terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Prosseguir no conhecimento de Deus

O conhecimento de Deus e da sua vontade é essencial para que o cristão possa viver uma vida agradável a Deus. Como uma criança vai adquirindo perceção da realidade e vai adquirindo conhecimentos até a vida adulta o cristão precisa adquirir conhecimento de Deus para crescer espiritualmente e para não pecar contra Deus.

Uma das coisas básicas para se adquirir conhecimento de Deus é o temor a Deus. O temor a Deus trás um respeito e veneração a Deus que impede de se fazer aquilo que é errado. Por outro lado, a consciência de que Deus é Todo-Poderoso e que tudo sabe de nós, incluindo os nossos pensamentos, leva também a desejar buscar mais conhecimento para agrada-Lo.

No livro de Provérbios vemos essa peça fundamental no processo de conhecimento de Deus: “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.”Pv 1:7. Esse conhecimento é também procurado quando o cristão apercebe-se da Santidade de Deus e de quanto está longe de Deus por causa da sua natureza pecaminosa.

Quando o cristão dá-se conta do quanto está distante da Santidade de Deus, começa a buscar conhecimento de como agrada-Lo. Então, o cristão começa a moldar a sua forma de pensar, de relacionar-se com os outros e de tomar decisões importantes de acordo com aquilo que sabe do que Deus acha certo e do que acha errado. Ao mesmo tempo tem de deixar de lado a sua carne com as suas concupiscências para aproximar-se daquilo que sabe ser a vontade de Deus.

O nosso Senhor Jesus é o Mestre da Igreja; é Ele quem nos dirige e mostra-nos o que devemos fazer para aproximarmos da santidade de Deus Pai. Contudo para obedecer a Jesus e seguir os seus ensinamentos é necessário abandonar as tendências carnais e negar-nos a nós próprios como vemos no versículo a seguir: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” Mt 16:25.

As situações que tentam derrubar a vida cristã e os seus bons hábitos são constantes. A forma que o cristão tem de se manter firme na fé, e não se deixar levar pelas várias ciladas do inimigo é enraizando-se no conhecimento de Deus; é crescendo no conhecimento. Apenas com o conhecimento de Deus o cristão pode estar preparado para resistir tentações e desafios que possam surgir.

Por isso, o apóstolo Pedro alertando da necessidade de os cristãos terem cuidado para não abandonarem a fé, aconselha a crescer na graça e no conhecimento de Deus. “Vós, pois amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que arrastados pelo erro desses insubordinados, descaias da vossa própria firmeza; antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” 2 Pe 3:17-18.

Deus deseja que cresçamos em maturidade e entendimento acerca do seu amor por nós e da sua vontade para as nossas vidas. Se quisermos viver para Deus temos necessária mente de conhece-Lo. Por isso, Deus ensinou ao seu povo, desde a saída do Egito que precisavam de meditar na sua lei de desenvolverem intimidade com Deus através da oração. Deus ajuda-nos a cada dia com o seu Espírito Santo para nos dar entendimento acerca da sua Palavra e para nos motivar a busca-Lo.

A tenda do encontro

A Bíblia relata que Moisés e outras pessoas quando queriam consultar a Deus recorriam a tenda do encontro. Esta tenda era um lugar fora do arraial e por isso distante das habitações das pessoas. Ali a presença de Deus baixava e Deus falava com Moisés cara a cara. Esta tenda era um lugar de intimidade e revelação da Glória de Deus.

Nos versículos a seguir vemos a descrição da tenda do encontro: “Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la para fora de si, fora, bem longe do arraial; e lhe chamava a tenda da congregação. Todo aquele que buscava ao Senhor saía à tenda da congregação, que estava fora do arraial.” Ex 33:7. Esta tenda era montada num lugar longe da congregação, e por isso não era um lugar onde se ouvisse o barulho das atividades diárias do povo.

Era um privilégio haver um lugar reservado para quem quisesse consultar a Deus. Ali por exemplo Moisés falava tranquilamente com Deus. Hoje com todas as correias que exigem as nossas atividades diárias temos de ter também uma tenda de encontro com Deus, um lugar tranquilo onde podemos orar a Deus ver a sua glória e receber a sua direção.

Esse lugar reservado onde podemos orar a Deus e sentir a sua presença permite construir um relacionamento de intimidade com Deus. Nessa intimidade constrói-se uma amizade que é posta a prova nas várias decisões do dia a dia que temos de tomar. Moisés, por exemplo mostrou-se ser um grande amigo de Deus e Deus o tinha como amigo, falando com ele na tenda do encontro como quem fala com o seu amigo.

Ao longo da travessia do povo de Israel pelo deserto, eles por várias vezes murmuraram contra Deus e mostraram-se ser um povo de dura cerviz. Isso desagradou a Deus; e Deus pensou em não ir mais com o povo ao longo da sua jornada para a terra prometida. Mas Moisés não quis ir tomar posse da terra prometida sem Deus, mesmo tendo Deus prometido que enviaria um anjo que lutaria por eles e lançaria da terra de Canaã os povos que nela habitavam.

Vemos a proposta de Deus ao povo de Israel nos versículos a seguir: “Enviarei o Anjo diante de ti; lançarei fora os cananeus, os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.” Ex 33:2-3.

Moisés amava a Deus e valorizava mais a presença de Deus na sua vida do que os bens materiais que Deus lhes pudesse conceder. Por isso, Moisés não quis tomar posse da terra prometida sem Deus como vemos nos versículos a seguir: “Disse Moisés ao Senhor: Tu me dizes: Faze subir este povo, porém não me deste a saber a quem hás de enviar comigo; contudo, disseste: Conheço-te pelo meu nome; também achaste graça aos meus olhos. Agora, pois, se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça e ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo.(...) Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.” Ex 33:12-13,15.

Moisés queria continuar a conhecer a Deus, desenvolver o seu relacionamento com Ele pois sabia que isso era o mais importante. Mesmo que tivesse todas as bênçãos se não tivesse a presença de Deus na sua vida essas bênçãos não teriam valor. Se não tivesse as bênçãos e Deus estivesse na sua vida, valia a pena porque com Deus ele poderia todas as coisas. Deus era o mais importante na vida de Moisés e deve ser também para nós.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A importância do conhecimento de Deus

Ao longo da história de Israel vemos que o conhecimento sobre Deus era determinante para um bom relacionamento com Deus e para que o povo não vivesse em pecado. Ao sair da terra do Egito, Deus deu através de Moisés, leis que deveriam orientar o povo para que eles tivessem uma vida justa e temente a Deus. As leis morais, civis e cerimoniais deveriam ser meditadas diariamente para que o povo se conduzisse nos caminhos de Deus.

Após a conquista da terra prometida, depois da morte de Josué e de sacerdotes que o conheciam, houve um grande esquecimento da lei de Deus e do que Deus ordenava ao povo para que eles pudessem agrada-Lo. Essa geração de israelitas para além de não conhecer as leis morais do Senhor também não conhecia os grandes feitos que Deus tinha feito para que Israel saísse do Egito e conquistasse a terra prometida.

Podemos ver isso no versículo a seguir: “Foi também congregada a seus pais toda aquela congregação; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor; pois serviram aos baalins.” Jz 2: 10-11.

Esta situação de abandono e desconhecimento da lei do Senhor tornou-se frequente na história de Israel. Por exemplo, depois da divisão de Israel em dois reinos: reino do norte ou Israel e reino do sul ou Judá, houve um esquecimento da lei de Deus por parte dos habitantes do reino do norte e houve um abandono da lei de Deus por parte do reino do sul. Para além disso, houve também adesão a outras religiões pagãs.

O esquecimento ou abandono da lei de Deus fez com que o povo fosse várias vezes alertado por Deus através de profetas para se voltarem para Deus e deixarem os seus pecados. Depois de vários alertas, Deus fez cair o juízo sobre Israel e anos depois sobre Judá. Os grandes impérios daquelas épocas foram instrumento de juízo da parte de Deus, pois cercaram as cidades de Israel e levaram o povo cativo para outros países.

No livro do profeta Oseias vemos que Deus diz que o povo de Israel estava a sofrer porque lhe faltava o conhecimento de Deus das suas leis morais, civis e cerimoniais. Se Israel tivesse conhecimento de tudo o que Deus dissera anteriormente eles teriam percebido que estavam a viver de forma pecaminosa e que seriam punidos por isso.

No versículos seguintes vemos as palavras de Deus, ditas através do profeta Oseias: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Os 4:6

É muito importante o conhecimento de Deus para uma vida santa. Para isso, Deus ensinou que deveriam meditar na sua Palavra diariamente e transmitir esse conhecimento aos filhos para que eles pudessem também conhecer a Deus e viver de forma agradável a Deus.

Nos versículos seguintes vemos as recomendações que Deus deu a Israel juntamente com os mandamentos. “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos. Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossas casas, e andando pelo caminho, deitando-vos e levantando-vos.” Dt 11:18-19.

Se o povo se negligenciasse e esquecesse dos mandamentos de Deus e adorasse ídolos ou praticasse outras abominações, eles seriam culpados dos seus pecados, porque não buscaram o conhecimento de Deus necessário para evitar o pecado. Ainda hoje, os cristãos veem-se muitas vezes em situação idêntica.

Quando nascemos de novo e nos tornamos cristãos somos naturalmente bebés na fé e por isso não temos o conhecimento necessário para viver de forma agradável a Deus. Ao longo da nossa caminhada cristã temos de adquirir conhecimento sobre Deus e sobre o que Ele acha correto e o que acha errado. Essa é uma responsabilidade que Deus nos dá e ao mesmo tempo vai-nos ajudando nessa tarefa através do seu Santo Espírito.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O perigo da incredulidade

A Bíblia ensina-nos que a relação com Deus exige confiança e que esta confiança é testada nos momentos de aflição. Nestes momentos de teste, não devemos fixar a nossa atenção na situação que nos aflige mas sim fixar o nosso pensamento em Deus, e no poder que Ele nos revelou ao longo da nossa vida. Se pensarmos apenas na nossa aflição e nos esquecermos do poder de Deus e de tudo o que Ele fez por nós acabamos por reprovar nesse teste e pecamos contra Deus.

O povo de Israel teve grandes experiências do poder salvador de Deus e ao longo da sua caminhada para a terra prometida e depararam-se com dificuldades que se tornaram em testes da confiança que Eles tinham em Deus. Uma das dificuldades foi quando eles enviaram doze espias para a terra de Canaã e a maioria desses espias voltaram com relatos assustadores que fez o povo duvidar do poder de Deus.

Como vemos nos versículos a seguir esses espias contaram que a terra que iriam conquistar tinham homens de grande estatura, que viviam em cidades fortificadas, e que eles teriam dificuldade em os derrotar. “O povo, porém, que habita nesta terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. (...) E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura.” Nm 13:28,32,

Esses espias que assustaram-se com a estatura dos cananeus esqueceram-se que era Deus quem lutava por eles e que tinham saído do Egito não pelas suas forças mas pelo poder de Deus. Eles mostraram ingratidão e falta de fé; tinha sido Deus quem os tinha conduzido até lá, com milagres seguidos de milagres. Por isso, a atitude de incredulidade dos dez espias, que falaram mal de Canaã desagradou a Deus.

Para além de Josué e Calebe nenhum espia tinha encorajado o povo a prosseguir rumo a promessa da conquista de Canaã. Eles transmitiram ao povo medo e a maioria da congregação ficou apavorada e chorou durante aquela noite e começaram a murmurar contra Deus. Disseram inclusive, que Deus os tinha trazido, não para abençoa-los com um boa terra, mas os fazerem morrer a espada nas mãos dos cananeus.

Vemos isso nos versículos a seguir: “Levantou-se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo chorou naquela noite. Todos os filhos de Israel murmuram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E porque nos trás o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?” Nm 14:1-3.

Deus desagradou-se deles a tal ponto que lhes disse que ninguém com mais de vinte anos entraria na terra de Canaã, exceto Josué e Calebe porque eles tinha perseverado em seguir ao Senhor. Quanto aos dez espias que infamaram a terra de Canaã Deus matou-os com uma praga como podemos ver no versículo a seguir: “Os homens que Moisés mandara espiar a terra e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação contra ele, infamando a terra, esses mesmo homens que infamaram a terra morreram de praga perante o Senhor.” Nm 14:36-37.

O autor da epístola aos hebreus diz-nos que essas coisas que aconteceram com o povo hebreu, ou seja, os castigos que eles sofreram quando murmuravam de Deus servem-nos de aviso para que não duvidemos do poder de Deus e das suas promessas, sob risco de não entrarmos na terra de descanso como muitos dos judeus que murmuraram contra o Senhor Deus.

De seguida vemos as palavras do autor da epístola aos hebreus sobre o assunto: “Visto, portanto, que resta entrarem alguns nele e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas novas, (…) Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.” Hb 4:6,11.

A incredulidade é algo que pode minar a nossa relação com Deus e impedir-nos de progredir na fé. Consequentemente a incredulidade pode também ser um obstáculos para algumas coisas que Deus deseja efetuar na nossa vida. Devemos deixar de lado aquilo que os nossos sentidos captam a sobre o que se passa a nossa volta e confiar em Deus e nas suas promessas.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Paciência do sofrimento

A vida cristã apesar de ser regida por normas e de muita coisa do que acontece ser fruto de alguma atitude nossa, existem muitas coisas que acontecem sem esperarmos, e que não são fruto de nenhum pecado ou falta que tenhamos cometido. Essas situações para nós são imprevisíveis, embora Deus tenha controle sobre elas, e as vezes podem trazer algum sofrimento.

Um exemplo da Bíblia de alguém que sofreu sem ter cometido nenhum pecado, que explicasse tanto sofrimento, foi Jó. Os seus filhos morreram todos, e da mesma forma todo o seu gado e outros bens que possuía. Apesar de todo o sofrimento Jó manteve a sua posição como servo fiel e temente a Deus e nunca se revoltou nem blasfemou.

O apóstolo Tiago fala-nos sobre a paciência de Jó na sua epístola: “Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo.” Tg 5:11. Aqueles que perseveram firmes no temor do Senhor durante o seu sofrimento são bem-aventurados. A estes o Senhor recompensará da mesma forma como recompensou a Jó.

A paciência pode ser definida como uma atitude na qual existe autocontrole ou domínio próprio; é a atitude de calma e concentração perante uma situação desagradável ou de incómodos vários. O antónimo de paciência é irritação, impaciência, agitação. Perante um sofrimento ou agimos com paciência ou agimos com irritação e inconformismo. Devemos procurar ser pacientes pois Deus ensina-nos que devemos fugir da ira, e de toda a irritação.

No versículo a seguir vemos o conselho que o Espírito Santo dá-nos através do seguinte versículo de Salmos: “Descansa no Senhor e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios. Deixa a ira, e abandona o furor; não te impacientes; certamente isso acaba mal.” Sl 37:7-8.

Jó, por exemplo, foi desafiado pela mulher, a mostrar ira contra a situação em que se encontrava. Ela tentou convencer-lhe a blasfemar contra Deus por toda a calamidade que sofreu, mas ele foi paciente mostrando domínio próprio e continuou mostrando fé no Deus a quem tinha servido ao longo da sua vida.

No versículo a seguir vemos as palavras da mulher de Jó e a resposta que ele lhe deu: “Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” Jó 2:9-10.

O livro de Jó mostra-nos que Deus se agrada que mostremos paciência quando estamos em algum sofrimento. Não devemos irritar-nos, nem ficar desassossegados mas sim exercitar o domínio próprio e perseverar na fé e na obediência a Deus. Devemos seguir o conselho do apóstolo Paulo que vemos a seguir: “regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração perseverantes;” Rm 12:12.

A paciência também é sinónimo de longanimidade, um dos componentes do fruto do Espírito Santo. Deus deseja assemelhar-nos ao seu Filho Jesus Cristo e por isso deseja fazer brotar todas as componentes do fruto do Espírito Santo. Por isso, podemos dizer que o Espírito Santo deseja tornar-nos longânimos da mesma forma como o Senhor Jesus era.

O apóstolo Pedro fala-nos da forma longânima como Jesus reagia perante os sofrimentos, como vemos no versículo a seguir: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em nosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achava em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,” 1Pe 2:21-23.

Por tudo isso, todos os cristãos são chamados a seguir o exemplo de Jesus Cristo, a não reagir com irritação e vontade de vingança perante os sofrimentos, mas sim reagir com paciência. Se formos insultados não precisamos de responder com insultos, se formos injustiçados não devemos pensar em vingança. O Espírito Santo deseja fazer nascer em nós a mesma longanimidade que existia no Senhor Jesus e por isso devemos dar espaço para que Ele possa fazer essa obra na nossa vida.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Agindo Deus quem impedirá?

A Bíblia por várias vezes demonstra que Deus é Todo-Poderoso e que controla a vida de todos os homens, seja dos poderosos, seja dos pobres e desconhecidos. Por várias vezes, Deus agiu em favor dos filhos de Israel e não houve nada que o homem pudesse fazer para impedir o seu agir.

Deus é eterno, e os céus e a terra foram criados pelo poder da sua palavra. O próprio homem foi criado por Deus e como vemos, no versículo a seguir, quando Deus age ninguém o pode impedir: “Ainda que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” Is 43:13.

Moisés e o povo de Israel foram testemunhas do poder salvador de Deus. Agindo Deus em favor da nação de Israel nem o poderoso Faraó que governava o Egipto naquela altura, pode impedir a saída do povo de Israel do Egito. Deus convenceu o Faraó e o povo egípcio que a melhor opção era deixar ir o povo de Israel. Isto aconteceu com as várias pragas que Deus fez cair sobre os egípcios.

Apesar do poderoso exercito que acompanhava o Faraó, com o objetivo de alcançar o povo e de o trazer o povo de volta, ele não conseguiu apanhar os israelitas para traze-los de volta a escravidão. Deus agiu em favor de Israel e abriu o mar vermelho para que eles passassem e depois, Deus fechou o mar vermelho para que o exercito egípcio fosse impedido de passar também pelo meio do mar vermelho.

Podemos ver isso nos versículos a seguir: “Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram qual muro à sua direita e a sua esquerda. Os egípcios que os perseguiam entraram atrás deles, todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavalarianos, até ao meio do mar. (...)Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o mar, ao romper da manhã, retomou a sua força; os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar.” Ex 14: 22-23, 27.

A salvação de Deus não se limita aos assuntos desta vida. Deus também salva a humanidade da condenação eterna no inferno, através do seu Filho Jesus Cristo. Sabemos que o homem é pecador e que nada pode fazer para que se torne digno de estar na presença de Deus. Por isso, Deus pela sua enorme Graça deu-nos uma forma de os nosso pecados serem perdoados e de pudermos ter um lugar no céu ao seu lado.

O nosso Deus diz-nos isso no versículo seguinte do livro do profeta Isaías: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.” Is 43:25. Deus voluntariamente apagou as nossas transgressões quando deu o seu Filho, o Senhor Jesus, na cruz do Calvário, para que pagasse o preço dos pecados de toda a humanidade.

Qualquer pecador, por mais grave que tenha sido os seus pecados, pode ser alvo da salvação de Deus. Isto porque Deus é misericordioso, e apenas Ele tem nas suas mãos o poder de salvar a alma do homem. Como nos diz os versículos a seguir, nada nem ninguém nos pode separar do amor e da salvação que Deus nos oferece. “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” Rm 8:31-33.

Nada neste mundo pode separar-nos do amor de Cristo, e das bênçãos que Deus tem para nós; nem a tribulação, perseguição, fome nem nudez. “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angustia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo ou espada? Rm 8:35. Deus é Todo-Poderoso e ninguém nos pode arrancar das sua mãos.

Devemos a cada dia confiar em Deus e focar-nos na sua vontade porque se andarmos nos seus caminhos Ele cuidará de nós, nos protegerá e além disso se Deus agir em nosso favor nada pode impedir a sua ação nas nossas vidas. Podemos descansar pois Ele deseja o melhor para nós e sabe qual é o melhor caminho em que devemos andar.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O Espírito que estava em Moisés


Moisés foi um grande líder do povo de Israel que deixou um testemunho incrível pela forma como se manteve firme no propósito de liderar o povo na sua saída do Egipto e depois na liderança do povo em direção a terra de Canaã. Moisés tornou-se portanto, uma referência para todos os cristãos, pela forma mansa como deixava-se conduzir por Deus e pelos grandes milagres que Deus fez através dele.


Como sabemos, um grande líder de Deus precisa de alguns requisitos; e podemos ver pela vida de Moisés que para se ser um bom servo de Deus é necessário uma grande unção. Por outras palavras, é necessário que o Espírito Santo esteja sobre a vida do servo para que ele possa deixar-se ser conduzido humildemente por Deus, como Moisés e também para ser instrumento de grandes milagres.

 
No livro de Números podemos ver que sobre Moisés existia uma grande presença do Espírito Santo que o capacitava a liderar o povo de Israel. A presença do Espírito Santo era tal que que quando Moisés precisou de ajuda de pessoas que pudessem governar o povo com ele, Deus retirou do Espírito Santo que estava sobre ele e pôs sobre setenta anciãos, para que eles pudessem auxiliar a Moisés na liderança do povo.

 
Podemos ver nos versículos seguintes a forma como Deus colocou sobre os setenta anciãos o Espírito que estava em Moisés: “Disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos e superintendentes do povo; e os trarás perante a tenda da congregação, para que assistam contigo. Então, descerei ali falarei contigo; tirarei do Espírito que está sobre ti e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que não a leves tu somente.” Nm 11:16-17.


A presença do Espírito Santo era determinante na vida de líder de Moisés e era também determinante para os cristãos da Igreja Primitiva. Por isso, Jesus ordenou que os discípulos aguardassem a descida do Espírito Santo em Jerusalém e depois então testemunhassem o Seu Nome em toda parte. Vemos isso a seguir: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” At 1:8.


Em outra ocasião da vida de Moisés descrita também em Números vemos que o que tornava possível a Moisés liderar uma nação como Israel era a Unção do Espírito Santo que estava sobre ele. Quando Deus decidiu que Josué iria liderar o povo de Israel no lugar de Moisés, Deus para capacitar a Josué nesta grande tarefa mandou a Moisés impor a mão sobre Josué para que O Espírito Santo que estiva em Moisés passasse para Josué e assim toda a congregação obedecesse a Josué.


Podemos ver isso nos versículos seguintes: “Então, disse o Senhor a Moisés: Toma para ti a Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e põe a tua mão sobre ele. E apresenta-o perante Eleazer, o sacerdote, e perante toda a congregação, e dá-lhe mandamentos aos olhos deles, e põe sobre ele da tua glória, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel.” Nm 27:18-20.

 
Servir a Deus e liderar é algo que o homem apenas consegue fazer com a capacitação do Espírito Santo. Quanto mais espaço dermos ao Espírito Santo, como Josué fazia, mais Deus pode nos controlar e por isso podemos servir mais a Deus. Josué era com ajudante fiel de Moisés e por isso teve também de obedecer a Deus. Na altura em que Moisés ia ser levado deste mundo, Josué era declaradamente um homem em quem havia o Espírito de Deus. Por isso, ele pôde ser mais cheio do Espírito Santo e usado para liderar o Povo de Israel no lugar de Moisés.