No dia a dia vemos que o ato de chamar implica uma distância entre aquele que chama e aquele que é chamado. Também é assim na vida cristã em relação ao chamado de Deus. Podemos ver que Deus é Santo e Puro e que existente uma grande distância entre o nosso caráter e o caráter de Deus. Quando Deus chama-nos a vida eterna, chama-nos para uma transformação no nosso carácter a imagem do carácter de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Essa transformação requer o atravessar de um longo caminho.
Enquanto
caminhamos somos incentivados a imitar o nosso Senhor Jesus, na sua
forma de lidar com o próximo e também a imitar o Senhor no seu
serviço a todos aqueles que têm necessidades físicas e
espirituais. Enquanto pessoas com personalidades e talentos
diferentes, Jesus Cristo convida-nos ou chama-nos para exercer a um
determinado serviço para a edificação da Igreja.
Esse
chamado é importante, porque para além de sermos filhos de Deus
também somos servos e por isso temos de ter alguma utilidade para o
Pai e para os seus assuntos. Por isso, devemos valorizar ambos os
chamados: o chamado a um caráter semelhante a Cristo e o chamado
para servir a Igreja de uma determinada forma.
Contudo,
não devemos cair no erro de achar que o nosso chamado está
completo, seja na dimensão do caráter, seja na dimensão da obra.
Devemos ter em conta que a vida cristã é uma caminhada ascendente
em degraus, rumo a vida eterna. Existe sempre a necessidade de sermos
aprimorados, tanto no que fazemos, na motivação com que fazemos, como
no nosso carácter. Apenas quando terminarmos a nossa caminhada na
terra estaremos concluindo o nosso crescimento.
O
apóstolo Paulo em relação as obras ministeriais que realizava
dizia que se esquecia do que atrás ficava, tanto aquilo que tinha
feito bem, como aquilo que tinha feito mal, e olhava para adiante para
fazer algo melhor e com um coração mais reto, isso porque ele
considerava que não tinha alcançado a perfeição e que nem tinha
alcançado ao prémio reservado para ele. Isso por a plenitude de
santidade, de caráter, de amor pelo próximo e pelo ministério para
ele sofreriam um crescimento gradual até ao fim na sua carreira.
Podemos
ver isso nos versículos seguintes:” Não que eu o tenha já
recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo
Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma
coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e
avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,
para o prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp
3:12-14.
A
vida cristã exige perseverança e luta pelos valor de Jesus Cristo,
como o amor a Deus e ao próximo e o serviço a Igreja. Essa luta,
destaca-se entre todas as lutas que no mundo existem, como a luta
pelo poder, pelos status social e pela riqueza. Por isso o apóstolo
Paulo aconselhou a Timóteo que lutasse o bom combate e que tomasse
posse da vida eterna para a qual ele também tinha sido chamado como
vemos no versículo a seguir: “ Combate o bom combate da fé. Toma
posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e que fizeste
a boa confissão perante muitas testemunhas.” 1Tm 6:12.
Fomos
todos chamados a vida eterna e essa chamada inclui uma chamada para a
transformação do nosso carácter e uma chamada para servir a Igreja
de Cristo. Muitas vezes o servir a Cristo e a sua Igreja exige uma
luta diária, para manter os valores de Jesus Cristo, como o amor a
Deus e ao próximo e ao serviço a Igreja. Devemos todos seguir o
conselho do apóstolo Paulo e lutar o bom combate e tomar posse da
vida eterna para a qual todos nós fomos chamados.
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