemos ao nosso próximo, mas que amemos o nosso próximo da forma como amamos a nós mesmos. Isto significa que Deus quer que nos amemos, que cuidemos de nós, das nossas necessidades, da nossa saúde e de tudo aquilo que é necessário na vida.


Como servos e mordomos de Deus o nosso corpo, não é nosso, mas sim do Senhor Jesus e também o templo de Espírito Santo; e Deus vai pedir que prestemos contas da forma como cuidamos no nosso corpo, da nossa saúde, assim como tudo aquilo que dispomos no nosso dia a dia, como dinheiro, tempo entre outras coisas.


Um bom administrador, ou mordomo, não cuida apenas de um aspeto dos negócios do seu Senhor, mas de todos os bens e negócios que o seu Senhor possui. Se o administrador cuidar apenas de um negócio e deixar de lado outros, o seu Senhor dirá que ele fez uma administração incompetente.


Da mesma forma, se cuidamos de todos, ou a maior parte, dos assunto da nossa vida diária, e ficarmos sem o alimento diário, a gestão dos nossos recursos fica mal feita e o nosso Senhor não se agrada que não cuidemos de nós mesmos e que passemos fome.


Devemos gerir as nossos haveres com prudência de forma a que não falte nada de essencial, muito menos o alimento quotidiano. O nosso Senhor, como o dono das nossas vidas deseja que administremos todos os recursos financeiros de forma equilibrada e que não nos falte o pão de cada dia.

sábado, 24 de setembro de 2016

Abrir o círculo


No mundo hoje, com as grandes cidades, e os perigos que encontramos nelas, os homens são levados a fecharem-se sobre si mesmo, a restringir o seu circulo de familiares e amigos. Contudo, a Bíblia nos ensina um postura oposta a esta; ensina-nos a abrir o circulo das nossas prioridades e amizades, ensina-nos não cuidarmos apenas das nossas vidas, mas também a cuidar daqueles que estão a nossa volta com necessidades e problemas diversos.

 

O nosso Deus quando quis falar a Abraão sobre a grande descendência que teria, ordenou-lhe que saísse da sua tenta, do seu ambiente limitado, que olhasse para o imenso céu estrelado e que contasse as estrelas do céu, se pudesse. Enquanto Abraão permanecesse na tenda, não conseguiria alcançar a grandeza da promessa de Deus, porque o pequeno espaço onde se encontrava iria limitar a sua visão.


No livro de Gênesis vemos a descrição deste momento da vida de Abraão: “Então, conduzi-o até fora e disse: Olha para os céus e conta a estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.” Gn 15:5. O nosso Deus quer abençoar-nos, porque nos tem imenso amor, mas para receber-mos as suas bênçãos temos de “sair da nossa tenda.”


Para podermos perceber a imensidão do amor de Deus e ver as suas promessas com os olhos da fé temos de sair da nossa “tenda”, do nosso mundo cheio dos nossos problemas e necessidades e colocar-nos numa posição onde possamos ver os outros, perceber as suas dificuldades e ajuda-los.

 

Como nos diz no livro do profeta Isaías devemos alargar a nossa tenda, aumentar o tempo disponível para ajudar os outros, aumentar o espaço na nossa mente para pensar nos outros, nas suas necessidades, nos seus problemas. Devemos alargar a nossa tenda, o nosso coração, para deixar entrar outras pessoas, que não são os nossos familiares e amigos próximos.

 

Vemos esse conselho no versículo seguinte: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.” Is 54:2. Precisarmos de nos dispor para irmos ao encontro dos outros e das suas necessidades, seguindo o exemplo do Senhor Jesus, que sendo Deus, não só veio a terra na forma de homem, como viveu cuidando das necessidades físicas e espirituais de todos aqueles que o rodeavam.


O nosso Deus por diversas vezes aconselha-nos a não vivermos para nós mesmos, a não nos preocuparmos somente com as nossas necessidades e problemas, mas também olhar para os outros e ajuda-los. Ao obedecermos a Deus, estaremos não só cumprindo o mandamento de amar o próximo como a nós mesmos, como estaremos a colocar-nos na mesma perspetiva de Deus, que se preocupa com todos e quer usar-nos para abençoar outras vidas.

 
 
Os cristãos ao serem salvos são convidados a seguir o Senhor Jesus, imitando os seus passos. O nosso Senhor Jesus, não vivia para si mesmo, mas para ajudar ao próximo, para anunciar a vinda do Reino de Deus, e assim fazer a vontade do Pai. Para receber-mos as promessas do Pai Celeste, temos de sair da nossa tenda e ir ao encontro das necessidades dos outros.

O testemunho de Deus


Deus é o criador do céu, da terra e de tudo o que existe, e é impossível não nos apercebermos da sua existência pois Deus, não deixou de nos dar testemunho de si mesmo; e, em tudo a nossa volta, nos céus como na terra, podemos ver o poder criador do nosso Deus, e o seu imenso amor por nós.
 
O apóstolo Paulo, enquanto esteve em Listra, falou sobre Deus a uma grande multidão, dizendo que o verdadeiro Deus, o criador do céu e da terra, é aquele que nos dá testemunho de si mesmo através de tudo o que vemos na natureza, e nos céus, e através das boas coisas que temos da natureza.


Podemos ver as palavras do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria.” At 14:17. De fato, Deus deseja encher o nosso coração de alegria e abençoa-nos com uma natureza tão bela, de onde podemos tirar tantos recursos para a nossa subsistência.


No livro dos salmos podemos ver varias descrições do maravilhosa bondade de Deus para com os homens ao dar-nos chuvas, crescimento para as diversas plantações que existem ao longo de toda a terra. Uma das passagens sobre isso é o versículo a seguir: “Tu visitas a terra e a régas; tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; preparas o cereal, porque para isso a dispões, regando-lhe os sulcos, aplanando-lhes as leivas. Tu amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção.” Sl 65:9-10.


Podemos olhar e nossa volta e temos sempre o testemunho de Deus e do seu poder. Por exemplo o imenso mar, com as suas ondas poderosas, mostram-nos o imenso poder e glória do nosso Deus. Os céus com a sua imensidão testemunham a grandeza de Deus. Para vermos a imensidão de Deus a Bíblia diz-nos que os céus são o estrado dos pés do nosso Deus.


O livro dos salmos diz-nos também que podemos ver a glória e o poder de Deus nos céus e em todo o firmamento. Para além de vermos a obra das mãos do nosso Deus também podemos ouvir a voz de Deus por toda a terra, chamando-nos para conhece-lo e para adora-lo, pois Ele é Deus. Podemos ver isso no versículo a seguir: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras da suas mãos. (…) no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.” Sl 19: 1,3


Pela forma como Deus revela o seu eterno poder e a sua própria divindade pela natureza, pelos céus e por tudo o que há, o apóstolo Paulo diz-nos que aqueles que não adoram a Deus, nem o glorificam pelo seu poder, nem lhe dão graças pela sua bondade são indesculpável, pois tudo a nossa volta diz-nos que Deus existe e que merece toda a nossa glória e adoração.


Podemos ver isso no versículo seguinte: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidas por meio das coisas que são criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.” Rm 1:20-21.


Com tantos testemunhos de Deus, do seu poder e amor por nós, devemos dar-lhe toda a nossa glória e adoração. Devemos prostrar-nos aos seus pés pela imensidão do seu poder e da sua glória, e também porque somos obras das suas mãos. Tenhamos um coração grato pela bondade de Deus, por tudo o que Ele nos dá: a vida, o ar que respiramos, tudo o que vemos a nossa volta, pois o seu coração amoroso aceita a nossa gratidão.

sábado, 17 de setembro de 2016

A glória dos homens


Nos últimos anos temos visto na nossa sociedade um aumento do número de pessoas que buscam a fama através de reality shows e programas diversos. A busca da fama e dos aplausos tornou-se um objetivo de vida de muitas pessoas. Contudo essa busca de aplausos e fama não está de acordo com aquilo que o nosso Senhor Jesus nos ensinou.


O nosso Senhor Jesus enquanto caminhou na terra nunca buscou a fama e os aplausos dos homens. Apesar de ser conhecido por multidões, pessoas a quem curava, libertava dos demónios, e pregava o evangelho, o nosso Senhor não queria ser aclamado e retirava-se para orar ao Pai quando pessoas o cercavam para aclamarem-no.

 
Tudo o que o Senhor Jesus fazia era para agradar ao Pai Celeste e nunca para receber a glória dos homens. No livro do Evangelho segundo João o nosso Senhor Jesus diz-nos que não recebia a glória dos homens, e que a glória que recebia vinha do Pai Celestial, como vemos a seguir: “Eu não aceito a glória que vem dos homens;” Jo 5:41. “Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus” Jo 8:54.

 
Nos evangelhos vemos por duas vezes o Pai glorificando o seu Filho Jesus, dizendo que o nosso Mestre é o seu Filho em quem Ele se compraz. Estes momentos foram depois do batismo de Jesus Cristo e na sua transfiguração enquanto estava num monte com João, Tiago e Pedro, como nos refere o versículo a seguir: “Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” Mt 17:5.

 
Devemos seguir os passos do Senhor Jesus e buscar apenas a glória, o reconhecimento de Deus Pai. O Espírito Santo ensina-nos através da Bíblia a fazer-nos tudo como se estivéssemos a fazer para o Senhor Jesus, pois seremos recompensados no céu. A mentalidade mundana, da busca da fama e dos aplausos dos homens deve ser renegada pelos cristãos. O nosso Senhor Jesus avisa-nos a não praticarmos nenhuma boa obra com o objetivo de sermos vistos.

 
O nosso Mestre diz-nos ainda que se fizermos alguma boa obra com o intuito de sermos vistos e aplaudidos pelos homens, já perdemos o galardão da parte do Pai Celeste. Podemos ver as palavras do nosso Mestre no versículo seguinte: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.” Mt 6:1

 
O nosso Senhor Jesus buscou apenas a glória, o reconhecimento de tudo o que fez junto do Pai Celeste, e por isso o Pai exaltou o seu nome a cima de todo o nome e colocou-o assentado a sua dextra como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

 
Devemos buscar a glória do Pai Celeste e sermos humildes, não só com os que estão a nosso volta, mas sobretudo com Deus Pai pois o Pai Celeste exalta a todos os que são humildes e que buscam diariamente agrada-Lo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Recaída no pecado


Muitos cristãos em determinadas alturas da sua vida tiveram uma recaída no pecado e praticaram atos que anteriormente no início da sua fé tinham prometido a si mesmos, a Deus e a Igreja não cometerem. Geralmente a recaída da fé é um situação que traz sentimentos de frustração, desilusão e muitas vezes sentimentos de incapacidade de continuar a caminhada da fé.


A Bíblia, no entanto, ensina-nos que o Pai Celeste está sempre pronto a perdoar-nos e que o nosso Senhor Jesus, vai até ao nosso encontro, na situação de pecado em que nos encontramos, e nos resgata, carregando-nos aos ombros novamente para junto do rebanho.


O nosso Senhor Jesus nunca nos condena, porque o nosso Mestre é aquele que deseja salvar o perdido e nunca condená-lo. Da mesma forma como o Senhor disse a mulher adúltera vai e não peques mais, quando pedimos perdão ao nosso Senhor Ele diz-nos vai, continua a tua carreira e não peques mais “Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tão pouco te condeno; vai e não peques mais.” Jo 8:11.


Nós homens é que muitas vezes nos condenamos quando pecamos, mas o nosso Deus não nos condena. Nós nos condenamos porque, a recaída no pecado está sempre envolvida com um sentimento que se gerou no nosso coração de autoconfiança, segurança na nossa própria capacidade de evitar o pecado.


Geralmente enquanto caminhamos na fé e vamos vendo progressos, um aumento na nossa santidade, em certa altura, acabamos por achar que a nossa santidade se deve ao nosso esforço, e esquecemos que somos frágeis, e que embora convertidos continuamos pecadores, sujeitos a pecar em qualquer momento.


Quando nos sentimos confiantes, esquecemos de que a santidade que vemos na nossa vida se deve a Graça do nosso Senhor Jesus e que a salvação que usufruímos não vem das nossas boas obras mas sim da Graça de Deus, como vemos no versículo seguinte: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie.” Ef 2:8-9.


Como facilmente o homem acha que a salvação se deve as boas obras que pratica, e não a graça de Deus, quando muitos cristãos pecam acham que já não estão salvos, porque não praticaram uma boa obra. Com isso vem o desânimo, e ideias de desistir na caminhada cristã.

 

Contudo, a salvação não é pela ausência de pecado mas sim pela aceitação da expiação dos pecados no nosso lugar feita pelo Senhor Jesus. Quando iniciamos a nossa caminhada na fé é nos sentimos pecadores é muito mais fácil aceitar que a salvação é pela Graça e não pelas obras. Contudo, a medida que caminhamos, por nos impor-nos muitas obrigações acabamos por pensar que se cometermos um pecado, perdemos a salvação.


Por isso, não devemos nunca esquecer-nos de que somos pecadores, e que a salvação que usufruímos é pelo sacrifício vicário do Senhor Jesus, e não porque somos santos e puros. O nosso Senhor Jesus morreu em nosso lugar, derramou o seu sangue para que fossemos justificados perante o Pai Celeste e assim não tivéssemos de sofrer a condenação eterna devido aos nossos pecados.


Para evitar pecar devemos seguir o conselho do nosso Senhor Jesus, ou seja, vigiar todas as situações a nossa volta para não corrermos o riso de ficar em situações que nos levem ao pecado. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca.” Mt 26:41. Para além, disso devemos pedir a direção do Pai Celeste em oração, pedir que nos mostre o que é bom e o que é mau para nós, ou por outras palavras, o que está de acordo com a Palavra e o que não está.


A Bíblia nos aconselha a deixar-mos todo o pecado, tudo o que Deus condena e a olhar firmemente para o nosso Senhor Jesus, que é o nosso Salvador, aquele que pagou o preço dos nossos pecados e é também aquele que hoje intercede junto ao Pai Celeste por nós, nas nossas fragilidades e nos nosso pecados, ao longo de toda a nossa carreira.


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A letra mata


Deus sempre desejou ter uma relação de amizade íntima com o homem e esse propósito mostrou-se desde a criação do homem no jardim do Éden. Devido a queda do homem e do pecado, Deus para ter comunhão com o povo de Israel estabeleceu uma aliança, um pacto no qual o homem necessitava de cumprir certas leis para estar diante de Deus e ter relacionamento com o Pai Celeste.


A primeira aliança que Deus fez, foi no Monte Sinai, onde escreveu os Dez Mandamentos e o povo de Israel aceitou cumprir a lei de Moisés, e andar nos preceitos do Senhor. Contudo, o povo de Israel rapidamente desviou-se da lei de Moisés e passou a adorar deuses estranhos e a fazer tudo o que Deus condenava.


Por isso, repetidas vezes Deus avisou que faria uma nova aliança com o povo de Israel, e que em vez de escrever as suas lei numa tábua de pedra, as escreveria no próprio coração dos seus servos, como vemos nos versículos seguintes: “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor.” Jr 31:31-32.


Essa promessa foi cumprida com a vinda do Senhor Jesus a terra, e com a sua morte e ressurreição. Nesta aliança, os cristãos já não são justificados pelos seus pecados através da obediência à lei de Moisés, mas sim pelo sangue vicário do Senhor Jesus, como nos diz o apóstolo Paulo nos versículos seguintes: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma a pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado.” Rm 8:3-4.


O homem tem demonstrado uma natureza pecadora, e mesmo tentando, não consegue ser totalmente isento do pecado. Por isso, nenhum homem, exceto o Senhor Jesus conseguiu viver na terra sem cometer pecado. A lei de Moisés portanto, consistia numa prova contra o homem, pois dizia tudo o que ele deveria fazer, mas não conseguia. 


A lei apesar de boa, acabava por condenar o homem a morte eterna, pois se algum homem cumprisse toda a lei, mas faltasse nalgum ponto, tornava-se arguido da lei e por isso seria condenado. Por este motivo o apóstolo Paulo diz-nos na sua segunda carta aos coríntios que a letra, ou seja a lei de Moisés, mata, condena o homem a morte, pois ele não consegue viver sem pecar.


Contudo, a boa nova, é que o Espírito vivifica o homem, morto nos seus pecados, dando-lhe a vida eterna. O Espírito Santo, só vivifica os homens, desde que o Senhor Jesus morreu e ressuscitou e assim consumou a nova aliança, que nos justifica perante o Pai Celeste. Isto porque, segundo a lei todos os que pecassem deveriam ser condenados a morte, ao afastamento eterno de Deus. Mas Jesus levou sobre si a condenação pelos pecados de toda humanidade.


Da mesma forma como Jesus Cristo morreu e ressuscitou, cada cristão ressuscitou para a vida eterna junto do Deus Pai. A letra, condena-nos a morte eterna, mas o Espírito de Deus, enviado depois do derramamento do sangue de Jesus Cristo vivifica-nos como podemos a seguir: “E por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; (…) o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não de letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.” 2Co 3:4,6.


Essa aliança foi confirmada não pela letra de Deus escrita em tábuas de pedra, como em Sinai, mas através do próprio Espírito Santo que passou a habitar em cada cristão depois da ascensão do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como vemos nos seguintes versículos atos dos apóstolos: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Ditas estas palavras, foi Jesus elevado aos alturas, a vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.” At 1:8-9.


A nova aliança é a solução para a humanidade pecadora, pois agora qualquer um independentemente dos seus pecados, pode ser justificado perante Deus, através do sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. Já não é necessário, a lei de Moisés para justificar o homem, pois hoje estamos eternamente justificados pelo sangue do nosso Redentor Jesus Cristo que hoje está assentado a destra do Pai Celeste.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Quando Deus avisa-nos


Ao longo da caminhada com Deus, os cristãos têm o privilégio de desenvolver uma relação de filho-Pai, com Deus Pai. Como Pai, o nosso Deus, orienta-nos e avisa-nos quando estamos prestes a passar por uma situação de perigo. Como ovelhas que somos, não conseguimos ver os perigos que podemos enfrentar no futuro. Mas, se dermos ouvidos a voz de Deus evitaremos sofrimentos.


A Bíblia relata que Deus a visou a Paulo que o navio por onde viajava, com destino a Itália, não deveria sair de Creta, e Paulo ao ouvir o aviso tentou convencer o centurião, responsável pelo sua viajem, a não saírem de Creta pois se saíssem haveria danos e muitos prejuízos, não só da carga que transportavam, como também do navio e da própria vida de todos os que estavam no navio.

 
Vemos o aviso do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “dizendo-lhes: Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também da nossa vida.” At 27:10. Contudo, o aviso de Paulo foi ignorado e o centurião preferiu dar mais crédito ao piloto e o mestre do navio.

Como consequência do fato de não terem nado ouvidos ao aviso que Deus deu a Paulo, o navio foi apanhado por um grande vento, chamado Euroaquilão, que arrastou o navio com grande violência, e impediu que os tripulantes do navio conseguissem manobra-lo.

Este fato está descrito nos versículos seguintes: “Entretanto, não muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado Euroaquilão; e sendo o navio arrastado com violência, sem poder resistir ao vento, cessámos a manobra e nos fomos deixados levar.” At 27:14-15


Com medo do pior os tripulantes deitaram toda a carga que transportavam no mar, e inclusive deitaram fora a armação do navio. Mesmo assim, o navio ficou a deriva por vários dias e os que estavam dentro do navio ficaram expostos ao frio, a fome e a tempestade.


Por isso todos os que estavam dentro do navio perderam a esperança de se salvarem. "E não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a esperança de salvamento.” At 27:20. Contudo, Deus estava velando e protegendo a Paulo e enviou um anjo avisando-o que todos os que estavam no navio iriam salvar-se.


Paulo então relembra ao centurião do aviso que dera no início da viagem e conta que um anjo de Deus aviou-o que nenhuma vida se perderia, pois Deus por sua Graça lhe dera a vida de todos os que estavam a navegar com ele no barco.


Podemos ver as palavras de Paulo nos versículos seguintes: “Porque nesta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem eu sirvo, este esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quanto navegam contigo.” At 27: 23-24.

 
Caso o centurião tivesse dado ouvidos a Paulo teriam evitado a tempestade, o frio, a fome a todas as perdas materiais que tiveram. E assim como neste caso, todas as vezes que Deus avisa-nos que não devemos ir por um determinado caminho, é para nos poupar de sofrimento. Caso não ouçamos a voz de Deus, o Pai Celeste pela sua maravilhosa Graça protege-nos para não sucumbirmos perante a situação. Mas o Pai Celeste deseja que nós confiemos Nele e que ouçamos a sua voz, para que possa nos conduzir pelos seus caminhos.