A
prudência é algo que Deus nos ensina a praticar, no nosso dia a
dia, em todas as nossas atitudes. A prudência é a capacidade de
analisar os vários fatos a nossa volta, avaliar as possíveis
consequências e tomar a atitude mais correta de acordo com os
ensinos de Deus.
O
sábio do livro de Eclesiastes ensina-nos que como não sabemos as
coisas que podem acontecer amanhã, o mais prudente para o cristão é
repartir o que tiver nas mãos com os outros. “Lança o teu
pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.
Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal
sobrevirá a terra.” Ec 11:1-3.
Há
uma lógica para Deus, ensinada pelo nosso Mestre Jesus, que é
contrária aos ensinos do mundo. Essa lógica diz-nos que quando
partilhamos com os outros o que temos ficamos mais ricos para Deus e
vice-versa. Por isso o nosso Mestre aconselhou-nos a não andarmos
ansiosos em acumular riquezas para nós próprios, mas pelo contrário
a pedir ao Pai Celeste o pão de cada dia e a partilharmos o que
temos com os outros.“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre
a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões
escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde
traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem
roubam;” Mt 6: 19-20.
O
facto de abençoarmos a vida de outras pessoas com os nossos recursos
faz-nos ficar mais ricos para Deus. O nosso Senhor Jesus
aconselha-nos por isso, a utilizar os nossos recursos para suprir as
necessidades dos outros, pois Deus se agradará de nós e assim
acumularemos tesouros nos céus. “Vendei os vossos bens e dai
esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro
inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça
consome,” Lc 12:33-34.
Deus ensina-nos a trabalharmos pelo pão de cada dia, mas aconselha-nos a não vivermos para ajuntar tesouros na terra. O nosso objetivo de vida não deve por isso, ser para ajuntarmos riquezas para nós mesmos. Nos
versículos seguintes da oração do Pai nosso, vemos o nosso Senhor
Jesus salientando a nossa necessidade de ajuda do Pai para termos o
pão nosso de cada dia.“Então, ele os ensinou: Quando orardes,
dizei: pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão
nosso cotidiao dá-nos de dia em dia;” Lc 11: 2-3.
O apóstolo Paulo também diz-nos que é necessário trabalhar, na
sua epístola aos efésios; e que cada cristão deve trabalhar para ter
com o que repartir com o próximo. “Aquele que furtava não furte
mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom,
para que tenha com que acudir ao necessitado.” Ef 4:28.
Para
além de mostrar prudência, quando partilhamos o que temos com os outros em
necessidade também estamos a obedecer ao mandamento do nosso Senhor
Jesus e a amar ao nosso próximo. “Novo mandamento vos dou: que vos
ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis
uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se
tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35.
O
apóstolo Tiago admoestava-nos a praticar a nossa fé através de
obras concretas. “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém
disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode acaso, semelhante fé
salva-lo? Se um irmão ou irmã estiverem carecidos de roupa e
necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes
disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem contudo, lhes dar o
necessário para o corpo, qual é o proveito disso?” Tg 2:14-16.
A
nossa fé manifesta-se também em atitudes práticas de obediência
aos mandamentos do Mestre; neste caso, o amor que o irmão deve
demostrar para com o outro que está em necessidade é partilhando o
que tem de forma a minimizar as suas necessidades. Isto, porque a fé
é também sinónimo de fidelidade a pessoa de Jesus e aos seus
mandamentos. Quando alguém diz que tem fé em Jesus, diz que
acredita que Ele é seu Senhor, Salvador e seu Mestre e por isso, que
segue os mandamentos do nosso Mestre. Por isso, é necessário haver
concordância entre as nossas atitudes e a nossa afirmação de que
cremos e seguimos o nosso Senhor Jesus.
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