quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Os gastos insensatos do filho pródigo


O nosso Senhor Jesus fala-nos da necessidade de sermos prudentes na forma como gerimos os nossos recursos financeiros, através da parábola do Filho Pródigo. Este filho representa muitos de nós quando desejamos usar os nosso recursos sem pensar nas nossas necessidades básicas, como o comer o pão de cada dia.


O Filho pródigo quis usar os seus bens na totalidade e pediu ao seu Pai que dividisse os bens e lhe desse a parte que lhe cabia. O Filho pródigo depois de ter nas suas mãos o que era seu, partiu para uma terra distante e gastou os seus bens sem nenhuma prudência.


No evangelho segunda Lucas vemos o nosso Mestre descrevendo a atitude do filho pródigo: “ Continou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.” Lc 15: 11-13.


Para agravar a sua situação, depois de ter gastado todos os seus bens, no país onde estava sobreveio uma grande fome. Por outras palavras, para além de já não ter recursos para comer, na própria cidade onde estava também não havia alimentos disponíveis para a população.


A Bíblia diz-nos que o filho pródigo começou a passar necessidade, ou seja, começou a passar fome. O Filho pródigo provavelmente quando saiu da casa de seu pai tinha muitos bens, mas ele preocupou-se com coisas que não eram essenciais para a sua vida e acabou por deixar de ter aquilo que era o mais essencial: o pão de cada dia.


Nós os seres humanos, apesar de hoje termos muitas necessidades relacionadas com o desenvolvimento da nossa sociedade, não podemos passar sem o pão de cada dia. A necessidade mais básica para o homem é sem dúvida a necessidade de comer. O nosso Senhor Jesus na oração do Pai nosso ensina-nos a pedir ao Pai Celeste o pão de cada dia: "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;" Mt 6:11.


Por isso, quando temos de distribuir e planear os nossos gastos não podemos deixar de considerar a nossa necessidade mais básica, que é a necessidade de comer. Por vezes outras coisas colocam-se no lugar de maior prioridade e acabamos por gastar mais do que podemos em coisas que desejamos, mas que não fazem tanta falta como a comida.


Devemos ser prudentes na forma como gerimos as nossas finanças, pois por vezes ao gastarmos em coisas como vestuários caros, tecnologias, e outras coisas, acabamos por privar-nos do que mais falta nos faz e não cuidamos de nosso bem-estar como devíamos.


O filho pródigo, pela forma como geriu os seus bens viu-se forçado, depois de tanta fortuna que possuía, a guardar porcos e acabou por desejar comer alfarrobas: as comidas dos porcos. Nos versículos seguintes vemos a situação do filho pródigo: “Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campo a guardar porcos.” Lc 15:14-15.


O nosso Deus deseja não só que amemos ao nosso próximo, mas que amemos o nosso próximo da forma como amamos a nós mesmos. Isto significa que Deus quer que nos amemos, que cuidemos de nós, das nossas necessidades, da nossa saúde e de tudo aquilo que é necessário na vida.


Como servos e mordomos de Deus o nosso corpo, não é nosso, mas sim do Senhor Jesus e também o templo de Espírito Santo; e Deus vai pedir que prestemos contas da forma como cuidamos no nosso corpo, da nossa saúde, assim como tudo aquilo que dispomos no nosso dia a dia, como dinheiro, tempo entre outras coisas.


Um bom administrador, ou mordomo, não cuida apenas de um aspeto dos negócios do seu Senhor, mas de todos os bens e negócios que o seu Senhor possui. Se o administrador cuidar apenas de um negócio e deixar de lado outros, o seu Senhor dirá que ele fez uma administração incompetente.


Da mesma forma, se cuidamos de todos, ou a maior parte, dos assunto da nossa vida diária, e ficarmos sem o alimento diário, a gestão dos nossos recursos fica mal feita e o nosso Senhor não se agrada que não cuidemos de nós mesmos e que passemos fome.


Devemos gerir as nossos haveres com prudência de forma a que não falte nada de essencial, muito menos o alimento quotidiano. O nosso Senhor, como o dono das nossas vidas deseja que administremos todos os recursos financeiros de forma equilibrada e que não nos falte o pão de cada dia.

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