quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Fascinação pelas riquezas

A palavra de Deus é como uma semente plantada nos corações daqueles que a ouvem. Por isso, o nosso Jesus descreveu quatro perfis de pessoas que ouvem a Palavra de Deus, e o efeito da mesma nos seus corações. Um dos quatro tipos de pessoas, por possuírem espinhos nos seus corações, quando a Palavra é semeada nos seus corações cresce, mas os espinhos crescem também e sufocam a Palavra nos seus corações.
 
Estas pessoas ouvem a Palavra, contudo a Palavra não chega a frutificar porque os espinhos que existem no seu coração sufocam o crescimento da Palavra e impedem que dê fruto. Podemos ver a descrição do Senhor Jesus sobre este grupo de pessoas: "Os outros semeados entre espinhos, são os que ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra ficando ela infrutífera.” Mc 4: 18-19.

Os espinhos que sufocam a Palavra nos corações dos que ouvem a Palavra de Deus, são os cuidados do mundo, a fascinação pelas riquezas e outras ambições intelectuais e sociais que possam haver no coração da pessoa. Os cuidados do mundo, são as preocupações com as coisas normais do dia a dia: como aquilo que precisamos para comer, para beber, a necessidade de casar, de construir casas, e outras coisas normais para a sobrevivência humana.

Contudo, quando a pessoa preocupa-se mais com as coisas necessárias para o dia do que com a Palavra de Deus e a sua vontade, a sua mente fica demasiado centrada nessas coisas e não tem mais espaço no seu coração para se dedicar a vontade de Deus.


Por outro lado a fascinação pelas riquezas, enche totalmente os olhos e o coração daquele que a sente, e faz com que o foco da pessoa torne-se apenas o conquistar riquezas e desfrutar os prazeres da vida humana. Assim, a pessoa deixa de ter disposição para preocupar-se com as necessidades das outras pessoas e não partilha o que tem com os outros que estão a sua volta.


O Espírito Santo deseja usar cada cristão para abençoar as outras vidas a nossa volta e deseja que estejamos prontos para repartir o que temos com os outros. Por isso, uma das grandes características da Igreja Primitiva, que era cheia do Espírito Santo, era a partilha entre os irmãos dos bens que dispunham, a ponto de colocarem a disposição dos apóstolos os bens que possuíam de forma a serem distribuídos a medida que alguém tivesse necessidade.


Quando existe uma grande preocupação com as coisas necessárias para o dia a dia e uma fascinação pelas riquezas, e por tudo o que ela proporciona, o cristão deixa de dar liberdade ao Espírito Santo para conduzi-lo em direção as necessidades dos outros. E assim, a vivência do amor como o nosso Senhor Jesus nos ordena fica limitada, porque essas preocupações têm um efeito sufocador da Palavra que foi plantada nos seus corações.


Por isso o apóstolo João nos aconselha a não amarmos o mundo, a não dirigirmos todos os nossos esforços na conquista de bens materiais, estatuto social, e prazeres diversos da vida humana. Vemos isso no versículo a seguir: " Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo." 1Jo 2:15-16.


O nosso Senhor Jesus, assim como o Pai Celeste e o Espírito Santo, deseja que amemos a Deus e que nos preocupemos com a sua vontade acima dos nossas necessidades, dos nossos desejos e acima de todas as pessoas que existem na nossa vida. Isto para que possamos frutificar, ou seja, praticar boas obras, desenvolver o caracter cristão e  praticar toda a vontade de Deus para a nossa vida.

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