segunda-feira, 13 de abril de 2015

O Jovem rico

Um jovem rico aproximou-se do Mestre e perguntou-lhe o que poderia fazer para atingir a vida eterna. O Mestre respondeu-lhe que deveria guardar os mandamentos se quisesse entrar na vida eterna.
Os dez mandamentos resumem o comportamento que devemos ter para com o nosso próximo e para com Deus. Deus deseja que O amemos acima de todas as coisas e que amemos ao nosso próximo, não só como amamos a nós mesmos, mas como também Jesus nos amou.
O amor, como diz o apóstolo Paulo, é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não se ensoberbece, não procura os seus interesses, não é egoísta, não se ressente do mal, não guarda rancor, e não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade (1Co 13:4-6).
Os dez mandamentos resumem as atitudes que não devemos ter contra o nosso próximo, mais concretamente diz-nos:” Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo. Não desejarás a mulher do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” Dt 5:17-21. Estes mandamentos se resumem num só mandamento: “O segundo é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há maior mandamento do que estes!” Mc 12:31.
Por outro lado, os dez mandamentos referem a importância que devemos dar a Deus na nossa vida e por isso o nosso Mestre resume a nossa relação com Deus num só mandamento:” Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. “ Mc 12:30.
Este último mandamento é o mandamento principal e implica amar a Deus mais do que os bens que possuímos, amar aos pobres e ao nosso próximo como Deus os ama, e sobretudo, seguir a cada dia a Jesus Cristo, o nosso Deus e Senhor; o Messias que tinha que tinha sido prometido a Israel.
No caso do jovem rico, aparentemente, era um homem com uma vida totalmente entregue a Deus, pois observava os mandamentos; contudo, ele sabia que ainda lhe faltava alguma coisa.” Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que ainda me falta?” Mt 19:19.
Jesus Cristo repondeu-lhe que para ser perfeito o jovem rico deveria deixar de amar as suas riquezas, amar mais os pobres entregando-lhes os seus bens, e que deveria de segui-Lo, pois Jesus é o Deus a quem o jovem queria obedecer. Assim, para amar a Jesus o jovem devia seguir o Mestre, o nosso Criador e Salvador. “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro do céu; depois, vem e segue-me.” Mt 19:20.
O jovem rico apesar de observar os mandamentos, precisava de conhecer a Jesus como Senhor e Deus e por isso deveria segui-Lo. Todos os que querem seguir Jesus têm de negar-se a si mesmo e a sua carne; e o jovem rico para negar-se a si mesmo precisava de libertar-se das suas riquezas, pois elas o impediam de amar a Deus acima de todas as coisas.
Por amar as riquezas mais do que a Deus, o jovem não conseguiu pensar em abdicar dos seus bens e por isso, ao ouvir a resposta do Mestre, afastou-se triste, pois era dono de muita riqueza. “Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades” Mt 19:22. As obras que o jovem praticava não eram suficientes, pois faltava ter um coração totalmente entregue a Deus. Para conseguir superar o seu amor ao dinheiro o jovem deveria ir, vender todos os seus bens e seguir ao Mestre.
O Senhor Jesus aconselha-nos a não ajuntarmos tesouros na terra mas sim nos céus, ajudando os mais necessitados, as viúvas, os estrageiros e aos órfãos. A avareza faz-nos idolatrar as riquezas, o que viola o mandamento de Deus, e afasta-nos do reino dos céus.
O nosso Mestre aconselha-nos a guardar acima de tudo o nosso coração, porque quando o nosso coração está dividido entre Deus e as riquezas, tornamo-nos distantes de Deus. Por isso, o problema do jovem rico não estava nas riquezas que possuía mas sim no seu coração divido: ele queria seguir a Jesus mas amava mais as riquezas do que a Deus e isso impedia-o de seguir o Mestre.
Quando somos convidados por Jesus a segui-Lo devemos desembaraçar-nos de todo o pecado, de tudo o que possa roubar o nosso amor de Deus, colocando a Deus acima de tudo o que existe nas nossas vidas, ou seja, dos nossos relacionamentos e bens.

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