A palavra de Deus é como uma
semente plantada nos corações daqueles que a ouvem. Por isso, o
nosso Jesus descreveu quatro perfis de pessoas que
ouvem a Palavra de Deus, e o efeito da mesma nos seus corações.
Um dos quatro tipos de pessoas, por possuírem espinhos nos seus
corações, quando a Palavra é semeada nos seus corações cresce,
mas os espinhos crescem também e sufocam a Palavra nos seus
corações.
Estas pessoas ouvem a
Palavra, contudo a Palavra não chega a frutificar porque os espinhos
que existem no seu coração sufocam o crescimento da Palavra e
impedem que dê fruto. Podemos ver a descrição do Senhor Jesus
sobre este grupo de pessoas: "Os outros semeados entre espinhos, são
os que ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a fascinação da
riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra
ficando ela infrutífera.” Mc 4: 18-19.
Os espinhos que
sufocam a Palavra nos corações dos que ouvem a Palavra de Deus,
são os cuidados do mundo, a fascinação pelas riquezas e outras
ambições intelectuais e sociais que possam haver no coração da
pessoa. Os cuidados do mundo, são as preocupações com as coisas
normais do dia a dia: como aquilo que precisamos para comer, para
beber, a necessidade de casar, de construir casas, e outras coisas
normais para a sobrevivência humana.
Contudo, quando a
pessoa preocupa-se mais com as coisas necessárias para o dia do que
com a Palavra de Deus e a sua vontade, a sua mente fica demasiado
centrada nessas coisas e não tem mais espaço no seu coração
para se dedicar a vontade de Deus.
Por outro lado a
fascinação pelas riquezas, enche totalmente os olhos e o coração
daquele que a sente, e faz com que o foco da pessoa torne-se apenas o
conquistar riquezas e desfrutar os prazeres da vida humana. Assim, a
pessoa deixa de ter disposição para preocupar-se com as
necessidades das outras pessoas e não partilha o que tem com os
outros que estão a sua volta.
O Espírito Santo
deseja usar cada cristão para abençoar as outras vidas a nossa
volta e deseja que estejamos prontos para repartir o que temos com os
outros. Por isso, uma das grandes características da Igreja
Primitiva, que era cheia do Espírito Santo, era a partilha entre os
irmãos dos bens que dispunham, a ponto de colocarem a disposição dos
apóstolos os bens que possuíam de forma a serem distribuídos a
medida que alguém tivesse necessidade.
Quando existe uma
grande preocupação com as coisas necessárias para o dia a dia e
uma fascinação pelas riquezas, e por tudo o que ela proporciona, o
cristão deixa de dar liberdade ao Espírito Santo para conduzi-lo em
direção as necessidades dos outros. E assim, a vivência do amor
como o nosso Senhor Jesus nos ordena fica limitada, porque essas
preocupações têm um efeito sufocador da Palavra que foi plantada
nos seus corações.
Por isso o apóstolo
João nos aconselha a não amarmos o mundo, a não dirigirmos todos
os nossos esforços na conquista de bens materiais, estatuto social, e prazeres
diversos da vida humana. Vemos isso no versículo a seguir: " Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo." 1Jo 2:15-16.
O nosso Senhor Jesus,
assim como o Pai Celeste e o Espírito Santo, deseja que amemos a
Deus e que nos preocupemos com a sua vontade acima dos nossas
necessidades, dos nossos desejos e acima de todas as pessoas que
existem na nossa vida. Isto para que possamos frutificar, ou seja,
praticar boas obras, desenvolver o caracter cristão e praticar toda a vontade
de Deus para a nossa vida.
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