As
aves têm a particularidade de serem a única criação de Deus com
capacidade de voar. Elas encantam o homem pelas suas asas e pelas
suas diversas cores. O nosso Mestre, o Senhor Jesus, no seu sermão
da montanha disse-nos que olhássemos para as aves dos céus porque
elas têm várias lições para nós.
Nos
versículos seguintes podemos ver as palavras do nosso Senhor Jesus:
“Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam
em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não
valeis vós muito mais do que as aves?” Mt 6:26
Uma
das aves com quem podemos aprender coisas são os corvos, pois eles
são um exemplo de fé em Deus. Estas aves confiam em Deus para a
provisão de tudo o que necessitam. Por Deus providenciar tudo o que
as aves necessitam podemos dizer que Deus as alimenta.
A
forma como Deus sustenta as aves é dando as chuvas para que as
plantas e as árvores cresçam e assim haja alimento disponível para
as aves. “Todos esperam de ti que lhes dês de comer a seu tempo.
Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de
bens. “ Sl 104:27-28. As aves contudo, têm um papel a desempenhar
para colaborar com Deus; ou seja, elas têm de procurar alimentos
para elas e para os seus filhotes.
Deus
sustenta os homens, e da-lhes tudo o que necessitam; contudo, o homem
também tem de executar alguma ação. O homem deve trabalhar confiando
que Deus o capacitará e que fará tudo para que tenha as suas
necessidades supridas. O fato de Deus suprir as necessidades do homem
não lhe tira a responsabilidade de trabalhar.
Por
isso no livro de Provérbios vemos o conselho de observarmos as
formigas e de seguirmos o seu exemplo. “Vai ter com a formiga, ó
preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela
chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na
sega, ajunta o seu mantimento.” Pv 6:6-8 Vemos então que o tralhar
é uma forma de o homem de praticar a prudência ensinada pelo Senhor
Jesus. A
fé em Deus deve ser acompanhada de alguma ação da nossa parte.
Devemos confiar que Deus suprirá as nossas necessidades, e não nos
entregarmos a ansiedades porque isso é contrário a vontade de Deus.
A nossa fé em Deus deve fazer-nos afastar toda a ansiedade como nos
ensina o Mestre nos versículos a seguir: “Portanto, não vos
inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: com que nos
vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas;
pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; Mt
6:31-34.
Uma
forma de não dar lugar a ansiedade no nosso coração é focando o
nosso olhar no Senhor Jesus, no seu reino Celeste e na sua vontade.
“buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e
todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:33. Por outras
Palavras se estivermos mais preocupados com a vontade de Deus do que
com a nossas necessidades, não haverá espaço no nosso coração
para ansiedade com coisas materiais. Por outro lado, Deus nos ajudará
nas nossas necessidades.
As
aves também nos ensinam a olhar em todas as direções como atitude
de prudência. Por exemplo os mochos têm a capacidade de olhar de
180 a 360º o que permite avaliar tudo o que está a passar-se a sua
volta. Não devemos ser precipitados nas nossas avaliações e nem
nas atitudes que tomamos.
O
Espírito Santo aconselha-nos a olhar para dois factos que orientaram
a nossa vida: um o cumprimento da promessa de Deus Pai e o envio do
seu Filho Jesus e outro a vinda do nosso Senhor Jesus para buscar a
sua Igreja. No passado podemos ver que Jesus veio e que morreu por
nós e olhando para o futuro podemos ver que a qualquer momento o
Senhor Jesus voltará e que por isso devemos buscar estar dignos para
irmos com o Senhor Jesus.
O
apóstolo na sua epístola aos coríntios ensina-nos que o nosso
Mestre deseja que nos recordemos do que Ele fez por nós e que Ele
voltará para buscar a sua Igreja. “Porque eu recebi do Senhor o
que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi
traído, tomou o pão; e tendo dado graças, o partiu e disse: isto é
o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por
semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice,
dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto,
todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as
vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte
do Senhor, até que ele venha.” 1Co 11:23-26.
Por
isso em todas as igrejas na celebração da Santa Ceia recordamos que
Jesus deu o seu sangue para nos resgatar para Deus e que um dia
voltará para buscar a Igreja. O nosso Mestre exorta-nos a
praticarmos diariamente a nossa confiança em Deus e na sua provisão,
pois Deus sustenta toda a natureza com o seu cuidado e também cuida
de nós que somos a sua criação mais importante.
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