sexta-feira, 3 de março de 2017

A mente e a maturidade cristã


A maturidade cristã tem como modelo o próprio Senhor Jesus, pois o nosso Mestre viveu entre nós como homem e desenvolveu-se a nível físico, mental, social e espiritual. Da mesma forma a maturidade cristã pode ser vista em quatro planos: o plano físico, mental, social e espiritual. O objetivo da vida cristã em termos de maturidade é atingir a maturidade nestas quatros áreas da vida.


No livro de Lucas vemos a referência do desenvolvimento de Jesus Cristo: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” Lc 2: 52. Como maturidade podemos entender o estado de plenitude do desenvolvimento, que se atinge quando se está completamente crescido.


Por esse mesmo motivo, a plenitude do desenvolvimento, apenas pode ser encontrada em Jesus Cristo. Os cristãos, a medida que vivem a sua fé em Cristo, crescem em direção a estatura de Cristo, e devem ter como objetivo aproximarem-se o máximo possível da plenitude de Jesus Cristo.


Da mesma forma, o apóstolo Paulo fala-nos em Efésios, como vemos a seguir, que Deus constituiu diferentes funções na Igreja para que todos cheguem a unidade da fé, a perfeita varonilidade, à medida da estatura, da plenitude de Cristo. “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” Ef 4: 11-13.


Uma das áreas mais importantes da maturidade, e que deve ser buscada com empenho, é a maturidade mental. Isto porque é da mente de onde partem todas as atitudes do homem. Se o que estiver na mente não for bom, as atitudes ficam corrompidas. O nosso Senhor Jesus diz-nos que todas as coisas más vêm do coração, ou da mente. “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfémia, a soberba, a loucura.” Mc 7:21-22.


Por isso não podemos deixar coisas más permanecerem no nosso pensamento, pois, se não, abrimos as portas para o pecado na nossa vida. O apóstolo Paulo diz-nos na sua segunda epístola aos coríntios que a nossa forma de lutar contra o pecado e contra o inimigo da nossa alma, é vigiando a nossa mente, e destruindo todas as ideias que não proveem de Deus, e levando todo o pensamento contrário a Palavra de Deus cativo, em direção a nossa obediência a Palavra de Deus.


Vemos as palavras do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo,” 2 Co 10:4-5.

 
Para além de não devermos deixar entrar maus pensamentos na nossa mente, devemos encher a nossa mente com a Palavra de Deus e com coisas boas, justas, edificantes, que nos levem a fazer coisas com boa fama. Este foi o conselho do apóstolo Paulo aos Filipenses, como vemos seguir: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há, e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Fp 4:8.
 

O nosso Senhor, enquanto esteve na terra demostrou ser Santo, totalmente puro, e que Nele não havia malícia, apenas bondade, benignidade, misericórdia e justiça. Devemos a cada dia lutar para sermos semelhantes ao nosso Mestre e para termos uma mente pura, com bons pensamentos, cheios de benignidade, bondade, misericórdia e justiça.

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