segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A gaguez de Moisés


Moisés foi um grande profeta, um grande homem de Deus que ficou na história do povo de Israel por ter liderado Israel na sua e saída do Egito. Moisés também foi o intermediário pelo qual Deus deu ao povo de Israel as luas leis, e por isso muitas vezes, a lei de Deus é referida como a lei de Moisés. Apesar de ser um grande homem de Deus, Moisés era gago, mas isso não foi fator de impedimento para que Deus usar Moisés para libertar o povo de Israel da escravidão.

A gaguez é uma perturbação da fluência verbal, e perturba grandemente a comunicação porque apesar de a pessoa saber o que quer dizer, o seu discurso é caraterizado por repetições e prolongamentos, pausas não esperadas e por bloqueios em que o som fica interrompido. Moisés sofria deste problema.
 
Moisés quando esteve perante Deus no deserto e ouviu a ordem do nosso Deus para que fosse ao Egito e falasse a Faraó para que deixasse o seu povo partir em liberdade do Egito, Moisés referiu que era gago, ou seja, pesado de língua e de boca e que por isso, seria melhor Deus enviar outro homem.
 
Podemos ver estes argumentos de Moisés para negar a chamada de Deus para o seu serviço no versículo seguinte: “Então, disse Moisés ao Senhor: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua”. Ex 4:10.

Moisés refere que anteriormente era gago e que mesmo depois de falar com o Senhor Deus continuava gago. Provavelmente Moisés sentia-se constrangido com a ideia de estar perante a corte de Faraó e falar para um tão grande número de pessoas sendo gago.

Deus não viu a limitação de Moisés como um impedimento para realizar a sua vontade, pois o que era mais importante era o coração de Moisés e a sua disponibilidade para amar a Deus e ao povo que iria liderar. Para ajudar a Moisés Deus indicou a Arão, irmão de Moisés para auxilia-lo quando tivesse que falar perante o Faraó e ao povo de Israel.

Moisés apesar de ser um grande líder mostrou-se sempre manso para com Deus, por outras palavras Moisés obedecia sempre a Deus, mostrando-se sempre um homem brando e pacífico, e não achava-se melhor do que as pessoas do povo que liderava. Por diversas vezes o povo de Israel pecou contra o Senhor e Moisés intercedeu por eles encarecidamente, preferindo até ser castigado em vez desta nação.

Podemos ver no versículo seguinte, a grande humildade e amor de Moisés, pois para além de não achar-se mais santo e mais merecedor de ir a terra prometida, amava o povo de Israel de tal forma que disse a Deus que se o povo de Israel não fosse perdoado preferir ser riscado do Livro da Vida e perder a sua vida eterna com Deus. “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro da vida que escreveste.” Ex 32:32.

 
Moisés demonstrava assim o seu amor pelo povo de Israel, e a sua humildade, pois apesar de ter estado várias vezes face a face com Deus não se achava melhor do que os outros, e não condenava o povo quando eles pecavam, mas sim intercedia encarecidamente junto ao Pai Celeste.

Para além de ser manso, e deixando-se conduzir para onde quer que Deus mandasse, Moisés também era totalmente dependente de Deus e não queria ir a lado nenhum, mesmo para a terra prometida, sem a presença de Deus. “Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.” Ex 33:14.

Por isso, o problema da fala de Moisés não consistia um problema real para o serviço que Deus indicou a Moisés, porque ele tinha um coração manso e humilde e cumpria com amor tudo o que Deus lhe ordenara. Deus inclusive, considerou Moisés o homem mais manso da terra. “Era varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.” Nm 12:3.
 
Por estes motivos não devemos preocupar-nos com as nossas deficiências físicas quando Deus nos manda servi-lo porque o mais importante não é a nossa capacidade de oratória, ou inteligência, mas sim a nossa mansidão e humildade perante Deus, pois é isso que Deus necessita para conduzir-nos para onde quer que Ele desejar.

domingo, 30 de outubro de 2016

O maná


Durante a travessia do povo de Israel no deserto eles foram alimentados sobrenaturalmente por Deus. Deus enviava diariamente maná do céu, que era como a semente de coentro, branco e tinha sabor de bolos de mel. Enquanto o povo de Israel não chegava a terra prometida eles foram alimentado por Deus com este maravilhoso alimento.

Deus mostrou o seu grande poder enquanto libertou a povo de Israel da escravidão do Egito. A nação do Egito foi atingida por diversas pragas e no final, todos os primogénitos dos egípcios forma mortos incluindo a primogénito de Faraó. Com tanta destruição causada pelas pragas, o Faraó decidiu deixar o povo de Israel sair do Egito.

No deserto, enquanto os alimentos escassearam, todo o povo de Israel murmurou contra Deus e desejou voltar para a escravidão do Egito, por causa dos alimentos que lá tinham. Depois de tantas manifestações do poder de Deus, eles quiseram abandonar a promessa da terra prometida por causa de simples alimentos.

As palavras do povo de Israel demonstraram ingratidão e incredulidade, como vemos a seguir: “disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos sentados juntos as panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.” Ex 16:3.

Como Deus é um Deus cheio de misericórdia e apesar de o povo de Israel ter pecado e duvidado do cuidado de Deus para com eles, Ele disse a Moisés que faria chover pão do céu como vemos a seguir: “Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão do céu, e o povo sairá e recolherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha a prova se anda na minha lei ou não.” Ex 16:4.
 
Deus pôs a prova a obediência do povo de Israel as sua ordens, pois o povo de Israel teria de colher o maná a cada manhã e não poderia guarda-lo. Caso tentassem guardar o maná ele se estragaria, ficando cheio de bichos e cheirando mal. Ao mandar o povo apanhar o maná a cada manhã, Deus também tencionava ensinar o povo de Israel a não preocuparem-se com o dia seguinte e a confiarem em Deus e na sua provisão.
 
Como o nosso Senhor Jesus nos ensinou com a oração do Pai nosso, o Pai Celeste desejava que a cada dia eles confiassem na provisão de Deus, e que não ficassem ansiosos com o dia de amanhã. Deus deseja que também hoje confiemos na sua provisão e que Lhe peçamos o pão de cada dia como nos ensina o nosso Senhor Jesus no versículo seguinte: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; (…) o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;”Mt 6:9,11.

Apesar de nos ensinar a pedir o pão de cada dia o nosso Senhor Jesus deseja que tenhamos um rumo firme para a nossa vida, da mesma forma que o povo de Israel tinha um rumo bem definido enquanto caminhava no deserto e era alimentado pelo maná de Deus. O povo de Israel caminhava rumo a terra de Canaã; a terra de manava leite e mel, e onde podiam ter uma vida em liberdade e alimentarem-se com fartura.
 
Devemos ser gratos a Deus pelo maná do céu que Ele nos envia enquanto caminhamos rumo a terra prometida. Pois Deus é benigno e misericordioso e nos ama com um amor eterno. Devemos agradecer o seu amor por nós, por nos desejar abençoar e nos conduzir para que possamos estar eternamente com Ele no céu.

sábado, 29 de outubro de 2016

As qualidades interiores de Davi


O profeta Davi é um dos homens descritos na Bíblia que teve grande importância para Deus, a ponto de Deus ter escolhido a sua linhagem para fazer parte dos ascendentes do Senhor Jesus Cristo. Davi é também descrito na Bíblia como um homem segundo o coração de Deus.


No primeiro livro do profeta Samuel vemos que Davi era o filho mais novo de Jessé e que foi escolhido por Deus para ser rei de Israel. As qualidades que fizeram o nosso Deus escolher Davi não foram qualidades exteriores como a beleza física mas sim o seu coração.


No versículo seguinte vemos que Deus refere que não vê como os homens veem, mas sim olha para o coração. “Porém, o Senhor disse a Samuel: não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor o coração.” 1Sm 16:7.


Davi era conhecido como um homem sisudo de palavras, ou seja, era um homem prudente e sensato no que dizia; qualidade que refletia também a sua forma de pensar a vida. Podemos dizer por isso, e pelo que vemos nos salmos, que Davi também pensava de forma prudente e sensata sobre os assuntos vida.


Mas para além de demonstrar prudência nas suas palavras, Davi também era circunspecto, um homem dado a meditação sobre Deus, sobre a vida dos homens e sobre o reino dos céus. Podemos ver a forma como Davi era atento, a as questões como a retidão exigida ao homem, a natureza, e todas as obras das mãos de Deus em vários salmos.


O salmos 15 podemos ver a meditação de Davi sobre que tipo de homem teria condições para habitar no céu. “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com a sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho;” Sl 15: 1-3.


No salmos 19 vemos como Davi contempla a glória de Deus nos céus e em todo o firmamento. “ Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.” Sl 19:1-2


Apesar de ser um homem prudente, e circunspecto Davi também era um homem de guerra, corajoso, capaz de enfrentar qualquer perigo. Em várias ocasiões Davi enfrentou feras para defender o seu rebanho e quando soube que um filisteu, chamado Golias zombava do povo de Deus, dispôs-se a enfrentar o Golias pois considerava que ele estava a enfrentar o povo do Deus vivo.


Estas qualidades de Davi fizeram com que ele fosse escolhido por Saúl para ser escudeiro, alguém muito próximo do rei Saúl que ia auxilia-lo em várias questões, inclusive carregar o seu escudo quando fosse a batalha. Para além de ser destemido e um guerreiro, Davi era um homem que se notava que Deus estava com ele


No versículos seguintes vemos como descreveram Davi a Saúl e a forma como Saúl se agradou dele tornando-o seu escudeiro. “Então, respondeu um dos moços e disse: Conheço um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras e de boa aparência; e o Senhor é com ele.(...) Saúl mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois me caiu em graça.” 1Sm 16:18,22.


Sem dúvida, a maior qualidade de Davi era o seu amor a Deus, e o seu interesse em praticar o que era justo perante Deus. Ao longo dos vários salmos vemos que Davi amava a justiça e a obediência a Deus e afastava-se daquilo que não era bom perante Deus.


O amor de Davi a Deus era tão grande que mesmo sendo perseguido e ameaçado por Saúl não quis levantar a mão contra ele porque este era um ungido de Deus. Nesta ocasião Davi mostrou amar mais a Deus do que a própria vida, pois deixou Saúl ir em paz quando teve ocasião de mata-lo e ver-se livre da ameaça que Saúl era para a sua vida.


Davi é um exemplo para todos os cristãos pelo seu carácter e também pela sua perseverança em amar mais a Deus do que a promessa de Deus para a sua vida, que era ser rei de Israel. Davi, meditava em Deus, nas suas obras, nas sua glória e no reino dos céu, e mostrava-se humilde perante Deus. Devemos imita-lo nestas qualidades e perseverar em caminhar com Deus.

domingo, 23 de outubro de 2016

Davi, o ungido de Deus


O profeta Davi é conhecido pelos seus grandes feitos, sobretudo por ter enfrentado o gigante Golias apenas com cincos pedras e por ter-se tornado rei de Israel. Apesar de ser um homem de bom carácter, os seus atos não se deveram apenas ao seu coração mas sobretudo a unção que recebeu quando foi ungido rei de Israel pelo profeta Samuel.


No primeiro livro do profeta Samuel vemos que a partir do dia em que o profeta Samuel ungido a Davi, o Espírito Santo se apossou dele. Vemos isso no versículo seguinte: “Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio dos seus irmãos; e daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi. Então Samuel se levantou e foi para Ramá.” 1Sm 16:15.


Foi o Espírito Santo quem capacitou a Davi a realizar os feitos que estão descrito na Bíblia, como matar feras, enfrentar Golias e ser um grande guerreiro. Quando Davi enfrentou a Golias, foi munido de apenas cinco pedras lisas do ribeiro e não levou as armaduras e espadas que Saul lhe oferecera.


Nos versículos seguintes vemos como Davi se muniu de pedras para enfrentar o temível Golias. “Tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no alforje de pastor, que trazia, a saber, no surrão; e lançando mão da sua funda, foi-se chegando ao filisteu.” 1Sm 17:40.


Para além disso, Davi não achava que ia enfrentar o Golias com as suas forças mas sim na capacitação e no nome do Senhor, o que mostra que estava revestido do Espírito Santo quando enfrentou o Golias. “Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.”1 Sm 17:45.


Davi também acrescenta que toda a multidão presente saberia que o Senhor salva, sem espada, e sem lança porque o Senhor é quem era o Senhor da guerra, e era Senhor quem o ia entregar os filisteus nas mãos do povo de Israel. “Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, ele vos entregará nas nossas mãos.” 1Sm 17:47.


Com a capacitação do Espírito Santo Davi consegui derrotar ao gigante Golias apenas com uma pedra. Depois de o derrotar Davi tomou a providência de cortar a cabeça do Golias com a sua própria espada e assim todos do exército filisteu ficaram apavorados e fugiram dos israelitas. Desta forma Deus entregou os filisteu nas mãos dos israelitas.


 
Para além de o Espírito Santo lhe dar ousadia e coragem para enfrentar grandes perigos, também dirigiu a Davi a amar a Deus mais do que a sua vida, como Davi demonstrou ao poupar a vida do seu grande inimigo Saúl, que o perseguia ferozmente. A capacidade de renegar a vingança e colocar Deus em primeiro foi-lhe dada pelo Espírito Santo.

No primeiro livro Samuel vemos como Davi preferiu por duas vezes temer a Deus e não matar a Saúl do que acabar com a ameaça que Saúl representava para a sua vida. Numa dessas ocasiões Davi disse o seguinte: “O Senhor me guarde de que eu estenda a mão contra o seu ungido; agora porém, toma a lança que está a sua cabeceira e a bilha de água, e vamos-nos.” 1Sm 26:11. Davi colocava a Deus a cima de todas as coisas e por isso não quis levantar a mão contra o Saúl que era ungido de Deus.


Davi também mostrava ser um profeta de Deus nos seus salmos inspirados pelo Espírito Santos. Nestes salmos vemos muitas profecias sobre o nosso Senhor Jesus o redentor de Israel. (Sl 22:1). A presença do Espírito Santo na vida de Davi fazia dele um destemido guerreiro e um grande profeta. Por isso se quisermos, como Davi, enfrentar Golias e derruba-los devemos buscar ser cheios do Espírito Santo.

sábado, 8 de outubro de 2016

Tomai sobre vós o meu jugo


O nosso Senhor Jesus convida-nos a tomar sobre nós o seu jugo pois ao tomar o seu jugo encontraremos paz e descanso para as nossas almas. Perante o convite do Senhor Jesus temos duas opções: ou tomamos o seu jugo, ou tomamos o jugo do mundo.


O jugo do Senhor Jesus está relacionado com o serviço a Deus, da mesma forma como o jugo está relacionado com trabalho. Um jugo é um instrumento feito a medida do animal e colocado sobre os seus lombos de forma a que ele se mantenha unido ao outro animal e consiga puxar o arado com mais facilidade e ao mesmo compasso. 


A grande vantagem do jugo é que ele une dois animais e liga-os permitindo que a força necessária para lavrar a terra seja dividida pelos dois animais. Assim, o trabalho não se torna cansativo para nenhum dos dois. No serviço à Deus, o nosso Senhor Jesus coloca sobre nós um jugo, feito a nossa medida, que nos liga a Ele, e que por isso não nos magoa, nem nos cansa.


Para além disso, a força necessária para o serviço a Deus é desenvolvida pelo Senhor Jesus e pelo seu Espírito Santo. Por estarmos ligados ao Senhor Jesus, da mesma forma que dois animais ligados por um jugo, a força que exercemos é pouca e o trabalho não se torna cansativo, pois Ele mesmo e o Espírito Santo é quem nos ajudam a andar e nos capacitam em tudo.


No evangelho Segundo São Mateus vemos as palavras do Senhor Jesus: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei que mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” Mt 11:29. O convite o Senhor Jesus não é apenas para a salvação mas também para o serviço a Deus, ou seja, para o desempenho das mesmas obras que o Senhor Jesus realizava na terra.


O nosso Senhor Jesus deseja que sigamos os seus passos, que aprendamos com Ele a fazer a vontade do Pai, e que a medida que vamos caminhando com Ele aprendamos também a ser mansos e humildes como Ele. O jugo dessa caminhada é muito mais suave e leve do que o jugo e o fardo do mundo. Isto porque no mundo o nosso parceiro é o príncipe das trevas.


A humildade é fundamental para a caminhada da vida cristã, pois permite-nos ver-nos como pecadores, e nãos nos acharmos melhores dos que os outros. Principalmente a humildade permite reconhecer que a Palavra de Deus é a verdade e que devemos substituir a nossa forma de ver a vida pela visão da Palavra de Deus.


Para além disso, a humildade permite seguir as obras do Senhor Jesus e servir aos outros, colocando os outros a cima de nós mesmos como o Senhor Jesus fez aos lavar os pés aos seus discípulos: “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” Jo 13:13-14.


No versículo seguinte vemos as palavras do nosso Mestre sobre o seu jugo: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mt 11:30. Servir a Deus e andar segundo a sua vontade é mais fácil, pois o Senhor Jesus nunca nos deixa sós e o seu Santo Espírito nos capacita para toda a sua obra; o que realizamos para Deus não vem de nós mesmos, é uma manifestação da Graça de Deus.


No mundo, a busca constante de status social e de bens materiais trás um cansaço e uma solidão que não são aliviados com nada, apenas com a presença do Senhor nas nossas vidas. Para além disso os pecado praticados no mundo afastam-nos da presença de Deus e do consolo do Espírito Santo. Por isso o nosso Senhor diz-nos: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” Mt 11:28.


A cada dia somos convidados a ir até ao Senhor Jesus, a tomar o seu fardo e a fazer a sua vontade, que são as obras que Deus deseja que pratiquemos. Somos convidados pelo Senhor Jesus e deixar todas os dolorosos fardos que carregamos, a substitui-los pelo leve fardo de Deus e a encontrar descanso para as nossas almas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Crer em Jesus como uma criança

O nosso Senhor Jesus afirma-nos que devemos receber o reino de Deus como uma criança para sermos salvos e entrarmos no reino dos Céus. Para ser como uma criança temos de nos tornar crédulos quanto aquilo que o Senhor Jesus nos diz, sem colocar questionamentos sobre Ele e sobre a sua Palavra.

As crianças são naturalmente crédulas, e não necessitam de comprovação para crerem em alguma coisa. Por isso elas facilmente acreditam em contos fantásticos, seres sobrenaturais e em tudo o que veem e ouvem na televisão. Essa credulidade deve fazer parte nos nossos corações para podermos entrar no reino dos Céus.

No evangelho segundo São Lucas podemos ver as palavras do Senhor Jesus sobre a nossa necessidade de sermos crédulos como as crianças: “Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” Lc18:17. Quando recebemos o reino de Deus com o coração aberto, cremos que o Senhor Jesus é o Filho do Deus Altíssimo e não questionamos a Deus.

No reino de Deus a pessoa mais importante é o Senhor Jesus, pois Ele é o nosso Salvador, Rei dos reis e Senhor dos Senhores. Quando cremos como uma criança, sem reservas, que o Senhor Jesus é o Filho do Deus Altíssimo e confiamos em tudo o que Ele nos diz obtemos a salvação e entramos no reino dos Céus. Assim o Senhor Jesus torna-se o nosso Senhor e nós seus servos e filhos do Deus Altíssimo.
 
No evangelho segundo João podemos ver a necessidade de crer no Senhor Jesus para ser salvo e para entrar no reino de Deus: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” Jo 3:36

O nosso Senhor Jesus enquanto esteve na terra ministrando, servindo as pessoas, ele operou maravilhosos sinais e milagres, falou sobre a vontade do Pai e todos viram os seus sinais e maravilhas. Contudo, muitos duvidaram do Senhor Jesus e não creram que Ele era o Messias que havia sido prometido ao povo de Israel.

Por várias vezes, como vemos a seguir, o Senhor Jesus exortou para que cressem nele de forma a que, mesmo que morressem fisicamente tivessem a vida eterna, a salvação para as suas almas. “Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim , ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” Jo 11:25-26

O maior de todos os sinais que forma operados pelo Senhor Jesus foi a sua morte e ressurreição dos mortos, cheia de acontecimentos extraordinários, como terramotos e ressurreições (Mt 27:51-53). Devido a sua morte e ressurreição todos os que creem no Senhor Jesus, ainda que morram fisicamente continuarão vivos espiritualmente e gozarão a vida eterna.
 
Este sinal até os dias de hoje é suficiente para que todos os povos creiam que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Salvador das nossas almas. Deus deseja que creiamos como crianças que o Senhor Jesus é o nosso Salvador e que o seu sangue derramado na Cruz do Calvário paga o preço dos nossos pecados e nos dá a vida eterna.

sábado, 1 de outubro de 2016

O pecado na vida financeira


O relacionamento entre Deus e o homem é um relacionamento que pode ser perturbado por vários tipos de pecados. Um dos pecados que pode perturbar a nossa relação com Deus e fazer-nos afastar da presença do Pai Celestial é o pecado na vida financeira.

A vida financeira é uma das áreas importantes na vida do homem; e muitas vezes não se pensa na importância da vida financeira como fonte de pecado, acabando-se por dar mais ênfase a vida amorosa e os pecados que podem surgir nesta área.

Contudo, a vida financeira é importante e a forma como gerimos a nossa vida financeira afeta o nosso bem estar, ou por outras palavras, afeta a satisfação das nossas necessidades mais básicas como o pão de cada dia. Quando desperdiçarmos insensatamente os nossos recursos, durante um certo período nos vemos privados de coisas importantes e por isso ficamos em sofrimento.

O nosso sofrimento muitas vezes deturpa a nossa visão de Deus, da sua Glória e do seu amor por nós. Acabamos por esquecer que Deus é o Deus Todo Poderoso que fez o Céu e a terra, e que inclusive nos criou. Por outro lado, o nosso sofrimento, ou carência, pode também perturbar a visão que os outros têm de Deus e do seu amor por nós.

Muitos ao verem certas pessoas em condições de dificuldades ou até de miséria acabam por duvidar do amor de Deus, pois não conseguem ver que a situação financeira da pessoa muitas vezes foi fruto de más decisões nesta área. Como exemplo na Bíblia, temos a situação em que o filho-pródigo caiu após esbanjar tudo o que tinha.

Deus Pai é um Deus de amor e deseja também que amemos o próximo como Ele nos ama nós. O nosso amor é grandemente manifestado pela ajuda que damos as pessoas que estão necessitadas a nossa volta. Contudo, se houver má gestão financeira, o cristão não tem como ajudar os outros, nem socorrer aqueles que estão padecendo necessidade, e também não tem como obedecer a ordem de Deus de doar os seus nosso dízimos e ofertas a Igreja.

No versículos seguintes vemos a necessidade de dar-mos os nossos dízimos e ofertas a igreja para que a igreja possa se suster: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa;e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janela do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” Ml 3:10.

Deus deseja que a Igreja seja organismo onde as pessoas que dela fazem parte sejam solidárias umas com as outras e que ninguém passe necessidade. A Igreja primitiva movida pelo poder do Espírito Santo era formada por pessoas que se inter-ajudavam de tal forma que os que tinham bens vendiam-nos e disponham a Igreja para que ninguém tivesse necessidade de nada. 
 
Podemos vemos isso no versículo a seguir: “Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” At 4:34-35.

Da mesma foram como Deus deseja que nos ajudemos uns aos outros para que ninguém passe necessidade, também não deseja que ninguém se coloque em situações, onde possa passar necessidades. Tudo o que não é na vontade de Deus é pecado. O nosso Senhor Jesus também não deseja passemos necessidades e ensinou-nos na oração do Pai nosso a pedirmos ao Pai Celeste o Pão de cada dia.

Deus não se agrada do pecado, inclusive dos pecados que cometemos na nossa vida financeira, quando somos levados pela concupisicência dos olhos, ou pela soberba da vida e acabamos por gastar tudo o que temos em coisas que não nos faziam tanta falta como o pão de cada dia. Quando não nos amamos, e não cuidamos de nós e das nossas necessidades prioritárias também estamos pecando, pois Deus quer que nos amemos a nós próprios e que amemos também ao nosso próximo.

O apóstolo Paulo recomenda-nos através da sua carta aos Efésios a sermos prudentes na forma que andamos na vida, tanto nos nossos relacionamentos, como nas nossas decisões financeiras e sobretudo na nosso relacionamento com Deus. Isto porque os dias são maus e muitas coisas podem fazer-nos afastar de Deus e consequentemente cair no pecado. “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.” Ef 5:15-16.

Tudo o que somos, e o que temos, como os nosso recursos, o nosso corpo, não é nosso, mas sim do Senhor Jesus. Por isso teremos de dar contas a Deus pela forma como gerirmos a nossa vida financeira, bem como os nosso relacionamentos, saúde entre outras coisas. Devemos ser prudentes, na forma como gerimos os nossos recursos para não nos colocarmos em situações de precaridade, para não nos afastarmos de Deus.