sábado, 9 de julho de 2016

Chamado de Deus


No dia a dia vemos que o ato de chamar implica uma distância entre aquele que chama e aquele que é chamado. Também é assim na vida cristã em relação ao chamado de Deus. Podemos ver que Deus é Santo e Puro e que existente uma grande distância entre o nosso caráter e o caráter de Deus. Quando Deus chama-nos a vida eterna, chama-nos para uma transformação no nosso carácter a imagem do carácter de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Essa transformação requer o atravessar de um longo caminho.
 
 
Enquanto caminhamos somos incentivados a imitar o nosso Senhor Jesus, na sua forma de lidar com o próximo e também a imitar o Senhor no seu serviço a todos aqueles que têm necessidades físicas e espirituais. Enquanto pessoas com personalidades e talentos diferentes, Jesus Cristo convida-nos ou chama-nos para exercer a um determinado serviço para a edificação da Igreja.

 
Esse chamado é importante, porque para além de sermos filhos de Deus também somos servos e por isso temos de ter alguma utilidade para o Pai e para os seus assuntos. Por isso, devemos valorizar ambos os chamados: o chamado a um caráter semelhante a Cristo e o chamado para servir a Igreja de uma determinada forma.

Contudo, não devemos cair no erro de achar que o nosso chamado está completo, seja na dimensão do caráter, seja na dimensão da obra. Devemos ter em conta que a vida cristã é uma caminhada ascendente em degraus, rumo a vida eterna. Existe sempre a necessidade de sermos aprimorados, tanto no que fazemos, na motivação com que fazemos, como no nosso carácter. Apenas quando terminarmos a nossa caminhada na terra estaremos concluindo o nosso crescimento.

 
O apóstolo Paulo em relação as obras ministeriais que realizava dizia que se esquecia do que atrás ficava, tanto aquilo que tinha feito bem, como aquilo que tinha feito mal, e olhava para adiante para fazer algo melhor e com um coração mais reto, isso porque ele considerava que não tinha alcançado a perfeição e que nem tinha alcançado ao prémio reservado para ele. Isso por a plenitude de santidade, de caráter, de amor pelo próximo e pelo ministério para ele sofreriam um crescimento gradual até ao fim na sua carreira.
 
 
Podemos ver isso nos versículos seguintes:” Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3:12-14.

 
A vida cristã exige perseverança e luta pelos valor de Jesus Cristo, como o amor a Deus e ao próximo e o serviço a Igreja. Essa luta, destaca-se entre todas as lutas que no mundo existem, como a luta pelo poder, pelos status social e pela riqueza. Por isso o apóstolo Paulo aconselhou a Timóteo que lutasse o bom combate e que tomasse posse da vida eterna para a qual ele também tinha sido chamado como vemos no versículo a seguir: “ Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.” 1Tm 6:12.

 
Fomos todos chamados a vida eterna e essa chamada inclui uma chamada para a transformação do nosso carácter e uma chamada para servir a Igreja de Cristo. Muitas vezes o servir a Cristo e a sua Igreja exige uma luta diária, para manter os valores de Jesus Cristo, como o amor a Deus e ao próximo e ao serviço a Igreja. Devemos todos seguir o conselho do apóstolo Paulo e lutar o bom combate e tomar posse da vida eterna para a qual todos nós fomos chamados.

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