segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A letra mata


Deus sempre desejou ter uma relação de amizade íntima com o homem e esse propósito mostrou-se desde a criação do homem no jardim do Éden. Devido a queda do homem e do pecado, Deus para ter comunhão com o povo de Israel estabeleceu uma aliança, um pacto no qual o homem necessitava de cumprir certas leis para estar diante de Deus e ter relacionamento com o Pai Celeste.


A primeira aliança que Deus fez, foi no Monte Sinai, onde escreveu os Dez Mandamentos e o povo de Israel aceitou cumprir a lei de Moisés, e andar nos preceitos do Senhor. Contudo, o povo de Israel rapidamente desviou-se da lei de Moisés e passou a adorar deuses estranhos e a fazer tudo o que Deus condenava.


Por isso, repetidas vezes Deus avisou que faria uma nova aliança com o povo de Israel, e que em vez de escrever as suas lei numa tábua de pedra, as escreveria no próprio coração dos seus servos, como vemos nos versículos seguintes: “Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor.” Jr 31:31-32.


Essa promessa foi cumprida com a vinda do Senhor Jesus a terra, e com a sua morte e ressurreição. Nesta aliança, os cristãos já não são justificados pelos seus pecados através da obediência à lei de Moisés, mas sim pelo sangue vicário do Senhor Jesus, como nos diz o apóstolo Paulo nos versículos seguintes: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma a pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado.” Rm 8:3-4.


O homem tem demonstrado uma natureza pecadora, e mesmo tentando, não consegue ser totalmente isento do pecado. Por isso, nenhum homem, exceto o Senhor Jesus conseguiu viver na terra sem cometer pecado. A lei de Moisés portanto, consistia numa prova contra o homem, pois dizia tudo o que ele deveria fazer, mas não conseguia. 


A lei apesar de boa, acabava por condenar o homem a morte eterna, pois se algum homem cumprisse toda a lei, mas faltasse nalgum ponto, tornava-se arguido da lei e por isso seria condenado. Por este motivo o apóstolo Paulo diz-nos na sua segunda carta aos coríntios que a letra, ou seja a lei de Moisés, mata, condena o homem a morte, pois ele não consegue viver sem pecar.


Contudo, a boa nova, é que o Espírito vivifica o homem, morto nos seus pecados, dando-lhe a vida eterna. O Espírito Santo, só vivifica os homens, desde que o Senhor Jesus morreu e ressuscitou e assim consumou a nova aliança, que nos justifica perante o Pai Celeste. Isto porque, segundo a lei todos os que pecassem deveriam ser condenados a morte, ao afastamento eterno de Deus. Mas Jesus levou sobre si a condenação pelos pecados de toda humanidade.


Da mesma forma como Jesus Cristo morreu e ressuscitou, cada cristão ressuscitou para a vida eterna junto do Deus Pai. A letra, condena-nos a morte eterna, mas o Espírito de Deus, enviado depois do derramamento do sangue de Jesus Cristo vivifica-nos como podemos a seguir: “E por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; (…) o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não de letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.” 2Co 3:4,6.


Essa aliança foi confirmada não pela letra de Deus escrita em tábuas de pedra, como em Sinai, mas através do próprio Espírito Santo que passou a habitar em cada cristão depois da ascensão do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como vemos nos seguintes versículos atos dos apóstolos: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Ditas estas palavras, foi Jesus elevado aos alturas, a vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.” At 1:8-9.


A nova aliança é a solução para a humanidade pecadora, pois agora qualquer um independentemente dos seus pecados, pode ser justificado perante Deus, através do sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. Já não é necessário, a lei de Moisés para justificar o homem, pois hoje estamos eternamente justificados pelo sangue do nosso Redentor Jesus Cristo que hoje está assentado a destra do Pai Celeste.

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