sábado, 30 de junho de 2018

Os ensinos de Jesus sobre oração

Uma das formas que o homem tem para se comunicar com Deus é através da oração. O nosso Senhor Jesus ensinou-nos a orar ao Pai Celeste e mostrou que as necessidades do homem não se resumem as coisas materiais para o dia a dia mas também de coisas espirituais que contribuem para que a nossa relação com Deus não seja atingida, e para que não nos desviemos dos bons caminhos, com as várias tentações e cílidas a que somos expostos diariamente. 

No Evangelho de Mateus o nosso Senhor mostrou-nos que a oração não deve ser usada para exibir-nos perante os homens como faziam alguns religiosos da época. A oração deveria ser feita exclusivamente para Deus, sem a preocupação de serem vistos pelos homens. Os homens pela sua natureza pecaminosa têm a tendência de orar para serem vistos e ouvidos de forma a serem aplaudidos pela sua religiosidade.

Vemos as palavras do Mestre nos versículos a seguir: "E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” Mt 6:5-6

Para além de desejarmos ter apenas atenção de Deus devemos também evitar vãs repetições. Temos de ter em conta que Deus é omnisciente, e por isso Ele sabe toda a nossa vida e tudo o que necessitamos. O Senhor Jesus alerta-nos a não fazer o mesmo que os gentios da época que achavam que Deus iria ouvi-los se falassem muito.

Nos versículos a seguir vemos as recomendações do Mestre: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.” Mt 6:7-8.

Quando orarmos devemos dirigir-nos aos Pai Celeste, santifica-Lo e mostrar que desejamos que o seu Reino seja totalmente implantado na terra; e a que a sua vontade seja feita tanto nas nossa vidas como na terra e no céu. “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;” Mt 6:9-10.

Uma forma de concordar com a vontade do Pai Celeste é orar pelos assuntos que estão no coração do Pai, como a Igreja, as Missões, os governos das nações bem como todos os homens que nos rodeiam. O apóstolo Paulo aconselha-nos sobre o que devemos orar no versículo seguinte: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda a piedade e respeito.” 1Tm 2:1-2.

Para além de orarmos em favor dos outros homens devemos também orar por nós, pelas nossas necessidades. “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;” Mt 6:11. O Pai Celeste ama-nos e como Pai deseja que falemos com Ele e que contemos as nossas necessidades e anseios. Como somos pecadores as nossas necessidades não se limitam aquilo que necessitamos para o nosso dia a dia, mas também englobam o perdão das ofensas que cometemos aos longo do dia a dia.

Precisamos de ser purificados a cada dia, de todas as impurezas que passam pelo nosso coração. O sangue de Jesus é eficaz para a nossa purificação mas precisamos primeiro de arrepender-nos dos pecados que cometemos e pedir perdão a Deus para que possamos ser limpos dos nossos pecados. Da mesma forma como buscamos o perdão de Deus para as nossas ofensas devemos também perdoar as ofensas dos outros.

Temos de cultivar um coração misericordioso e perdoar aquilo que fazem de mal contra nós. O nosso Mestre ensina-nos que o perdão das ofensas dos outros é um requisito para que Deus nos perdoe as nossas ofensas. “e perdoa as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores (...) Porque se perdoardes aos homens as sua ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará ; se porém, não perdoardes as homens [as sua ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” Mt 6: 12, 14-15

A natureza pecaminosa do homem faz com que ele tenha uma atração para o pecado e por isso torna-se presa fácil das tentações do diabo. Isso faz com que, para além de necessitarmos de perdão dos nosso pecados também necessitemos da Graça de Deus e do Espírito Santo para nos conduzir a cada dia de forma a que não caiemos em tentação.

Tantas formas existem que são utilizadas pelo inimigo das nossas almas para nos fazer mal. Por isso necessitamos de que o Pai Celeste nos livre de todas as formas do mal. O nosso Senhor Jesus recomenda-nos que peçamos a Deus proteção no versículo a seguir: “e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]. Mt 6:13.

Quando percebemos que Deus preocupa-se tanto connosco como com as pessoas a nossa volta, acabamos também de preocupar-nos com as necessidades do outros e interceder pelos os que estão a nossa volta. A nossa necessidade não se resume ao que precisamos para o dia a dia, mas engloba também de uma solução diária para a nossa natureza pecaminosa, e para as armadilhas do nosso inimigo. Por isso precisamos diariamente do perdão de Deus, da sua Graça para não nos deixar-nos influenciar por tentações, e também precisamos que Deus nos livre do mal.

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