A
maturidade cristã tem como modelo o próprio Senhor Jesus, pois o
nosso Mestre viveu entre nós como homem e desenvolveu-se a nível
físico, mental, social e espiritual. Da mesma forma a maturidade
cristã pode ser vista em quatro planos: o plano físico, mental,
social e espiritual. O objetivo da vida cristã em termos de
maturidade é atingir a maturidade nestas quatros áreas da vida.
No
livro de Lucas vemos a referência do desenvolvimento de Jesus
Cristo: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de
Deus e dos homens.” Lc 2: 52. Como maturidade podemos entender o
estado de plenitude do desenvolvimento, que se atinge quando se está
completamente crescido.
Por
esse mesmo motivo, a plenitude do desenvolvimento, apenas pode ser
encontrada em Jesus Cristo. Os cristãos, a medida que vivem a sua fé
em Cristo, crescem em direção a estatura de Cristo, e devem ter como
objetivo aproximarem-se o máximo possível da plenitude de Jesus
Cristo.
Da mesma forma, o apóstolo Paulo fala-nos em Efésios, como vemos a
seguir, que Deus constituiu diferentes funções na Igreja para que
todos cheguem a unidade da fé, a perfeita varonilidade, à medida da
estatura, da plenitude de Cristo. “Ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros
para pastores e mestres, com vista ao aperfeiçoamento dos santos
para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de
Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno
conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da
estatura da plenitude de Cristo.” Ef 4: 11-13.
Uma das áreas mais importantes da maturidade, e que deve ser
buscada com empenho, é a maturidade mental. Isto porque é da
mente de onde partem todas as atitudes do homem. Se o que estiver na
mente não for bom, as atitudes ficam corrompidas. O nosso Senhor
Jesus diz-nos que todas as coisas más vêm do coração, ou da mente.
“Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus
desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os
adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja,
a blasfémia, a soberba, a loucura.” Mc 7:21-22.
Por
isso não podemos deixar coisas más permanecerem no nosso
pensamento, pois, se não, abrimos as portas para o pecado na nossa
vida. O apóstolo Paulo diz-nos na sua segunda epístola aos
coríntios que a nossa forma de lutar contra o pecado e contra o
inimigo da nossa alma, é vigiando a nossa mente, e destruindo todas
as ideias que não proveem de Deus, e levando todo o pensamento
contrário a Palavra de Deus cativo, em direção a nossa obediência
a Palavra de Deus.
Vemos
as palavras do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Porque as
armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus,
para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que
se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o
pensamento à obediência de Cristo,” 2 Co 10:4-5.
Para
além de não devermos deixar entrar maus pensamentos na nossa mente,
devemos encher a nossa mente com a Palavra de Deus e com coisas boas,
justas, edificantes, que nos levem a fazer coisas com boa fama. Este
foi o conselho do apóstolo Paulo aos Filipenses, como vemos seguir:
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há, e se algum
louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Fp 4:8.
O
nosso Senhor, enquanto esteve na terra demostrou ser Santo, totalmente
puro, e que Nele não havia malícia, apenas bondade, benignidade,
misericórdia e justiça. Devemos a cada dia lutar para sermos semelhantes
ao nosso Mestre e para termos uma mente pura, com bons pensamentos, cheios
de benignidade, bondade, misericórdia e justiça.
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