O
relacionamento entre Deus e o homem é um relacionamento que pode ser
perturbado por vários tipos de pecados. Um dos pecados que pode
perturbar a nossa relação com Deus e fazer-nos afastar da presença
do Pai Celestial é o pecado na vida financeira.
A
vida financeira é uma das áreas importantes na vida do homem; e
muitas vezes não se pensa na importância da vida financeira como
fonte de pecado, acabando-se por dar mais ênfase a vida amorosa e os
pecados que podem surgir nesta área.
Contudo,
a vida financeira é importante e a forma como gerimos a nossa vida
financeira afeta o nosso bem estar, ou por outras palavras, afeta a
satisfação das nossas necessidades mais básicas como o pão de
cada dia. Quando desperdiçarmos insensatamente os nossos recursos,
durante um certo período nos vemos privados de coisas importantes e
por isso ficamos em sofrimento.
O
nosso sofrimento muitas vezes deturpa a nossa visão de Deus, da sua
Glória e do seu amor por nós. Acabamos por esquecer que Deus é o
Deus Todo Poderoso que fez o Céu e a terra, e que inclusive nos
criou. Por outro lado, o nosso sofrimento, ou carência, pode também
perturbar a visão que os outros têm de Deus e do seu amor por nós.
Muitos
ao verem certas pessoas em condições de dificuldades ou até de
miséria acabam por duvidar do amor de Deus, pois não conseguem ver
que a situação financeira da pessoa muitas vezes foi fruto de más
decisões nesta área. Como exemplo na Bíblia, temos a situação em
que o filho-pródigo caiu após esbanjar tudo o que tinha.
Deus
Pai é um Deus de amor e deseja também que amemos o próximo como
Ele nos ama nós. O nosso amor é grandemente manifestado pela ajuda
que damos as pessoas que estão necessitadas a nossa volta. Contudo,
se houver má gestão financeira, o cristão não tem como ajudar os
outros, nem socorrer aqueles que estão padecendo necessidade, e
também não tem como obedecer a ordem de Deus de doar os seus nosso
dízimos e ofertas a Igreja.
No
versículos seguintes vemos a necessidade de dar-mos os nossos
dízimos e ofertas a igreja para que a igreja possa se suster:
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja
mantimento na minha casa;e provai-me nisto, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janela do céu e não derramar
sobre vós bênção sem medida.” Ml 3:10.
Deus
deseja que a Igreja seja organismo onde as pessoas que dela fazem
parte sejam solidárias umas com as outras e que ninguém passe
necessidade. A Igreja primitiva movida pelo poder do Espírito Santo
era formada por pessoas que se inter-ajudavam de tal forma que os que
tinham bens vendiam-nos e disponham a Igreja para que ninguém
tivesse necessidade de nada.
Podemos vemos isso no versículo a seguir:
“Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que
possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores
correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se
distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.”
At 4:34-35.
Da
mesma foram como Deus deseja que nos ajudemos uns aos outros para que
ninguém passe necessidade, também não deseja que ninguém se
coloque em situações, onde possa passar necessidades. Tudo o que não
é na vontade de Deus é pecado. O nosso Senhor Jesus também não
deseja passemos necessidades e ensinou-nos na oração do Pai nosso a
pedirmos ao Pai Celeste o Pão de cada dia.
Deus
não se agrada do pecado, inclusive dos pecados que cometemos na
nossa vida financeira, quando somos levados pela concupisicência dos
olhos, ou pela soberba da vida e acabamos por gastar tudo o que temos
em coisas que não nos faziam tanta falta como o pão de cada dia.
Quando não nos amamos, e não cuidamos de nós e das nossas
necessidades prioritárias também estamos pecando, pois Deus quer
que nos amemos a nós próprios e que amemos também ao nosso
próximo.
O
apóstolo Paulo recomenda-nos através da sua carta aos Efésios a
sermos prudentes na forma que andamos na vida, tanto nos nossos
relacionamentos, como nas nossas decisões financeiras e sobretudo na
nosso relacionamento com Deus. Isto porque os dias são maus e muitas
coisas podem fazer-nos afastar de Deus e consequentemente cair no
pecado. “Portanto, vede prudentemente como andais, não como
néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são
maus.” Ef 5:15-16.
Tudo
o que somos, e o que temos, como os nosso recursos, o nosso corpo,
não é nosso, mas sim do Senhor Jesus. Por isso teremos de dar
contas a Deus pela forma como gerirmos a nossa vida financeira, bem
como os nosso relacionamentos, saúde entre outras coisas. Devemos
ser prudentes, na forma como gerimos os nossos recursos para não nos
colocarmos em situações de precaridade, para não nos afastarmos de
Deus.
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