Uma das formas que o homem tem para se comunicar com Deus é através da oração. O
nosso Senhor Jesus ensinou-nos a orar ao Pai Celeste e mostrou que as necessidades do homem não se resumem as coisas materiais para o dia a dia mas também de coisas espirituais que contribuem para que a nossa relação com Deus não seja atingida, e para que não nos desviemos dos bons caminhos, com as várias tentações e cílidas a que somos expostos diariamente.
No Evangelho de Mateus o nosso
Senhor mostrou-nos que a oração não deve ser usada para exibir-nos
perante os homens como faziam alguns religiosos da época. A oração
deveria ser feita exclusivamente para Deus, sem a preocupação de
serem vistos pelos homens. Os homens pela sua natureza pecaminosa têm
a tendência de orar para serem vistos e ouvidos de forma a serem aplaudidos pela sua religiosidade.
Vemos as palavras do Mestre nos versículos a seguir: "E,
quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de
orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos
dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Tu porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta,
orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em
secreto, te recompensará.” Mt 6:5-6
Para
além de desejarmos ter apenas atenção de Deus devemos também
evitar vãs repetições. Temos de ter em conta que Deus é
omnisciente, e por isso Ele sabe toda a nossa vida e tudo o que
necessitamos. O Senhor Jesus alerta-nos a não fazer o mesmo que os gentios da
época que achavam que Deus iria ouvi-los se falassem muito.
Nos
versículos a seguir vemos as recomendações do Mestre: “E,
orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque
presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos
assemelheis, pois a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que
tendes necessidade, antes que lho peçais.” Mt 6:7-8.
Quando
orarmos devemos dirigir-nos aos Pai Celeste, santifica-Lo e mostrar
que desejamos que o seu Reino seja totalmente implantado na terra; e a
que a sua vontade seja feita tanto nas nossa vidas como na terra e no
céu. “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua
vontade, assim na terra como no céu;” Mt 6:9-10.
Uma
forma de concordar com a vontade do Pai Celeste é orar pelos
assuntos que estão no coração do Pai, como a Igreja, as Missões,
os governos das nações bem como todos os homens que nos rodeiam. O
apóstolo Paulo aconselha-nos sobre o que devemos orar no versículo
seguinte: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de
súplicas, orações e intercessões, ações de graças, em favor de
todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham
investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa,
com toda a piedade e respeito.” 1Tm 2:1-2.
Para
além de orarmos em favor dos outros homens devemos também orar por
nós, pelas nossas necessidades. “o pão nosso de cada dia dá-nos
hoje;” Mt 6:11. O Pai Celeste ama-nos e como Pai deseja que
falemos com Ele e que contemos as nossas necessidades e anseios. Como
somos pecadores as nossas necessidades não se limitam aquilo que
necessitamos para o nosso dia a dia, mas também englobam o perdão
das ofensas que cometemos aos longo do dia a dia.
Precisamos
de ser purificados a cada dia, de todas as impurezas que passam pelo
nosso coração. O sangue de Jesus é eficaz para a nossa purificação
mas precisamos primeiro de arrepender-nos dos pecados que cometemos e
pedir perdão a Deus para que possamos ser limpos dos nossos pecados.
Da mesma forma como buscamos o perdão de Deus para as nossas ofensas
devemos também perdoar as ofensas dos outros.
Temos
de cultivar um coração misericordioso e perdoar aquilo que fazem de
mal contra nós. O nosso Mestre ensina-nos que o perdão das ofensas
dos outros é um requisito para que Deus nos perdoe as nossas
ofensas. “e perdoa as nossas dívidas, assim como nós temos
perdoado aos nossos devedores (...) Porque se perdoardes aos homens as
sua ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará ; se porém, não
perdoardes as homens [as sua ofensas], tampouco vosso Pai vos
perdoará as vossas ofensas” Mt 6: 12, 14-15
A
natureza pecaminosa do homem faz com que ele tenha uma atração para
o pecado e por isso torna-se presa fácil das tentações do diabo.
Isso faz com que, para além de necessitarmos de perdão dos nosso
pecados também necessitemos da Graça de Deus e do Espírito Santo
para nos conduzir a cada dia de forma a que não caiemos em tentação.
Tantas
formas existem que são utilizadas pelo inimigo das nossas almas para
nos fazer mal. Por isso necessitamos de que o Pai Celeste nos livre
de todas as formas do mal. O nosso Senhor Jesus recomenda-nos que
peçamos a Deus proteção no versículo a seguir: “e não nos
deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino,
o poder e a glória para sempre. Amém]. Mt 6:13.
Quando
percebemos que Deus preocupa-se tanto connosco como com as pessoas a
nossa volta, acabamos também de preocupar-nos com as necessidades do
outros e interceder pelos os que estão a nossa volta. A nossa
necessidade não se resume ao que precisamos para o dia a dia, mas
engloba também de uma solução diária para a nossa natureza
pecaminosa, e para as armadilhas do nosso inimigo. Por isso precisamos
diariamente do perdão de Deus, da sua Graça para não nos
deixar-nos influenciar por tentações, e também precisamos que Deus
nos livre do mal.
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